Joguei recentemente o jogo OneShot, que é um jogo indie de aventura e puzzle lançado originalmente em 2014. Somente agora, em 2024, ele chegou à minha lista de desejos, e tive o prazer de jogar. Estou muito feliz por isso. A comparação mais fácil a ser feita aqui é com o jogo Undertale, e para muitas pessoas, isso deveria ser argumento suficiente para você parar e jogar, e foi exatamente isso que aconteceu comigo, essa similaridade entre ambos. A narrativa é o foco principal, com uma ênfase maior na relação do jogador com a protagonista. Suas ações têm consequências para ela dentro do jogo, e os primeiros minutos de gameplay são bem tensos, apesar da ausência de combate.

Embora OneShot possa ser concluído em pouco tempo, seu mundo é densamente povoado por puzzles de itens e personagens. Vai parecer muito como se você estivesse perdendo partes inteiras da construção do mundo ou desenvolvimento de personagens até que explore cada área pelo menos uma vez. O jogo é envolto em mistério desde o início, e essa atmosfera faz parte fundamental de toda a experiência.

Uma das principais críticas que Undertale recebeu estava relacionada ao visual, o que, na minha opinião, é um total exagero, afinal, aquela era a proposta do jogo e combinava muito bem com ele. Isso, felizmente, não vemos em OneShot. O jogo tem personagens e ambientes muito bem definidos. Isso contribui significativamente para a imersão entre Niko e você jogando, já que ela realmente parece um gatinho e não um monte de pixels. Isso obviamente falando de todos os personagens do jogo tambem. Conforme você atinge diferentes marcos ao longo do jogo, você receberá algumas obras de arte em aquarela ou um panorama lento sobre a área que está prestes a explorar. Essas áreas se tornam mais impressionantes em sua escala à medida que o jogo atinge o clímax, e é realmente especial explorá-las pela primeira vez com Niko, que também não pertence a elas. Infelizmente, a trilha sonora não teve o mesmo efeito sobre mim; sim, havia algumas partes boas, mas o restante parecia muito mais ou menos, e não houve uma faixa que eu possa realmente dizer que se destacou para mim.

No geral, fiquei impressionado com tudo no jogo, principalmente falando da beleza dele. Infelizmente, não senti que o fator replay é interessante. Joguei cerca de 15 horas e facilmente consegui fechar 100% tranquilamente, o que é meio irônico levando em consideração que o título do jogo é OneShot.

OneShot é um jogo muito bom na maior parte; tem uma arte fofa, bons puzzles e um ambiente aconchegante; deve ser apreciado por todos que gostam de jogos de aventura desse tipo. No entanto, há dois grandes pontos negativos na minha visão. Primeiro: o mapa em geral é meio preguiçoso; a maioria do level design é copiada dezenas de vezes e a geometria é muito repetitiva. Em segundo lugar, o jogo se leva muito a sério em querer que o jogador reinicie o jogo; percebi que o jogo tem versões de finais diferentes para cada versão, o que é muito legal na teoria, porém na prática nem tanto, afinal, como disse anteriormente, não senti necessidade de rejogar o jogo. Porém, só de pensar em rejogar, já me enjoa um pouco, afinal, apesar de ser maravilhoso, o título OneShot, como dito antes, para mim define muito bem o jogo. Mas definitivamente, é mais do que recomendado o game. A história é linda e você definitivamente deveria jogar este jogo.

Pontos positivos:
- Puzzles legais
- História bem legal

Pontos negativos:
- Level design meio chato as vezes
- Fator replay um pouco chato

Versão utilizada para análise: Xbox Series

Reviewed on Jan 26, 2024


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