Bradando o logaritmo como a mais satisfatória arma do mundo, Risk of Rain 2 é um dos melhores exemplos de progressão no gênero de roguelikes. O ritmo de cada run sempre segue uma premissa exponencialmente absurda, mares de inimigos ao ponto em que você não sabe o que tá saindo de você e o que tá entrando em você; itens e personagens criativos dando muita brecha para experimentação, não faltando vias para reconstruir um personagem azarado em uma máquina de matar; cada segundo uma decisão estratégica, otimizando rotas e contas de padaria, demolindo o que tiver pela frente. O maior defeito que vejo é o de como pesa à máquina o dever de calcular todo esse carnaval - o endgame roda igual raid de MMO em 2008.

O primeiro Risk of Rain foi minha introdução ao gênero, e até hoje poucos roguelikes conseguem atingir o maximalismo atmosférico do primeiro - superá-lo em um salto dimensional na primeira tacada é impressionante.