"Pô, só um joguinho infantil para descontrair, provavelmente vou zerar em dois dias" É né, foi o que eu de 12 dias atrás pensou desse game. Vai pensando que só porque o jogo é fofinho numa primeira vista, ele é no todo "fácil". O que pega em "I Am Fish" ou em qualquer jogo dessa desenvolvedora "Bossa Games", é que ela não se importa se você pode ser uma criança jogando esse jogo pela primeira vez, já te mostra o que é a vida de verdade disfarçado de um simples game infantil com essa física e controle cruel, que com um simples desequilíbrio ou empurrão forte em um mini-aquário, por exemplo, já é necessário para bater em algo com tudo e assim quebrar e você morrer desidratado e desnutrido no meio da calçada ou na rua de uma estrada movimentada. Pelo menos, diferente do "I Am Bread", que foi o jogo anterior que joguei dessa desenvolvedora, esse é bem mais divertido e interessante, a sequência de fases são boas, e é ótimo acompanhar o caos que um simples cardume pode instaurar pela cidade desse game, que mesmo com um controle bem frustrante, na minha visão, teve propósito e não incomoda no todo, só agrega a estabelecer a algo mais único e desafiador.

   Falando da campanha, jogo está totalmente legendado em PT-BR, e são 13 fases ao todo de muitos momentos inesperados nessa sequência de missões que uma coisa que eu não esperava de jeito algum foi eles terem realmente criado um "universo compartilhado" de cada um dos jogos dessa desenvolvedora (que até o momento são apenas os dois: "I Am Bread", e esse "I Am Fish"), quase um "Bossaverso" de agora animais que entram num estado de anarquismo puro ao comerem o tal pão endemoniado do primeiro jogo, deixando ainda um "cliffhanger" de um próximo jogo da empresa de como e de qual animal seria, não tenho nem palavras para falar sobre isso. Mas enfim, muito legal a variedade dos cenários e da abordagem de como a história se conduzia até chegarem no mar, onde qualquer coisinha podia ser um obstáculo para o peixinho conseguir chegar até a sua liberdade, e um detalhe interessante foi terem colocado, numa fase nos esgotos, copos ou qualquer tralha de lixo que só de tocar no peixe poderia causar o "game over" na tela, para criticar o como isso pode de fato prejudicar a vida dos animais no meio do mar por ficarem presos nesses objetos, algo legal e sútil.

No todo, é um jogo legal, favorito do cantor "Fagner" ("Quem me dera ser um peixe... 🐟 🐡 🐠"), que por mais que apresente uma jogabilidade bem dura como dito antes, além de algumas fases com um Level Design extremamente confuso de fato, dá conta do recado de te entreter, e é um desafio legal de superar, que intriga e não sei porque satisfaz de certa forma o espectador a ver essa desordem causada por um simples cardume como dito acima, basicamente uma revolta da própria natureza iniciada por um simples pedaço de pão, que quem diria que chegaria ao que chegou no final do jogo.

Reviewed on Nov 22, 2023


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