Far Cry 6 ainda que tenha me divertido e eu tenha gostado dele, é sim um dos mais relativamente fracos da franquia, eu curto a temática dessa espécie de Cuba fictícia chamada "Yara", a história aos poucos vai melhorando e o vilão interpretado pelo grandíssimo Giancarlo Esposito segura bem a carga dramática que precisa e faz valer bem essa expectativa que todo mundo tem da franquia de ser sempre grandes e memoráveis vilões em cada um dos jogos, mas não há como não afirmar que ele no todo é o que tem a experiência menos proveitosa e até mais fraca que a dos títulos anteriores da franquia, que para os padrões da franquia esse é bem abaixo, onde quem não jogou os outros certamente irá gostar, mas que só "se salva" do posto de "mais fraco" para apenas o 1, o 2 e o Primal que são bem mais fracos na minha visão, que além de apresentar essa exaustão que praticamente a maioria dos jogadores está tendo pelas mesmas coisas de sempre, repete alguns problemas desses em particulares que citei acima, que é a falta de personagens marcantes dentro de toda a história e uma progressão que deveria ser mais divertida e não é tanto assim que foi por pouco que não acabei não gostando dele.

Maioria dos personagens daqui em comparação com os outros Far Cry são fracos, sem personalidade e basicamente cópias uma das outras, seus arcos são qualquer coisa, tu não se apega e acha a maioria deles forçados e estereotipados até demais, com poucas exceções que achei legais como a do personagem do "El Tigre" que ainda que seja uma ideia exagerada é um personagem muito divertido e você se apega fácil com o jeitão dele, da líder da resistência Clara que teve um dos melhores arcos, e mais convincentes, e obviamente do vilão Antón Castillo e do filho dele. Mas que o resto, se você comparar com a larga escala de personagens que temos na franquia Far Cry, você nota a extrema queda de qualidade aqui, que faz falta demais a construção e o conceito de personagens tão bem desenvolvidos e diversificados, bem explorados em toda a trama como a do Sabal ou da Amita no Far Cry 4, que sei que tinha personagens meio caricatos, artificiais e cômicos em toda a franquia como aqueles maconheiros lá do Far Cry 4 ou do próprio Hurk, mas esses citados pelo menos tem carisma e não preenchem metade do catálogo de personagens de todo o jogo e aqui, sim, maioria dos personagens é tudo praticamente igual e podiam ter sido resumidos em um ou dois, facilmente esquecíveis e o ponto central é que são basicamente a mesma personalidade rasa e mal introduzida, valendo destaque ao pior de todos que foi o infeliz do "Bicho", que pense num personagem patético e totalmente jogado dentro da história, onde até o arco final dele não faz sentido algum que remete a ele criar coragem para fazer algo de verdade do nada, sendo que é um dos personagens mais bundões de toda a narrativa. Tudo isso meio que envolve também o que trouxe a falta de comprometimento com a trama do jogo para algumas pessoas, que o que vi de gente desistindo dele devido à progressão ser meio chata, as missões serem um tanto batidas e terem algumas delas sem necessidade, deixando toda a campanha extensa até demais, não consigo nem contar, com os sub-chefes da vez, com exceção de um ou outro, tão "interessantes" quanto assistir uma formiga no banheiro. Mas enfim, acho que a missão mais memorável desse jogo é aquela clássica de todo o Far Cry que envolve queimar uma plantação com uma música, o que já diz muito pelo fato de ser algo que sempre tem, porque maioria das outras realmente não inovam ou mudam tanto quanto deveriam, o que é uma grande pena, porque diante de um certo ponto que a história pega o jeito, que tenho que admitir que demora mais do que deveria e que podia ter sido muito melhor do que foi toda essa jornada.

