A Mojiken nos faz um convite a apreciar um monólogo de um corvo, onde ele precisa expurgar a sua introversão (representado pela cor branca e preta de sua roupa) e socializar com as pessoas da sua cidade. Elas se solidarizam com ele, entregam uma flor (vermelho), uma planta (verde), um galho (Marrom) e um cata-vento (Azul) para dar cor a vida daquele corvo, mas ao fazer o caminho de volta para casa ele observa que todas as pessoas se transformaram em pedras. A Raven Monologue é contada através de imagens em cinemática e uma música atmosférica que nos entrega a melancolia dos encontros com os personagens, porém através de sua lírica nos faz refletir sobre os acontecimentos ao redor do corvo. As pedras são as feridas criadas nos corações daqueles que escutaram o monólogo do corvo, afinal suas palavras geram o afastamento do diálogo e levam o corvo a permanecer em solidão eterna como um ato de proteção de si mesmo e dos outros.

Finalizo a crítica extasiado com a evolução que o estúdio atingiu de uma experimentação para outra (Banyu Lintar Angin), revelando o amadurecimento com o áudio e o entendimento de como formular seu game design para imergir o jogador com seus mundos.

Reviewed on Oct 17, 2023


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