Log Status

Completed

Playing

Backlog

Wishlist

Rating

Time Played

--

Days in Journal

1 day

Last played

October 2, 2023

Platforms Played

DISPLAY


Northern Journey é um conto folclórico contemporâneo nórdico, muito semelhante a contos escandinavos e eslavos, mas desta vez transmitido pela experiência em um jogo vivo que se desdobra em uma sensação de fantasia que só tive em poucos jogos.

Esse jogo me deu a sensação de estar em uma aventura cativante e lúdica que não cansa de surpreender e não tem medo de ser um videogame. Sua escrita é tosca, mas de uma forma cativante e honesta. No começo do jogo, estranhei e fiquei um pouco com o pé atrás com o quão seco esse jogo trata seus desafios. Admito que ainda penso que o jogo não confia muito em seu design de missões (que são um pouco obtusas) e acaba refletindo essa insegurança no tratamento do jogador. Muitas vezes, esse jogo é direto ao ponto: "faça isso para resolver o quebra-cabeça".

Essa forma de dizer o que fazer e falar abertamente "Isso é um quebra-cabeça!" demonstrou, para mim, o quanto esse jogo sabe que as pessoas vão ficar perdidas nele. E realmente, me vi perdido em vários momentos e a confiança do jogo é oscilante por causa desses momentos em que sinto que o jogo não vai me preparar para o que está por vir, e o bloqueio de progresso é iminente. Não ter auto-save é uma coisa que deixou isso ainda pior, e o próprio jogo sugere que devemos ter saves diferentes para evitar bloqueios de progresso, o que não ajudou.

Na verdade, essa insegurança do jogo é tão evidente que ele se sabota constantemente. Além dessa situação dos saves, o jogo trouxe em si um problema que até então eu não tinha enfrentado. O jogo tem muitos insetos, principalmente aranhas, e isso não é um problema para mim! Na verdade, faz todo sentido, e eu gostei dos insetos, que são extremamente bem feitos. Mas perto do final do jogo, ele nos promete que a próxima aranha chefe seria a última aranha com a qual teríamos que lidar. Logo depois de enfrentarmos esse chefe, uma nova área se abre, e um dos inimigos é uma aranha esqueleto (aranhas não têm esqueleto). Eu AMEI isso, achei super engraçado e maravilhoso. Meu maior problema foi algumas horas depois mergulhar em um poço de aranhas comuns, o que matou a piada e fez com que perdesse o carisma e a sensação de autoconsciência da obra.

Outro ponto que me incomodou pessoalmente foi a trilha sonora. Em certo ponto, é excelente, quando se apega ao folclórico. No entanto, o jogo dá uma reviravolta europeia média e incorpora um techno que polui absurdamente o jogo e torna a trilha sonora desagradável em grande parte do jogo, principalmente em seu clímax. Veja, eu seria super a favor disso se, tematicamente, o jogo mesclasse o moderno com o fabuloso medieval. Não é o caso, torna-se uma aventura medieval com techno, o que eu pessoalmente detesto.

Enfim, um jogo LINDO, uma aventura única com personagens e escrita curiosa, mas com alguns conflitos substanciais que me deixaram um pouco desconfiado em relação ao jogo.