Esse foi o meu primeiro jogo Souls e o meu favorito, eu definiria com uma mistura de raiva e conquista, a dificuldade constante que o jogo proporciona não é apenas provinda dos sistemas que o jogo apresenta, mas sim, da influência absurda que a má hitbox presente nesse jogo frusta o jogador.

A jornada do herói em Dark Souls Remastered funciona de uma maneira única. Aqui, você não é o escolhido predestinado a alcançar seu destino; você é apenas mais um entre milhares que aspiram chegar lá. Essa abordagem serve como um balde de água fria, demonstrando que você não é especial. Da mesma forma que você, vazio, está buscando alcançar algo, outros vazios também estão em busca do mesmo objetivo.

Pra ser honesto, Dark Souls Remastered tem dois momentos diferentes, vamos chamar o primeiro de "jogo perfeito" e o segundo de "jogo mediano".

No jogo perfeito, temos desde o início até o momento que desbloqueamos a viagem rápida. Discorrendo sobre esse período, os chefes são sensacionais, o level design apresentado é incrível. Todas as vezes que você joga e percebe que as coisas se conectam perfeitamente, sua mente explode. Essa primeira parte do jogo é simplesmente incrível, e as inovações apresentadas deixam o jogador totalmente empolgado.

Agora, falando da parte mediana, com as viagens rápidas desbloqueadas, o jogo perde toda a dinâmica de level design, e três das quatro áreas finais são extremamente horríveis de se jogar. No entanto, não temos apenas pontos negativos; o jogo se mantém muito interessante. Mas, com os pontos citados acima, ele perde um pouco daquela magia de "aqui tudo foi extremamente calculado e pensado".

Após atravessar essas quatro áreas, você está pronto para enfrentar o chefe final, que neste caso é Gwyn, Lord of Cinder. A luta é uma das mais fáceis do jogo, mas quando você descobre toda a história por trás dessa facilidade, você se apaixona ainda mais por esse jogo. Antes de falar mais sobre um dos vídeos que me aproximou mais de Dark Souls foi o vídeo do GEMAPLYS "o dark souls das reviews de jogos". Lá, senti como essa franquia é rica em conteúdo.

Voltando a falar sobre Gwyn, resumindo, no momento que chegamos e enfrentamos, estamos apenas lutando com uma casca do que um dia foi Gwyn. Toda a sua força foi perdida com o tempo, por inúmeras escolhas que ele fez e que agora, como jogador, você terá que fazer: dar continuidade ao ciclo que Gwyn criou ou iniciar a era da escuridão?

O gráfico de Dark Souls Remastered não é dos mais bonitos, mas com o auxílio do level design, eles conseguiram transformar algo mediano em algo muito bom. A transmissão brilhante de um ambiente morto e abandonado é evidente a todo momento. Um dos momentos mais marcantes que retrata esse visual é no momento final antes de enfrentar Gwyn, onde somos apresentados à "Fornalha", basicamente o local de onde foi acendida a primeira chama. Esse sentimento de morte e abandono que estou citando fica claramente visível.

Outro elemento em que Dark Souls Remastered é simplesmente perfeito é a trilha sonora. O que dizer das músicas nas lutas contra os chefes? A música que mais me marcou foi a luta contra Gwyn, o famoso "plin plin plon". Eu vejo essa música querendo transmitir um sentimento de melancolia, dando a impressão de que algo está faltando, o que basicamente reflete o conceito de estar lutando contra uma casca e não contra o verdadeiro Gwyn.

Agora, um ponto que merece discussão e cujos nomes devem ser mencionados são os chefes deste jogo. Ele apresenta lutas espetaculares com alguns chefes, enquanto outros parecem piadas ou são mal executados. Entre os chefes espetaculares estão as Gárgulas, Smough & Ornstein, Gwyn, Artorias e Quelaag. Por outro lado, entre os chefes que são considerados piadas ou mal executados estão Manus, Berço do Caos, Demônio de Fogo, Demônio Cabra, Demônio Centopéia e Pinwheel. Claro, existem muitos outros chefes no jogo, mas acredito que eles não têm tantos pontos positivos nem tantos pontos negativos como os mencionados anteriormente.

Com toda certeza, o sistema de combate é um dos pontos mais bem destacados desse jogo, apresentando um combate incrível e fluido. Claro, é mais lento em comparação com o título mais famoso da franquia, "Dark Souls III", mas isso não significa que seja ruim por ser mais lento.

Durante a jogatina e após conquistar a tão cobiçada platina, percebo que esta jornada foi longa e incrivelmente desafiadora. No entanto, o jogo apresenta uma questão crucial relacionada às hitboxes, a qual demonstra falhas absurdas. Sendo um "remaster", eles poderiam ter dado atenção a esse problema, que afetou os três jogos da franquia. Essas inconsistências se tornaram mais evidentes ao longo das múltiplas jogadas no New Game+, tornando a situação ainda mais complicada. Infelizmente, esse ponto impacta desde o início até o fim do jogo. Apesar desses contratempos, a sensação de finalmente conquistar a platina e superar todos os obstáculos trouxe consigo uma imensa satisfação.

COMENTÁRIOS FORA DA RESENHA (ao longo do tempo se eu tiver algum comentário para fazer incluirei aqui):

1.0: Tinha outros dois saves que totalizavam cerca de 40 horas de jogo, mas por alguma razão, acabei perdendo-os.

2.0: Guia da platina que usei para fazer: https://steamcommunity.com/sharedfiles/filedetails/?id=953780334

3.0: Localização dos braseiros: https://steamcommunity.com/sharedfiles/filedetails/?id=502741553

4.0: Esse aqui é uma visão geral:
https://steamcommunity.com/sharedfiles/filedetails/?i

Reviewed on Apr 26, 2024


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