Bom, tem um bom tempo que joguei Spirit of the North, um joguinho que está disponível no Game Pass, e eu, como um verdadeiro amante do serviço, não poderia deixar de testar.

Em uma primeira vista, o game é bem modesto - é uma breve história sobre uma raposa. E então, os visuais, a mitologia e a música começam a tocar, e as cenas mudam de cavernas geladas para planícies. O mundo inteiro parece acordar ao seu redor, e descobrir para onde você está indo faz parte do encanto e da frustração do jogo.

Sem um papel bem definido na pele da raposa vermelha, vamos em uma jornada tranquila. Acompanhados por um espírito de raposa e com pouca informação sobre o que estamos fazendo, o jogo depende muito do senso de aventura e criatividade. Sem uma narrativa, diálogos ou dicas indicando o que fazer e para onde ir, cabe a você resolver os puzzles ambientais e descobrir novas paisagens para explorar.

Dividido em diferentes capítulos, em Spirit of the North, você deve ir a cada ambiente para a raposa andar e encontrar pistas para avançar na história. Como não há personagens para conversar ou mesmo um narrador para explicar o que está acontecendo, muitas vezes é preciso confiar em pistas visuais para saber para onde ir em seguida. Existem quebra-cabeças espalhados pela terra, nos quais símbolos precisam ser ativados para revelar algo novo. Às vezes, você pode encontrar um cajado no chão e procurar pelo seu xamã e por aí vai. O jogo é relativamente direto e fácil de jogar, e apesar da falta de instruções, não é difícil entender o que fazer.

Não é incomum se perder e vagar por várias horas antes de perceber que você está andando em círculos. Parte disso pode ser vista como a beleza da exploração, enquanto a outra parte é a frustração de não ter nenhum senso de direção. No entanto, você está sempre cercado pela beleza do jogo, e o cenário deslumbrante incentiva você a desacelerar e apreciar a vista. Não há mapa, e sinceramente acho que ter um arruinaria o propósito da descoberta e o conceito do game, que dá para sentir que foi feito exatamente com essa intenção.

Embora o jogo dependa da resolução de puzzles para progredir, não há muita variedade nesse sentido. Os puzzles são simples e repetitivos, tornando a experiência de jogo bastante chata as vezes. Embora fique um pouco mais difícil, a maior parte do tempo foi bem tranquilo, é inegável que esse game não foi feito para ser difícil. Mas certamente estar perdido não é exatamente divertido, e ter paciência também não é minha maior habilidade. Você precisa estar em um certo estado de espírito para jogar este jogo, e se estiver procurando por algo com ação constante, não encontrará isso aqui.

A jogabilidade do game, no geral, apresenta comandos fáceis que permitem que você corra e pule suavemente, mas onde você pousa é outra história. O jogo é prejudicado por uma plataforma completamente desajeitada. Às vezes, você também fica preso em cantos aleatórios, e a única maneira que encontrei para sair foi sair do jogo e reiniciar o capítulo. Como um jogo de exploração, isso é desanimador, mas felizmente não acontece com frequência.

Apesar dos problemas mencionados com os controles, a paisagem e a experiência tornam esses problemas até que perdoados. Quando você combina a arte com uma música que o game tem, há uma certa magia em tudo. O gráfico do game, apesar de simples, é muito legal, e a trilha sonora também foi igualmente incrível. A cada poucos minutos, eu parava de me mover para dar uma olhada ao redor.

Mesmo sendo um jogo relativamente curto, Spirit of the North conseguiu alcançar o que se propôs a fazer - contar uma história sem palavras. Uma experiência verdadeiramente única, onde os visuais e a música são suas maiores qualidades, não foi uma jogatina perfeita, mas valeu a jogatina.

Pontos positivos:

- visual
- Trilha sonora
- Fácil e relaxante

Pontos negativos:

- Controles desajeitados
- Quebra-cabeças ficam repetitivos com o tempo

Versão utilizada para análise: Xbox Series.

Reviewed on Jan 21, 2024


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