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Devolva minha vida novamente, maldito jogo

Queimei minha lingua na review de Zelda, não esperava um jogo melhor esse ano... Mas ainda bem que eu estava enganado.

Que jogo absurdo, cara... a liberdade de escolhas que ele te dá é simplesmente assustadora, você pode amigar e chamar pra party quem quiser dos personagens principais, assim como pode só deixar algum deles de lado e o ignorar, e até futuramente tomar escolhas que podem os matar. Você pode mudar as ideias dos personagens ao longo da história ou os deixar pensando como eles bem quiserem. Cada personagem tem motivações diferentes, tem objetivos diferentes, tem personalidades diferentes... E você escolhe como lidar com isso tudo. E culmina que cada um que jogar isso aqui tem uma relação diferente com cada personagem, seja gostando dele ou o deixando de lado ou o matando.

A exploração é magnífica, dá vontade de explorar cada cantinho, cada área nova que aparece, cada dungeon. E você se perde da quest principal muito fácil também, e mesmo que você passe dezenas, centenas de horas fazendo as side quests, você pode zerar mais vezes que irá encontrar coisas novas que não tinha se deparado antes.

Isso sem falar nas bangers que aqui tem de monte, Down By The River
e Twisted Force não saem da minha cabeça e não enjoa nunca, dentre outras várias também.

Não manjo muito de DnD, mas vi vários entendendores achando bom o sistema e não descendo a porrada, como algumas vezes acontece no nichokkk

Não vou achar ruim Zelda: TOTK ser o GOTY, mas vou torcer pro meu mano Baldur e seu Portão.

Soma

2015

Jogaço. A história é digna de um filme AAA, a ambientação é excelente, a trilha sonora e os sons do ambiente são bons. O final me pegou desprevenido, Fiquei na BAD total. Recomendo!!!!

Um dos Hack and Slash mais lineares e com pouca liberdade que já vi, eu diria até que o jogo vira um Walking Simulator quando ele não é um HnS fraquinho.

Mas é também um dos melhores jogos de ação que já joguei. Se tu só quer lutinhas cinematográficas e guerrinhas com intriguinhas em uma ambientação muito bem-feita do Império Romano, isso aqui vai te entreter tanto quanto um bom filme de ação badalado por aí.
Pelo que vi, o jogo tem algumas imprecisões históricas e descaracterizações de personagens históricos, tipo o Nero e a Boudica, mas acho só deve incomodar se tu for um professor de história ou se importar muito com essas coisas.

Não curto muito Quick Time Event mas até que eles não incomodam tanto.
Os gráficos são bonitos até hoje, de fato surpreende que o game saiu já há mais de 10 anos.

Enfim, com esse jogo aprendi que ninguém falava Latim no Império Romano e todo mundo era fluente em inglês moderno, até os povos Celtas bárbaros. Geral devia fazer Fisk na época.

Meeeh, juro que eu tentei querer ter gosto pra jogar... Mas já é o terceiro dia consecutivo que eu tô me obrigando a jogar e não tá sendo legal simplesmente. Então, no auge duma dor de cabeça, eu droppo do vice city.
É obviamente inferior ao San Andreas em absolutamente tudo, mas desnecessário dizer isso, eu acho.
Por nunca ter jogado mas sempre ter ouvido falar muito bem, eu achei que era um jogo muito melhor do que é. Mas é isso, não bateu...

"Ain Osny, por que você está jogando um jogo da Barbie de mais de 15 anos atrás?", e o motivo é:
Quando bem criança, com uns 8 anos de idade, pedi um game de ps2 de presente. Meu bondoso pai foi lá e voltou segurando esta pedrada nas mãos e me entregou... Eu lembro de ter ficado absolutamente desapontado, eu estava esperando um GTA ou alguma coisa assim, mas fingi empolgação e agradeci pra não fazer pouco caso. Essa memória é tão viva na minha cabeça que eu sinto que poderia desenhar a capa desse jogo de olhos fechados, de tão profundo que foi a decepçãokkkkk
Então resolvi dar uma revisitada hoje pra ver como é esse jogo que fez parte dessa pequena e calorosa lembrança que volta e meia eu relembro e dou uma risada.

