Em meio a anos seguindo a mesma fórmula sólida e consistente, Sekiro é a tentativa da From Software de inovar que culmina em um acerto fabuloso.

Apesar de ainda encontrarmos o cerne daquilo que faz os jogos da From serem tão característicos, como dificuldade, lvl design interligado e uma história contada por meio dos cenários, Sekiro se destaca diante todos os jogos desta empresa que já foram lançados e que ainda serão.

Sua história apesar de manter essa característica de ser aprofundada por meio de elementos no cenários e descrição de itens, aqui ela é contada por meio de diálogos, com reviravoltas e surpresas. Pela primeira vez temos um protagonista único, temos o desenvolvimento dele, suas questões, seus embates, erros e acertos. Outra questão que também aparece pela primeira vez é que a história não gira entorno de salvar o universo, onde o mundo depende de você e com escolpos tão colossais, Sekiro é a uma trama de guerra, uma homenagem as tradições japonesas, uma briga entre famílias e você está no meio disso. A narrativa de Sekiro é incrível.

Quanto ao combate, encontramos aqui talvez o mais alto pináculo dos jogos de ação, cada luta é linda, a coreografia, os efeitos sonoros das laminas se batendo, o cenário que sempre completa o embate trazendo um teor épico para cada confronto.

Em souls-likes, os bosses são desafios nos quais devem ser SUPERADOS. Em Sekiro os bosses são desafios que devem ser DOMINADOS. Você vai morrer, morrer e morrer para um inimigo, mas quando você finalmente passar por ele, não será um simples "rolei, rolei, bati e matei", você precisa dominar seu inimigo, quebrar cada movimento dele, não deixar ele agir perante você, você precisa dominar ele.

Por diversas vezes horas e horas de tentativas de matar um boss se encerra em uma luta de 15 segundos onde você finalmente derrota ele sem tomar nem um hit.

E tudo isso é lindo.

Sekiro é lindo.

Sekiro é arte.

Reviewed on Jul 03, 2024


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