2 reviews liked by RickFALOU


Deus, leva todos os estúdios de videogame e trás de volta a antiga rockstar, por favor, em nome do pai, filho e do espírito santo, amém!

Há sempre um problema no renascimento de uma franquia, principalmente quando se trata de identidade.
Identidade essa que god of war ( 2018 ) possui e amplia, trás uma história, combate e personagens novos e com personalidades mudadas como é o caso do Kratos.

Os meus únicos problemas com o jogo foram a sua falta de interatividade em alguns momentos, como por ex: descer e subir pela escalada e alguns pontos em que o script só te deixa passar caso você interaja com o que o jogo quer, basicamente esses pequenos momentos na minha jornada de 20 horas ( até o momento ) com ele que me incomodaram, mas soube por amigos que é consertado na continuação.

Primeiramente, as mudanças de gameplay foram o que mais me agradou nesse jogo, se antes tinha problema com a falta de complexidade dos jogos antigos, em que bastava saber o básico para se dar bem, sem um desafio aparente, aqui isso se perde, o combate ganha sua complexidade merecida- Com sua repaginada, god of war abraça um estilo mais RPG, com equipamentos, habilidades e uma árvore de habilidades, partindo desse ponto, as possibilidades de combate são bem complexas, como por exemplo os elementos básicos do jogo como o machado que serve para dar dano, e os punhos que servem para atordoamento, juntamente a Kratos, vem Atreus, o mesmo é não só seu filho como também uma ÓTIMA adição no combate, Atreus possui flechas que variam de característica no combate, assim como Kratos com seus punhos e machado, Atreus pode atordoar ou focar no dano, assim trazendo combinações distintas para os inimigos, além das runas, habilidades que são úteis no combate e te dão atributos especiais que você precisa de estratégia para juntar todos num combate heterogêneo e contraditório a si mesmo.
Os inimigos tem suas variações, é certo que peca um pouco nesse quesito, mas a variação presente está longe de ser ruim, assim como dito acima, as armas possuem características específicas, e o mesmo se aplica aos inimigos, há inimigos mais vulneráveis ao atordoamento, outros ao dano do machado ou a alguma flecha do Atreus, esses quando se misturam, trazem mais ainda a aura frenética que tinham nos antigos, devo dizer que até mais, perto do fim do jogo há uma parte em específico que requer muita atenção e estratégia pela quantidade de inimigos, algo que você só vai perceber quando estiver lá. Assim gow 2018 É o jogo da franquia em que possui a maior variação, dificuldade e requer mais estratégias da franquia.

A história do jogo não é tão complexa quando se olha por cima e se tem como foco, acaba prejudicando mais ainda a mesma, creio que sides são necessárias para um melhor entendimento do mundo e de sua mitologia, a premissa é bem simples, mas a narrativa se põe como elemento mais forte em sua história, conforme o jogo avança, mais se torna intrigante, assim como o combate, tem uma evolução gigantesca que vem o tempo. Se por um lado a história não é tão épica, a lore se sobressai, as sides estão aí para contar histórias sobre o mundo, sobre personagens, sobre o passado e principalmente sobre personagens da mitologia, gow combina uma ótima e instingante exploração e recompensa, assim te dá motivos para explorar, tenta te introduzir mais ao mundo criado pela santa mônica. A exploração do jogo se inspira em dark souls, há abertura para exploração em alguns momentos por sua vontade e outras para explorar pelos sides, Também como dark souls, os itens que você pega implementam a lore, tanto item ( recurso ) quanto runas ( habilidades ), claramente com a exploração você vai ficar mais Op, algo que vale muito a pena principalmente na reta final que são mais complexas em combate, a exploração de gow é bem satisfatória, acredito que copiar o sistema de DS fez um grande favor para o mundo aberto, admito que se seguissem as sides normais como em outros jogos ia ser maçante.

As personagens são outro bom que esse jogo acerta em cheio, em cheio mesmo, se temos uma relação semelhante a Ellie e Joel em tlou, em gow isso se expande em combate e em proximidade, nas suas 20 horas de campanha, acabamos por gostar do Atreus logo no início, pois sempre se mostra como uma criança educada e que nos ajuda, também como os tópicos anteriores, tem-se uma evolução fantástica de Atreus em combate e em personalidade, Kratos ensina Atreus a ser um Deus e Atreus ensina Kratos a ser um homem, um paralelo bem interessante que é recorrente durante a trama, Atreus é bem construído e bem simpático, uma ótima adição a franquia e a vida de Kratos. Kratos É uma nova personagem, houve uma reformulação na sua personalidade que era necessária, a máquina de sangue e ódio humano não funcionaria por mais um jogo, Kratos é tanto um personagem melhor, mas também não significa que não seja irritante, incrivelmente conseguiram fazer o Kratos continuar sendo um babaca desgarrado e misantropo que sempre foi, mas dessa vez possui uma personalidade, algo que não víamos desde god of war 1.

A mitologia nórdica é bem interessante, mas contada mais em sides que na campanha, acho que também por esses motivos muitas pessoas consideram a lore fraca e/ou desinteressante, o contrário na verdade acontece, por mais que não há um foco na campanha, suas sides exploram bem a mitologia, apesar de preferir a grega, a nórdica não fica muito atrás, algo que deve ser mais aprimorado ainda em Ragnarok. Baldur é o "vilão" dessa vez, alguém com um back story bem interessante que se conecta também a outra personagem da história, Baldur é ainda mais interessante que Ares, cheio de dilemas e com problemas que são bem retratados, algo que culmina no final em que não há nada para sentir além da tristeza do ocorrido.


Já sabia que gostaria do jogo, mas em nenhuma das vezes achei que gostaria tanto quanto agora, tornou-se o meu gow favorito