This review contains spoilers

Independente da minha nota não ter mudado, esses anos de amadurecimento em minha vida me fizeram perceber coisas que eu havia deixado de lado na história quando aproveitei esse jogo incrível anos atrás.
The Last of Us Part 2, mesmo que não sendo tão bom quanto seu antecessor em minha opinião, acerta em fechar ciclos de forma triste, mas muito bem executada.
Traz para esse mundo perturbado a melhor personagem já escrita na duologia (que aparentemente vai virar uma trilogia), que é a Abby.
Independente do ódio que muitos tem por ela, na minha visão, Abby é a personagem que mais muda durante o jogo e de forma incrível, só acho que parte do seu início é desnecessário, pois ao invés de mostrarem mais da relação dela com o pai, tentam humanizá-la de uma forma muito corrida, santificando o seu pai e mostrando cenas emotivas, mas que não me impactaram em nada.
Entretanto, o seu arco de redenção junto à Lev e Yara é simplesmente perfeito, o que me faz relevar um pouco esse ponto que não me agrada.
No geral, eu adoro as partes mais abertas que você explora com a Ellie durante a primeira parte do jogo, simplesmente incrível. Só acho ruim a forma como todo esse sentimento de liberdade, independente de você ter um objetivo a seguir, se perde durante a campanha da Abby.
Ela é ótima, sem dúvidas, se não fosse eu não falaria que a personagem é minha favorita, mas não posso negar que passar de Seattle com a Ellie, livre para explorar áreas enormes e até mesmo digno de um passeio a cavalo por tudo, para então jogar uma trilha quase que completamente linear é algo que regride ao level design de TLOU1, que na minha opinião é perfeito, mas devemos levar em consideração que um é um jogo de 2013 e outro é de 2020, que havia acertado em suas áreas, mas depois peca. Então isso me impede de dar uma nota 5/5 para o jogo.
Problemas a parte, mesmo que eu não dê nota máxima, eu digo ainda assim que esse jogo é uma obra-prima na maioria de seus aspectos e mesmo que receoso, eu espero também ansios por uma Part III.
Neil Druckmann, não me decepcione.

Reviewed on Feb 23, 2024


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