Temática faroeste, expressada nessa liberdade junto de tudo que forma atmosfera, os lugares rústicos, o sotaque, a música country, você se sente dentro daquele mundo hostil e longe da sua realidade. Os momentos onde há apenas uma viagem de cavalo e uma música tocando são uma experiencia imersiva única.
A fórmula Rockstar é uma faca de dois gumes, pois é interessante ver a diversidade de loucuras junto da liberdade de escolher qual missão de qual personagem você quer fazer, mas ao mesmo tempo, é triste ver bonecos sendo jogados fora depois de 3 ou 4 missões. No geral, são missões divertidas, esse jogo tem uma pegada dark pra realidade faroeste, explorando os mais antiéticos casos de loucura, mas acaba por ter uma certa parte mais fraca nos personagens sem propósito e estereotipados. Um destaque negativo para as missões rurais, apesar de eu gostar dos personagens que acompanham, é tedioso demais locomover vacas ou domar cavalos.
Uma das maiores características é a qualidade dos diálogos, tanto pelas diferentes personalidades discutindo, quanto por como é conduzida a narrativa, a leve e natural descoberta sobre o personagem que você controla.
Mesmo mais de uma década depois, a gameplay continua satisfatória, é peculiar o combate ter um auto aim lock tão exagerado e mesmo assim funcionar bem como parte do todo, e o Dead Eye enriquece tal sistema.
É interessante como o jogo se constrói frequentemente citando eventos passados, vistos no 2, e que funcionam tanto para quem jogou quanto para quem não jogou, os personagens carregados pela culpa e marcas do passado, sendo o maior o John, com um ótimo carisma sarcástico. Sua reta final conclui a temática de redenção fadada e dos ciclos que essa vida causa, lindo em sua exploração.

Reviewed on Dec 07, 2023


Comments