Peak Fiction!

Estou completamente encantado por este jogo. Fui pra esse diretamente do Trails from Zero, e este não perde tempo com introduções lentas; pelo contrário, começa com um ritmo muito mais acelerado. A primeira dungeon já deixou claro que grandes expectativas estavam sendo estabelecidas, e ao longo do jogo, essas expectativas foram plenamente atendidas. E nisso, meio quando senti no jogo anterior, era um prólogo para os grandes acontecimentos do Azure, e é bem isso, achei bem parecido com o que aconteceu com a trilogia anterior. Já aviso: É imprescindível jogar o Trails from Zero antes de jogar este.

Nesse ritmo com quem já está preparado com este mundo. Não perde tempo apresentando o mundo e os personagens; é direto ao ponto e traz adições muito bem-vindas ao elenco. Personagens que eu gostava tanto no primeiro jogo agora fazem parte do grupo, isso me deixou bem animado. Os personagens são bem escritos e criei um verdadeiro carinho, até triste não poder levar todos na party a partir de certo momento.

É nesse sentido da importância de jogar o anterior, por ganhar uma maior liberdade maior para explorar seus personagens e o mundo, o ritmo consegue ser mais aprofundado. A narrativa expande-se consideravelmente, focando-se principalmente em aspectos políticos, proporcionando um aumento significativo no drama e na tensão do que está sendo discutido e questionado. Estou virando um grande fã da Nihon Falcom, seu nível de escrita de worldbuilding é excelente. É difícil não perder a meada com tantos acontecimentos, mas ainda to vendo se mantendo muito sólido, ansioso pelos próximos.
Aliás, o capítulo 4 foi de arrepiar.

No gameplay e game design, teve grandes evoluções também, principalmente na qualidade de vida, a vinda do carro foi excelente. Além disso, o port de PC está excelente, rodei tudo a 60fps no máximo sem queda de desempenho. E jogar os Trails/Kiseki em sequência possui algo verdadeiramente especial, além da envolvente narrativa, é claro. Refiro-me à notável evolução na jogabilidade ao longo da série. Cada jogo apresentou melhorias significativas e adições notáveis. Aqui tem uma alteração no sistema "Burst" e a introdução dos Master Quartzs. Além disso, percebi que utilizei o CP de forma mais estratégica do que nos jogos anteriores. Houve diversas melhorias, e as batalhas foram verdadeiramente memoráveis, especialmente a luta final. Passei várias horas nela, e as mecânicas do chefe pareciam saídas de um MMO, haha. (passei mal)

Teve outros momentos que lembrei da primeira trilogia. No capítulo final, percebi uma atmosfera semelhante à do terceiro jogo. A cena em que todos os membros do grupo estão separados, recrutando gradualmente, e a necessidade de ter um número específico de membros na equipe para abrir determinadas portas, ou melhor, portais, neste caso.

Em resumo, este jogo é muito bem feito, provando que a experiência de Trails/Kiseki deveria ser feita para todos amantes de JRPG.

Reviewed on Mar 03, 2024


Comments