Não é bem um remake, está mais para um mistod de remix e redux do The Legend of Zelda original. O mapa foi condensado e as dungeons simplificadas, o que não é necessariamente ruim; por mais que eu goste de LoZ, essa versão mais destilada e menos críptica foi bem gostosinha de se jogar. Mas alterações de world e level design não foram as únicas: a progressão do jogo está atrelada a uma série de eventos que têm um tempo determinado para acontecer. É como se a aventura tivesse sido dividida em 4 seções de 1 hora cada. Cada seção te dá acesso a duas dungeons e, em minutos específicos, certos eventos podem acontecer que te dão power-ups temporários, ou fazer um heart container ficar disponível no overworld, ou um novo canto do mapa ficar acessível, dentre outras coisas. Algo bem interessante é que essa divisão em 4 seções de 1 hora cada é, por si só, uma forma de cadenciar a aventura e criar uma certa curva de dificuldade. Fazer as duas primeiras dungeons em 1 hora é tranquilo; já concluir as últimas duas e de quebra ainda matar o Ganon no final me deu um pouco de desespero e quase pensei que não ia dar tempo.

Outro aspecto interessante de BS Zelda, e o mais óbvio, é o uplift audiovisual. É realmente um jogo bem charmoso, preservando o feel do original, mas agora em 16 bits e sei lá quantos canais de som. E aparentemente a transmissão original do Satellaview era ainda mais interessante nesse aspecto, com o uso de uma trilha sonora orquestrada e até narração através do Soundlink. Bem, tem um romhack disponível aí pelas redes que aparentemente reconstrói até isso, mas ainda não testei...

Enfim, se você curte o LoZ original, esse aqui é um prato cheio. Vai fundo.

Reviewed on Apr 15, 2023


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