Minha conclusão final foi que esse jogo é uma cura para a tua insônia, tente se forçar a jogar isso depois dum gole de chá de camomila, tu capota em segundos. É tão chatinho que a tarefa de descrevê-lo é penosa, então nem vou tentar. Acho mil vezes melhor que qualquer jogo ultra casual mobile, mas ainda sim é bastante casualzão e monótono. Se esse jogo me trouxe algo de bom foi relembrar a ideia de que, às vezes, você precisa experimentar algo ruim pra voltar a dar valor para as coisas boas e entender mais porquê são boas.

Pra não dizer que não gostei de nada, os sons das Corruíras pessoalmente me pegaram muito. É um ponto fraco meu, eu amo som de Corruíra e só este aspecto mereceu 2 estrelas para mim.

"Eu era um Red Dead guy e ela uma Barbie Horse Adventures: Riding Camp girl".

Está longe de ser o jogo que eu mais joguei, mas com certeza é o jogo que eu mais vi outras pessoas jogando, desde vendo meu irmão quando eu era criança até séries no youtube e live streams.

Classicão. Mesmo com o ótimo remake que saiu agora, eu duvido que vão deixar de jogar ele.

Os temas das safe rooms de Resident Evil são uma maravilha. São tão calmas e passam um ar de segurança, como uma música que se colocaria pra uma criança dormir em um berço, mas também dão um sentimento de perigo constante, como um aviso de que a morte está chegando. E a safe room de RE4 e o tema do Mercador se destacam entre os outros Resident Evil, ouço já há anos.

Ico

2012

Quando eu comprava jogos de PlayStation 2 em alguma banquinha suspeita por aí e ficava folheando repetidas vezes aquelas capinhas de plástico mole dentro de uma caixa de acrílico - ao ponto de irritar o dono da banquinha -, frequentemente me deparava com a capa de Ico.
A capa europeia/japonesa é uma obra de arte, uma pintura digna de ser colocada em um quadro e pendurada na parede. Por sua vez, capa americana é COLOSSALmente feia. Não vi um 3D tão esquisito nem em filmes da Vídeo Brinquedo. É muito aquém do que o jogo é, do que o jogo entrega. Qualquer print in-game seria mil vezes melhor. Essa capa é considerada como uma das mais feias da história e condenou o jogo a ter vendas fraquíssimas nos lugares que vendiam com ela. Nunca tive a sorte de ver a capa europeia/japonesa e, assim como muitos outros, julguei o jogo pela capa e nunca passei perto de Ico na vida.
Nem me culpo por me afastar e nunca ter dado chance ao jogo e, ao invés disso, ter preferido os mesmos GTAs San Andreas Modificados, o mesmo Resident Evil 4 e os dois God of War de sempre. Acabou que a versão HD de ps3 tirou aquela aberração, não fazendo os olhos de quem vê pela primeira vez sangrar, e colocou essa capa linda que sempre deveria ter sido a definitiva.

Minha primeira impressão, logo de cara, foi "WOW, o quão cativante o jogo é!". O visual dele, a atmosfera desse ambiente gigantesco tanto dentro quanto fora do castelo, com muito espaço aberto, conseguindo explorar razoavelmente tudo, deixa um ar bastante agradável. E isso vai até o fim, é raro ver um mapa e cenário tão bem-feitos assim.
Com poucas linhas de diálogo, já é possível engajar na trama e começar a se fazer perguntas: "Quem são aqueles cavaleiros cobertos de roupa? Que lugar é este que trouxeram o menino? Por que trazem para cá crianças que nasceram com chifres? Como isso protegeria o vilarejo deles? Qual língua essa menina fala e de onde ela veio? Por que prenderam ela nesse lugar, se ela não tem chifres? Por que as sombras a perseguem e tentam tirá-la dali?" etc. Com menos de 10 minutos, sendo a primeira cutscene, a narrativa te acorrenta, te intriga genuinamente, te motivando a querer descobrir mais. Não é nem um pouco comum um jogo causar isso em tão pouco tempo, com a força e competência que foi.
Depois de umas 5 horas de jogo, no entanto, tudo o que eu acabei de falar sobre a narrativa DESAPARECE literalmente. Você conseguiria entender a história de ICO apenas ao ver as cutscenes iniciais e a parte final. Simplesmente mais nada é apresentado nesse meio-tempo, é apenas gameplay. Alguns podem gostar, eu achei uma pena, porque eu amo a forma como o jogo conta sua história, de forma sutil e lenta, deixando partes cruciais subentendidas e mistério maturando com calma.

