Raras vezes um jogo tão influente, e antigo, aguenta o pique de ser novidade pra alguém em 2023. No meu caso, o que mais acontece é eu jogar, entender a importância, mas ter aquelas ressalvas típicas de quem pegou o game fora de seu contexto. Eu nunca tinha jogado Doom até esses dias. Meu FPS dos anos 90 foi Blood, por uma dessas circunstâncias que aconteciam na época em que as crianças não tinham todo o entretenimento do mundo à disposição...enfim, pra encurtar o papo de velho: em 2023 Doom me pegou, eu pude entender o tamanho da influência que este jogo teve sobre muito do que eu já joguei, e ainda sobrou espaço para ficar impressionado com a música, que é talvez o elemento mais definidor do jogo inteiro; com os mapas, que pra mim são um exemplo de design eficiente, intrigante e ao mesmo tempo direto ao ponto; com os efeitos sonoros, que complementam a música e as mecânicas das armas; com o tanto de elementos que Doom empresta dos filmes de ação dos anos 80 e transforma em linguagem de videogame, um campo ainda muito indefinido em 1993. Deu pra ficar bem viciadinho e imaginar como deve ter sido legal pegar isso em primeira mão, 30 anos atrás.

Reviewed on Mar 13, 2023


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