This review contains spoilers

Antes de mais nada, só queria citar que eu quase me confundi e iria começar pela ordem errada de jogar primeiro o "Star Wars: Jedi Academy" em vez desse aqui pelo título dele causar uma certa confusão, que por sorte, acabei estranhando a data de lançamento de ambos os jogos e descobri antes de abri-lo que esse "Star Wars Jedi Knight II: Jedi Outcast" tem esse título "2" em seu nome pelo fato dele ser uma sequência não do "Star Wars Jedi Knight: Jedi Academy" como eu pensei que era (já que os dois tem uma gameplay meio parecida) e sim uma sequência do bem antigo "Star Wars - Dark Forces" de 1996 que segue com o mesmo protagonista desse jogo.

   "Star Wars: Jedi Knight II - Jedi Outcast", sem dar muito spoiler, segue após todo o arco final de "Darth Sidious" que com a queda do Imperador no "EP 6 - O Retorno de Jedi", o Império por mais que fragilizado sem o seu líder ainda vive e agora se intitulam como os "Remanescentes do Império" procurando uma nova forma de ainda existir e continuar controlando e dominando toda a galáxia, que cabe a um ex-Jedi chamado "Kyle Katarn" que vive agora como um simples mercenário da Aliança Rebelde trabalhando junto de sua parceira e amante "Jan Ors" a continuar combatendo essa última linha de opressão do Império Galáctico. Não posso falar muito do arco geral do protagonista já que pulei o "Dark Forces" 1 e o 2 por honestamente achar eles datados até demais com aquelas cenas live-actions constrangedoras que davam muito uma sensação de algo amador feito para um conteúdo adulto dos anos 80/90, mas dando uma chance a esse aqui me deixou um pouco a desejar, que por mais que a história tenha uma ideia interessante e de fato funciona em alguns momentos ao que ela quer fazer (SPOILER: Por terem trazido o Luke Skywalker no enredo cuidando da Academia Jedi e lhe ajudando em algumas das missões, dando conselhos ao nosso protagonista e etc, ainda mais sábio e sendo um líder do qual ele deveria ter sido na trilogia tão problemática da Disney.) eu acho que tudo aqui é mal-executado ou datado até demais, o protagonista é raso e até mesmo o vilão principal é visualmente cômico e nada ameaçador para a expectativa que temos de um vilão da franquia Star Wars, com diálogos esquisitos além de uma trama batida que não tem peso por apostar nas velhas "reviravoltas" chatas que apostam sempre no seguro e consequentemente perde todo aquele impacto que deveria ter tanto para a história quanto para o arco geral desenvolvido para o protagonista (SPOILER: Que é o fato da "Jan Ors" está viva perto do final do jogo, que o que custava ter deixado essa personagem morta, tirou todo o peso da história e da ameaça dos dois Siths, que já eram ridículos por si só pelo principal ser uma criatura com cabeça de dinossauro que até agora não sei como isso foi aprovado e o protagonista voltou a ser o mesmo personagem vazio de antes perdendo toda aquela construção que estava sendo feita desde então dele mais sério trilhando o caminho perigoso de vingança guiado pela raiva, e assim intercalando entre o Lado Negro e o Lado da Luz.), mas que claro a gente releva na sua grande parte por se tratar de um jogo com sua idade que nessa época geralmente os jogos não tinham uma história tão bem elaborada, salvo algumas exceções.

   Agora indo para a gameplay, o jogo não se preocupa em te ensinar literalmente nada, tudo você tem que aprender simplesmente na base da sorte jogando ou vendo nas configurações das teclas do controle, como era o comum de jogos da época que do início até o fim é bem provável que você também se perca bastante no mapa do game e também sofra para passar das demais fases, por não ter nada do tipo para te guiá-lo a não ser na força da sua intuição e também na confiança do Level Design do jogo, que só te joga no meio da progressão de fases e é isso. Mas algo bem legal é que esse jogo te deixa escolher qualquer um dos estilos de câmera desde o início do game, seja ela em primeira ou terceira pessoa apertando a qualquer hora o botão "P" para variá-la da forma que você bem entender, ainda tendo a opção de colocá-la como prioridade nas configurações pra certas armas, como por exemplo, quando for empunhar o Sabre para Terceira Pessoa e quando for para uma arma qualquer já ir para Primeira Pessoa, assim dando mais destreza para a jogabilidade do game. Outro ponto importante é que como leva tempo para você conseguir pegar o Sabre de Luz no jogo você terá que se acostumar bem com toda a questão do combate de tiro estabelecido para ele que se assemelha bastante com a gameplay de um "Half Life 1" nessa gameplay das armas de tiro à longa e curta distância, que toda a jornada construída de você usando esses tais rifles "blasters" para chegar até o ponto de enfim usar o Sabre de Luz é uma proposta bem única para esse game e funciona até que bem para quem gosta de uma boa jornada recompensadora para ter aquela sensação de mérito/"dever cumprido" para finalmente poder usar o Sabre de Luz. E falando mais precisamente da mecânica dos sabres, o mais interessante dela é que quando a gente empunha ela, nós temos a opção de arremessa-lá contra os inimigos do game de forma bem livre e respeitando toda física aplicada, que não te dá nenhum sistema de travamento de mira para seguir o inimigo, onde você tem sempre que se virar para acertar os demais alvos, e o mais daora disso tudo, é que se um dos inimigos for um Sith que também usa um sabre, ele tem a opção de ainda conseguir lhe desarmar ao você lançar o sabre nele com um simples contra-ataque que você terá que ir correndo pegar o sabre do chão ou até puxar o tal sabre com a força, fazendo você rezar para o Sith não ir para cima de você nesse momento que basta apenas um movimento em falso para o Sith te trucidar ao meio, trazendo ainda mais realismo e imersão aos momentos de luta do jogo. Ainda tem um leve toque de desmembramento que você pode ativar nas opções que ocorre ao ativá-los de vez em quando, só que obviamente sem sangue já que os tais sabres de luzes cauterizam os demais danos.

   Por fim, por mais que eu ache que esse jogo podia ter sido melhor na sua história, ele tem os seus momentos que fizeram dele ter sido válido de zerá-lo hoje em dia (mas que provavelmente não devo jogá-lo novamente) e sinto que não perdi muita coisa por não ter jogado os dois anteriores que precedem a trama desse aqui (Dark Forces 1 & 2) já que esse em si trabalha bem como uma história isolada que só deixa o passado do protagonista a deriva e como nem aqui essa história dele é tão bem desenvolvida como deveria ser, imagina nos dois anteriores, mas enfim, o jogo pelo menos está até que bem otimizado na Steam, só faltando um suporte a mais para resoluções em 1080p que só tem até 1280 x 1024 e uma correção nos bugs das sombras do jogo que estavam bem instáveis na minha gameplay que só corrigiu ao jogá-lo em Modo Janela, fora isso, joguei em 90 FPS sem nenhum problema de crash ou de bug com um desempenho ótimo e ideal. Ah, e duas últimas dicas para aqueles que forem jogar esse jogo é que se lembrem de não se prenderem apenas nos checkpoints, salvem sempre manualmente pelo ESC ou pelo que recomendo que é colocando teclas de atalhos nas opções para Salvamento Rápido, que fiz isso e alterei as Teclas para "F5" e "F6" para salvar e carregar que ajudou bastante, e a última dica que é a de que nesse jogo o botão para pular as cutscenes para caso você tenha morrido e vai ter que passar pela mesma cena de novo é o "CTRL" e não o "ESC", como é o comum, que economizará bastante tempo no jogo.

Reviewed on Jun 19, 2023


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