Cocoon: Uma aula de Game Design em todos os sentidos!

Cara, eu estou verdadeiramente impressionado com esse jogo, de verdade, e em todos os sentidos. O jogo foi uma enorme surpresa pra mim em muitas áreas e eu vou explicar o motivo.

O primeiro é que mesmo que tudo indicasse que esse game seria incrível, já que ele não apenas estava sendo publicado pela Annapurna, como também tem um dos melhores game designers da historia o dirigindo, e eu vou falar dele depois. Mesmo assim eu não tinha tanta expectativa em cima do game.

Ele estava sim na minha lista de jogos que eu mais esperava em 2023, mas nunca esteve em uma posição muito alta. Ele estava em meu radar, mas acho que posso dizer que era apenas isso. Iria dar uma olhada, já que estaria no game pass, mas eu nunca esperava que ele seria o meu Indie favorito do ano, e um dos meus favoritos de todos os tempos.

Mas assim, Jeppe Carlsen é o nome dele, Diretor, Líder de Game Designer de Cocoon, e um dos principais Game Designers de Limbo e Inside. Esse cara definitivamente sabe o que faz, ter trabalhado em dois dos Indies mais aclamados da historia, definitivamente trouxe a ele credibilidade o suficiente para construir, o que, em minha opinião, é a sua obra definitiva até então.

Cocoon é um jogo simples, ao menos em mecânica, e dando spoiler da resenha, só em mecânica mesmo, pois o que esse jogo é complexo não está escrito. Em grande resumo, você move e movimenta seu personagem com analógico direito, e interage com as coisas apertando, ou pressionando o botão A, no caso do Xbox.

Teoricamente falando é algo de fato simples, mas a forma como o Game Design do jogo funciona, torna toda essa construção complexa e divertida.

Game Design, talvez sejam as das palavras que eu mais vou repetir nessa resenha. Eu só fui aprender, de fato, o quão importante isso era, quando dei uma de jogar Castlevania: Aria Of Sorrow usando um mod que randomizava até mesmo a localização das salas, e sinceramente, foi ruim d+, já que eu entrava em áreas que não deveria estar, ou que não tinha habilidades para acessar.

Talvez esse termo, seja a parte mais importante para um jogo, já que é por ele em que o jogador será guiado a compreender suas mecânicas, conceitos e principalmente, o que o jogo quer e vai te apresentar ao longo de sua jornada. Alguns pegam na mão do jogador, e os levam para um passeio, quase como assistir uma historia, outros usam disso para dar a liberdade de escolha para cada um que jogar, dando assim diferentes experiências para cada dos jogadores.

Existem muitos, e muitos exemplos de como isso deve ser aplicado, em diferentes situações, para diferentes gêneros, e conceitos no mundo dos jogos. E Cocoon também tem o seu próprio.

É seu Game Design que brilha do começo ao fim aqui, e sinceramente em vários momentos diferentes, o jogo me tirou o folego e me deixou surpreso ou sem palavras, eu poderia sim dar spoiler aqui, mas acho que isso estragaria a experiência de quem não jogou, por isso definirei os momentos que mais me surpreendera com poucas palavras: "O último Orbe" e o "Puzzle das Duplicatas."

Ambos esses momentos me deixaram de boca aberta. No fim das contas Cocoon também não é um jogo longo, e acho que ele nem precisa, minha primeira run foi de mais ou menos 4 horas, e a segunda eu tentei zerar o mais rápido possível, e deu cerca de 2 horas e meia, por aí, pegando tudo que tinha no game e suas conquistas também.

Uma experiência relativamente curta, mas que não precisa ser maior do que é, para sua proposta principalmente, um espetáculo e uma aula de Game Design talvez sejam as melhores formas de definir um dos jogos que mais me surpreenderam em minha vida. Para Cocoon um belo 5/5, 10/10 ou na nota detalhada 9.7/10. Também o título de meu Indie Favorito do Ano.

Reviewed on Oct 03, 2023


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