Só tinha jogado uma vez, a versão DX. Isso foi Deus sabe quantos anos atrás e não tinha gostado muito. Talvez porque eu tivesse jogado os Oracles à exaustão antes ele não atendeu às minhas expectativas.

Em minha revisita à Link's Awakening, decidi jogar a versão original, de 1993. O que posso dizer é que minha expectativa dessa vez foi muito mais positiva. E não é só oela perspectiva histórica de que é um autêntico The Legend of Zelda rodando num Game Boy tijolão (um grande feito). Mesmo para jogadores contemporâneos que não têm apego nostálgico ao jogo ele tem bastante à oferecer.

Link's Awakening tem dois principais pontos fortes que se reinforçam mutuamente. O primeiro é o ritmo. Sendo projetado para um aparelho portátil, a aventura divide a famosa fórmula de Zelda em objetivos e subobjetivos que nunca duram mais que 30 minutos. Eu fui jogando o game em doses homeopáticas no decorrer de dois meses, e mesmo nas seções mais curtas a sensação de progresso era constante. E o segundo ponto forte, que se liga diretamente ao primeiro, é a variedade. Na transição de uma dungeon para outra à sempre alguma missão interessante que você tem que cumprir antes, como ajudar um príncipe a recuperar seu castelo, salvar Marin de moblins ou encontrar a Vila Animal. Às vezes o que você tem que fazer é meio non-sequitur, mas até isso acho que se encaixa com a temática onírica da história.

E falando em história... Que finalzinho meio melancólico, né? Outra coisa que meu eu do passado não soube apreciar muito, mas o do presente se sentiu um pouco emocionado.

Reviewed on Oct 11, 2022


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