Joguei o jogo todo em espanhol por uma vontade meio maluca minha de mergulhar mais na ideia de se passar nesse país da America Latina, e infelizmente perdi a imponente voz do Giancarlo Esposito como o vilão da vez, mas que acredito eu que foi por uma boa causa, que falando nisso, até tem uma opção de escolher o idioma dentro do jogo, mas bom avisar que na Steam não funciona e não fica liberada, só consegui troca-lá pelas próprias opções avançadas da Steam nas propriedades do jogo, o qual após colocar você muda o idioma das legendas depois nas opções dentro do game para conseguir jogar tranquilamente com as legendas em PT-BR, que infelizmente todo o texto fora das legendas ainda ficará no idioma escolhido (espanhol) ficando um pouco confuso, que não sei porque não pegou essa opção que tá no jogo de só mudar o áudio que sempre teve e aqui não pega. Outra coisa ruim ao fazer isso é que as legendas em PT-BR não seguem exatamente como deveriam ao tempo do áudio em espanhol, às vezes se atrasando demais e fazendo você perder a atenção do que eles tão falando ali que prejudica consideravelmente o entendimento de toda a trama e que por isso, não sei se aconselho ou digo se foi a melhor coisa que fiz para jogar o game, que tomara que resolvam esse problema do "timing" nas legendas.

Agora, para falar da jogabilidade é até difícil de citar alguma coisa nova seja dela até da história deste sexto jogo, desde tempos que a fórmula é basicamente a mesma com uma coisa ou outra de diferente para fazer sentido a existência de uma sequência, e aqui é basicamente a mesma coisa, a tese novamente muda alguns conceitos como você não precisar mais "upar" as tais habilidades do seu protagonista, ou não ter que desbloquear torres de vigia para ver completamente o mapa do game, tudo isso mesclados com o novo sistema de RPG que a Ubisoft está colocando em tudo que é jogo dela, onde, por exemplo, para ter algum tipo de proteção a mais de ataques de arma de fogo ou de dano de explosão, a única maneira disso é usar alguma roupa que faça isso, que não é tão ruim afinal de contas, pois ninguém aguenta mais ter que ficar upando a mesma habilidade de sempre que desbloqueou antes no jogo anterior de novo e de novo e de novo, principalmente as de execução, mas que é inconveniente não poder aumentar o HP e etc, e agora só de você caminhar pelo mapa você já vai desbloqueando as áreas, o que até que é um ponto positivo para aliviar um pouco daqueles que estão jogando desde o Far Cry 3 e fazendo isso. Outro ponto relacionado aos gráficos é que sim, em alguns momentos você sente que está jogando um jogo de PS3, com expressões faciais esquisitas para cac3te provavelmente pela escolha de tentarem uma Inteligência Artificial tão nova para mexer a boca dos personagens conforme o idioma definido, que por mais que foi uma boa ideia para adicionar ainda mais imersão, para mim, só prejudicou pela bizarrice que fica parecendo na maioria das vezes a movimentação desses lábios em alguns personagens, que não sei se foi isso que senti que alguns personagens estavam mais bonecos de cera do que o normal por perder a magia com o controverso "vale da estranheza", mas para não ser injusto, em relação aos ambientes e cenários estão bem bonitos.

Por fim, tá longe de ser um jogo perfeito ou tão bom quanto o Far Cry 5 para mim, mas pelo menos diverte por ter essa gameplay que apesar de estar também um pouco cansado dela eu curto muito, e mesmo que tenha uma história ainda que controversa, ela desenvolve bem a partir de um certo ponto e se você estiver disposto a passar e aceitar alguns personagens e alguns arcos meio medíocres, vale a pena pelas partes boas, principalmente as do general Benitez/Sean McKay e quando vai para o arco do vilão com o seu filho que achei ótima com algumas reviravoltas interessantes, além de que, a melhor coisa desse jogo, sem dúvidas, é o nosso companheiro Chorizo, um cachorrinho que tá sempre com a gente com aquelas rodinhas, indo para cima dos inimigos ou para ficar perto de você, que como pode uma linha de código feito por vários programadores, provocar tanto sentimento genuíno de fofura na pessoa na moral, que bicho fofo da p0rr@!

Reviewed on Oct 10, 2023


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