Depois de cerca de duas horas de jogo, percebi alguns pontos que me desagradaram. Às vezes o jogo reutiliza mal os cenários e outras ele reutiliza genialmente. Em alguns momentos, eu não gosto como o jogo te força a ficar dando voltas pelo mesmo cenário como uma barata tonta, muitas das vezes não sendo particularmente claro - talvez pois eu não gosto tanto de plataforma. Você basicamente fica tentando até dar certo, puzzles assim não dependem da sua habilidade, do seu raciocínio, do seu esforço. É um jogo de advinha bobinho e sem sentido, chegando até a ser frustrante. Aumenta o tempo do jogo dum jeito estranho, desnecessário. Você zera o jogo em cerca de 6-7 horas na primeira vez e em menos de duas horas e meia na segunda. Não foi você que não prestou atenção no design, é só que você não adivinhou o que era pra fazer. Isso me fez largar o jogo com quinze minutos de jogatina muitas vezes, porque em alguns dias eu só queria me divertir um pouco e aparece um bagulho imenso e pouco intuitivo... Acaba que de cabeça cheia você não vai ter saco pra experienciar o que o jogo tem de melhor. Esse definitivamente não é um jogo pra você zerar em dias seguidos, pois em muitas das vezes ele não é divertido a ponto de tu continuar disposto a jogar. Existem as partes que ele engrena, e existem essas que descrevi. Até recomendo jogar ICO em paralelo com outro jogo mais descompromissado.
Olha, provavelmente você vai passar muita raiva jogando, em várias oportunidades. Respire fundo algumas vezes, feche os olhos e conte até 30, tome um chá ou uma água e repita pra si mesmo "o jogo é de 2001". Algumas coisas são datadas e você tem a chance de perder vários minutos se você não salvou ou não achou um save point. Eu mesmo já pensei em desistir várias vezes e ir jogar outra coisa e já deixei de jogar ICO durante alguns bons dias, chegando até a uma semana, mas algo sempre me fez voltar pro jogo para tentar novamente depois de esfriar a cabeça e estar mais calmo.
Não tenha vergonha de usar guias se ficar preso em alguma parte (spoiler: você ficará). Reitero, os puzzles desse jogo e brincar de Advinhe o Que Estou Pensando com seu priminho de 6 anos é a mesma coisa. Fiquei embasbacado com uma parte específica: há uma ponte que precisa ser baixada para Yorda poder passar. Explorando para resolver este puzzle, você encontra uma salinha cheia de bombas e uma fogueira próxima para acender essas bombas. Bem, assim como 2 + 2 = 4, você logo deduz que precisa acender a bomba perto da ponte para que ela caia com o impacto da explosão, e de fato você consegue fazer isso. Quando a bomba explode, no entanto, NADA acontece. Depois de uns 20 minutos tentando novamente isso e outras coisas, eu vi em um longplay que você precisa usar uma corda num cantinho para pular em cima da ponte e ela cair... Espera aí, quer dizer que a ponte desce com o PESO DUMA CRIANÇA DE 8 ANOS, MAS NÃO COM O IMPACTO DUMA BOMBA?????? Tudo bem, eu reconheço minha burrice ao não ter achado a corda que é fácil de ser vista, mas é sério que, mesmo tendo a chance de resolver o mesmo puzzlezinho de outra forma bastante lógica, simplesmente não dá?

