O humor e estilo de arte metalinguísticos e absurdos combinados com sua velocidade frenética, personagens icônicos e inesperados (principalmente a novata Ashley) e uso integral das funcionalidades do DS tornam esse jogo um obrigatório pro console; ainda mais dada a duração curtíssima.

WarioWare sempre é o ápice da criatividade, desta vez com minigames que referenciam seu predecessor de forma engenhosa, assim como clássicos e consoles da Nintendo. Alguns minigames utilizam a tela de baixo do DS como um controle, enquanto o jogo é apresentado na tela de cima. Outros que são adaptados diretamente do seu predecessor, mostram um GameBoy Advance e em vez de jogar apertando os botões do DS, joga-se clicando nos botões do GBA na tela (o mesmo acontece com o GBA SP, o jogo é meta assim).

Cada grupo de “microgames” se encaixa com o personagem que os apresenta, por exemplo: Ashley possui uma personalidade entediada, então seus minigames são baseados em arrastar coisas com a stylus (um trocadilho com a expressão em inglês “drag”, que é utilizada em momentos de frustração ao realizar tarefas chatas, mas que literalmente significa arrastar), ou Mike (Mic, microfone), um robô mestre do Karaokê que apresenta jogos envolvendo assoprar no microfone do console.

É conceitualmente muito simples, mas na prática fornece uma variedade visual e de gameplay diferenciada, ao mesmo tempo em que se evolui gradualmente em dificuldade e complexidade; é uma aula de game design.

Só não sei por que fizeram o número 6 parecer um b.

Reviewed on Jan 22, 2024


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