O Que Aconteceria Se um Dia Max Payne tivesse um filho com Tony Hawk's Pro Skater só que com Patins?

Rollerdrome foi uma das adições da PS Plus no mês de Fevereiro e acabou me chamando atenção pelo estilo de arte que, já falo de cara, é absurdamente lindo. Quando perguntei pra um amigo se ele conhecia ele disse que era basicamente uma mistura de Tony Hawk, Patins e Max Payne. Não entendi chongas e decidi dar uma chance, principalmente por ser uma Platina tranquilinha de fazer.

No game tu controla Kara Hassan, uma estreante no esporte Rollerdrome. O esporte consiste em entrar de patins em uma arena e simplesmente descer-lhe a bala em tudo que se move enquanto tu faz umas manobras radicais. Teu objetivo, obviamente, é se sagrar a campeã suprema do Rollerdrome. Nada de muito elaborado, até porque nem precisa. Justamente o esperado de um jogo desse tipo.

A movimentação é bem fluida, os movimentos aéreos e as manobras são bonitas e o game é frenético pra caramba. Embora o objetivo seja derrotar todos os oponentes, o game usa a mecânica das manobras pra que, se bem sucedidas, elas carreguem teu armamento, que é composto de quatro armas. E embora a ambientação do jogo seja um amontoado de arenas, ele se passa num cenário futurista.

Mas aí que entram os problemas de Rollerdrome. De início é divertido correr de patins, pular, atirar, ativar o Reflex Mode (que é o Bullet Time do jogo) e fazer as manobras. E pra estender a gameplay, caso tu queira, cada arena tem sub objetivos, aqui chamados de desafios, opcionais, que tu pode fazer. Conclua a arena usando apenas a arma X, faça a manobra Y, realize um combo de XY pontos e por aí vai. Só que não demora muito pra ele ficar extremamente repetitivo. Os comandos pra fazer as manobras não respondem muito bem e volta e meia tu acaba ou fazendo a manobra errada ou não fazendo nenhuma. Nos níveis mais avançados, tem tanto inimigo em tela que tu é simplesmente sufocado por uma porrada de projéteis arremessados contra tua personagem. Além de lotar a tela inteira, é tanta coisa acontecendo que tu muito provavelmente vai acabar te confundindo e morrer sem nem saber de onde veio o golpe que te atingiu. Nos mapas finais o negócio fica extremo, tu precisa de um reflexo muito rápido pra não morrer.

Pensando nesse pico de dificuldade, o game vem com Assists que tu pode ligar. Invencibilidade, munição infinita, yada yada. Isso torna o jogo um passeio no parque comendo uma casquinha cremosa junto com o amor da tua vida em um dia de verão onde o calor não está extremo. Sem falar que, com ou sem os assists, o game não é muito comprido, tu consegue terminar ele em coisa de 2 a 3 horinhas. Como se não bastasse o jogo se tornar repetitivo pra caramba antes da metade, caso tu esteja querendo fazer a Platina, como eu, se prepara porque pra fazer isso tu vai precisar jogar não só a Campanha, mas também a Campanha Out for Blood.

E o que é a Campanha Out for Blood? É simplesmente toda a MESMA campanha, que, de novo, já é repetitiva para um senhor caralho, só que agora todos os inimigos estão disponíveis desde o primeiro mapa e os desafios são mais difíceis. E pra completar ela tu só tem que fazer a mesma campanha DE NOVO e com um número de inimigos que contribui pra poluição visual AINDA MAIOR dentro dos mapas. Sem falar que o tempo todo, apesar do conceito interessante, o tal do Rollerdrome não tem competitividade, não tem outros jogadores, é só tu sobrevivendo uma horda enorme de inimigos. Não parece que o conceito de esporte foi realmente aproveitado.

Rollerdrome carrega um estilo de arte maravilhoso, uma movimentação bem feita e um conceito interessante, mas que se perdem num game que no fim das contas vira só um apertar de gatilho infinito que cansa antes da metade. Não é um jogo péssimo, mas também não vai fazer a menor diferença se tu jogar ou não. Assistir uma gameplay talvez seja mais interessante.

Reviewed on Feb 15, 2024


5 Comments


3 months ago

Cara, o jogo pode até ter seus problemas.... Mas essa arte de capa meu amigo.... Que negócio bonito

2 months ago

@Simply_OverB toda a arte desse jogo se destaca, é a coisa mais bem cuidada nele acredito eu.

E tua jornada dos JRPGs, como tá?

2 months ago

@Rapaz tá indo bem... Embora eu de fato esteja começando a enjoar um pouco... Eu me foquei nos últimos tempos em alguns jogos que tive a oportunidade de jogar antes, ou próximo, do lançamento, Persona 3 Reload por causa do gamepass, GranBlue Fantasy: Relink, Infinity Wealth, que pude jogar antes do lançamento... E tô jogando FF VII Rebirth... Esse tá me deixando MUITO FELIZ, embora ache que ele não supere o Remake de Persona 3 por enquanto... Depois dele eu não sei se dou uma pausa ou se volto pros clássicos...

2 months ago

@Simply_OverB que bom que tá conseguindo jogar só jogão, mano. Uma hora tu volta pros JRPGs, jogar muito game parecido realmente cansa a gente. Tô planejando platinar a trilogia Mass Effect esse ano.

2 months ago

@Gaimm_ A Trilogia Mass Effect é Fantástica cara... E ela envelheceu muito bem, eu testei o primeiro Mass Effect que tá no gamepass... E é impressionante que, mesmo com o combate um pouco mais velhinho, todos os outros aspectos dela estão tinindo... Pula de cabeça nesse mundo vai valer a pena.