Eu ouvi falar no quão influente ICO foi pra indústra em geral. De fato, você consegue reconhecer em ICO coisas que outros jogos também fazem. Por exemplo, uma característica que tanto ICO quanto Dark Souls tem em comum é o fato de você conseguir ver cenários e fases que você já passou, muito tempo depois de ter as passado. Além do fato de os cenários "se encaixarem" entre si dentro de um escopo muito grande: você passa da metade do jogo e libera um caminho para você voltar lááá no início do jogo. Isso enriquece a exploração ao passo que a incentiva. Explorar o castelo é bem satisfatório.
Ainda bem que a Yorda é fofinha e o modo como sua relação com o Ico é bem interessante, porque eu me senti jogando uma versão pesadelo extremo de Resident Evil 4 na qual o jogo inteiro é unica e exclusivamente você escoltando a Ashley e impedindo os ganados levarem ela embora. Definitivamente proteger a Yorda não é a melhor parte, mas pelo menos a dinâmica de ambos falarem línguas diferentes e mesmo assim um querer ajudar o outro - afinal, você precisa da Yorda pra passar de fase - faz valer a pena e você realmente sente a necessidade de protegê-la e dá um incômodo ver as sombras a levando embora enquanto você fica um tempo deitado no chão, por ter levado porrada.

Talvez eu tenha sido bem anacrônico em alguns momentos, talvez isso possa até ser um elogio ao jogo, ele é uma fonte da qual muitos jogos de hoje beberam. Então, julgar um jogo de 2001 comparando com jogos atuais e ainda sim ter uma visão positiva em geral e recomendar, é algo considerável.

O jogo é tão bom que deveriam escrever um livro com esse universo e com esse tal de Dante aí como protagonista. Até dou uma sugestão pro nome: "A Divina Comédia".

A ambientação é absurdamente boa. Você tá no Inferno, então tem que sentir o peso e a desgraça dolorosa que é aquele lugar. E p... que pariu, conseguiram entregar isso lindamente. Logo no começo você vê os pecadores caindo lá de cima e se passa horas ouvindo gritos angustiados deles sofrendo e pagando seus pecados naquele lugar horrível e cheio de lava ardendo. Arrepia muito a princípio. Mas devo dizer que depois de um tempo dá uma certa cansada, mesmo assim é incrível.

Toda a estética é pesada, o Dante tem uma cruz costurada na carne do peito, acontecem apenas as mais puras desgraças e só tem "gente do bem" nessa narrativa.

O design dos personagens é muito bom também, principalmente na parte dos Pecados Capitais. Por exemplo, a Gula é representado por uns inimigos gigantes inchados e na parte da Luxúria é só nudez pra todo lado e gemidos que não param mais (JOGA ISSO DE FONE E LONGE DE OUTRAS PESSOAS POR FAVORKK).

Ouvi muito dizer que esse jogo é meio difícil, então prossegui com um pouco de cuidado no começo, mas logo vi que era bem tranquilo. Cheguei até a pensar "Nossa, estavam realmente reclamando disso?", mas aí chegaram partes que eram muitos inimigos em sequência e eu fiquei umas boas horas nisso e finalmente entendi o que falavam. O negócio é bem desafiador mesmo na dificuldade média, no hard pra cima deve ser uma coisa que te faz arrancar teus cabelos. Mas eu gosto da forma como o jogo cria uma necessidade de você sempre precisar dar upgrade pra prosseguir nessas partes mais chatas.

No fim, é isso. Existem defeitos como em qualquer coisa, mas deu pra saciar a curiosidade de ver como seria um God of War com um tema próximo do cristianismo. Se alguém souber de algum padre que fez gameplay desse jogo aqui, avisa que eu revejo tudo de novo.

Ah, e o boss final tem uma surpresinha inusitada...

Joguinho de puzzle com um visual fantástico e uma boa mecânica. É uma baita de um jogo pra quem gosta de resolver puzzles, embora alguns foram facilitados demais, de modo que você só de bater com o controle na testa consiga resolver numa boa. Teve alguns que eu nem sei como eu consegui, mas eu passei só de seguir em frente sem pensar muito.

Música ok, acompanha o visual mas não tem nada marcante em específico.

Eu não entendi absolutamente nada da história, se alguém quiser me explicar por favor... Tô aqui. Mas eu aprecio jogos assim que contam uma história sem ter uma única linha de diálogo, só através do cenário e ações dos personagens, além das coisas que acontecem com eles.