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eu sinceramente achei esse jogo muito genial mas eu talvez seja muito burra pra ele

They put puzzle game but also good story and also good movement.

Difícil como él sólo. Todo el contenido secreto o extra es genial.

This review contains spoilers

Aviso: esta resenha pode conter informações que podem estragar a experiência de descoberta do jogo.

O jogo começa com você acordando em um jardim bonito, enquanto olha pra sua mão robótica e pensa: “Mas que porras está acontecendo?”. Então, uma voz calma do além diz que é seu criador e que você precisa buscar umas pecinhas de um quebra-cabeça pra poder ir pro céu. E essa voz, que se apresenta como Elohim (descobri que significa Deus em hebraico), diz que você NÃO pode, de maneira algum, entrar na torre. Na hora que ele fala isso, eu nem vi torre nenhuma, mas pensei: “Pois agora eu vou entrar na primeira torre que eu vir pela frente”. E foi isso mesmo que eu fiz. O Elohim não ficou muito feliz, mas tudo que é proibido é mais gostoso, não é mesmo?

Enquanto você se descobre como um androide em busca do sentido da sua própria existência, você navega por três “mundos” diferentes que se conectam ao redor da torre proibida. Cada “mundo” é composto por fases, e cada fase tem alguns quebra-cabeças para serem resolvidos. Sempre que você resolve um quebra-cabeça, você ganha uma peça que pode ser usada para ganhar novos itens que serão úteis em fases no futuro e para avançar na torre (ou não, caso você queira obedecer o Elohim).

Os quebra-cabeças envolvem liberar portas, ativar mecanismos e até mesmo gravar você mesmo fazendo algo e usar sua própria gravação pra te ajudar a passar por alguns obstáculos. Eu juro que a maioria das fases eu consegui sozinho, mas algumas eram impossíveis pra mim e tive que apelar pra ajuda dos universitários. Eu passava quase uma hora tentando resolver alguma fase, daí eu desligava o jogo, ia fazer qualquer outra coisa e, quando eu voltava, eu conseguia resolver o mistério na primeira tentativa. Eu me sentia muito esperto nessas horas, vou confessar.

Em um dado momento, seja pelos “glitches” do cenário ou por você se perceber caçando pecinhas de quebra-cabeça porque uma voz do além te disse pra fazer isso, você percebe que está numa simulação ou numa espécie de teste. Fica a seu critério investigar isso ou fingir que está tudo normal e fazer tudo que o Elohim mandar. Uma das coisas mais interessantes em The Talos Principle são os textos que você encontra em terminais com computadores retrô ao longo do jogo. Você consegue acessar textos filosóficos (que inclusive explicam o nome do jogo) e também diários, e-mails e gravações de áudio que explicam o que aconteceu com a humanidade. É definitivamente um jogo que você vai descobrindo a história através de pistas espalhadas ao longo das fases, e nada é dito de maneira direta.

Dou destaque aos gráficos muito bem feitos e a trilha sonora que te deixa sem ar em alguns momentos. Também achei interessante que existem muitos “easter eggs”, pequenos detalhes escondidos que não fazem diferença na história, mas que podem provocar um momento “Ahá! Entendi essa referência”. Em termos mais técnicos, eu só fiquei meio preocupado porque aparentemente meu computador não soube lidar muito bem com The Talos Principle; em vários momentos o computador ficou tão quente que eu achei que ele fosse explodir. Uma outra pessoa relatou que teve o mesmo problema, então fiquei em dúvida se meu PC que era ruim ou se era um problema do jogo mesmo. Se você teve problema parecido, não se desespere! Meu computador não explodiu em nenhum momento.

Temos aqui um grande exemplo de jogo de quebra-cabeças que pode ir além e trazer uma experiência única para o jogador, adicionando filosofia, história e um tico de crise existencial em uma ótima história de ficção científica. Apesar de achar certos quebra-cabeças difíceis e cansativos demais, The Talos Principle tem o diferencial de ser um jogo que você pode parar e só ficar observando os detalhes do cenário e curtindo a trilha sonora.