This review contains spoilers

Conheci esse "SIMULACRA" através de uma série feita pelo Youtuber "Cellbit" em 2018, que adaptou toda a estrutura desse jogo para ser contada de forma mais interessante para o YouTube, como se estivesse contando de fato uma história "real" do que só gravando e jogando um game, que ainda por cima traduziu sozinho todos os diálogos para os seus vídeos que provavelmente por ser um jogo Indie despretensioso não teve como ser traduzido para as outras demais línguas (a não ser para a China). Sobre o jogo em si, sua gameplay é simples por simular bem tudo que rodeia um “smartphone” com leves escolhas de diálogos que "de certa forma" alteram o destino da história, e eu digo "de certa forma" porque a respeito da história principal suas decisões só mudam de fato a trama no final do jogo em que só ali você terá opções que decidirão de fato o desfecho do game, e as outras escolhas durante todo o game estão mais para ter claro opções que preencham melhor a sua personalidade e em casos específicos para escolher o destino de alguma sub-trama definida para certos personagens secundários.

No caso da história, é de fato o ponto mais alto do jogo por contar na visão de um desconhecido (ou seja, você) que um dia teve o celular de uma garota desaparecida, deixado por debaixo de sua porta que cabe agora a você descobrir o que aconteceu com ela e onde ela poderia estar, o mais interessante em toda essa trama é que "nada é o que parece" com reviravoltas intrigantes que refletem e criticam bastante a respeito da nossa utilização em torno das mídias sociais e claro vários outros pontos que não posso me aprofundar para não entregar a surpresa de quem for jogar o jogo, a minha única crítica pessoal é em torno do lado "místico" e "exagerado" que foi entregue no desfecho (SPOILERS: Que é a respeito da I.A dependendo da sua decisão possuir no final ou o Taylor ou continuar com a Anna, que não fez tanto sentido para a proposta "pé no chão" que estava sendo no jogo, que era a de uma Inteligência Artificial maluca e obsessiva e não a de um "espírito" que, a meu ver, desvalorizou a autenticidade da trama e a crítica por trás da utilização das redes sociais que cria essa "máscara" de que somos inteiramente felizes que poderia dar margem para a I.A realmente interpretar dessa forma de sacrificar os "fracos" para que eles sejam felizes em suas contas digitais) que para mim, saiu um pouco dos trilhos do que eu estava adorando ver, mas que no geral não estraga a experiência do jogo como um todo, só infelizmente cai na mesma ideia genérica de qualquer terror previsível que não estava sendo desde então.

Enfim, fora esses pontos (e na atuação que em momentos específicos caiem um pouco) é sim uma boa experiência que não peca no geral em torno de trazer um bom suspense para se interagir, por isso, se você entende inglês e gosta desse estilo de jogo vale a pena dar uma conferida.

Reviewed on Jul 21, 2022


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