Tunic inicialmente se vende como um clone de Zelda, mas isso cai por terra depois das primeiras horas de jogo. Sabe como era jogar videogames nos anos 80/90? lembram como era antes da internet? Bem, Tunic tenta remeter a isso, usando da estrutura de jogos clássicos pra comentar sobre videogames.

Por vivermos em um país pobre como o brasil e com uma grande cultura calcada nos empréstimo e alugueis, pode não ser uma realidade tão próxima para muitos a experiência de abrir um jogo de SNES com aquele cartucho pesado, mas principalmente, um manual. Item esse que era muito amigo de jogadores daquele tempo, que por vezes davam dicas de como passar certas partes dos seus respectivos jogos.

Um dos sistemas principais de Tunic é o manual do jogo, coletar as paginas é ditar de como sua progressão do jogo ocorrerá, não sabe pra onde ir? que tal folhear o manual? não sabe resolver um puzzle? talvez tenha alguma marcação em uma pagina que possa te ajudar.

Mas devo dizer, que mesmo estando apaixonado pelo jogo, eu consegui ter mais respeito a ele quando pensei sobre o alfabeto rúnico dentro do jogo, e a minha tese vai pra: Era super comum jogar títulos em outras línguas. E acreditem, todas as escolhas da direção de arte tem alguma proposito, tipo o fato do heroi ter um túnica verde ou o escudo lembrar um Hylian Shield, pois se entende Zelda como uma franquia sinônima com videogame.

No fim das contas, é uma experiência incrível, é mais um videogame que fala sobre videogames? Sim, mas ele usa da nostalgia de um tempo e traduz isso pra mecânicas e sistemas in-game. E uma dica, se jogarem, façam o 100% e compartilhem a sua sabedoria, pois ela pode ser libertadora (serio isso é um tema do jogo, vai jogar).

Reviewed on Feb 27, 2023


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