Antes de mais nada, quem diz que o combate desse jogo é bom para época que foi lançado ou é muito jovem ou nunca jogou nenhum RPG lançado antes de 2007. Quando The Witcher 1 saiu eu já jogava tons de RPGs e os combates não eram esse desastre. Na verdade, se fazer uma pesquisa em inglês no Google é fácil encontrar criticas de 2007, 2008 e 2009 de pessoas odiando essa gameplay. No entanto, se o seu problema com esse jogo é apenas o estilo de combate, então sugiro dar uma chance ao menos até metade do capitulo 2, pois foi quando eu me acostumei e comecei até a gostar do jogo (o que não durou muito).

O meu problema maior com esse jogo foi o backtracking (ter que ficar indo e vindo o tempo todo, levando respostas e trazendo respostas para npcs sem a oportunidade de ter se quer um cavalo para acelerar o processo). "ah, mas isso é comum em rpgs", sim, mas na maioria deles você se sente recompensado de alguma maneira e em The Witcher 1 não foi o caso para mim. Até metade do capitulo 3 eu realmente estava gostando muito, até que as quests secundarias começaram a ficar maçantes e de repente eu já não estava mais interessado na história do jogo (que sim, é boa, mas tortura psicológica tem limite). Sides-quests é algo opcional, eu sei, mas tem algumas em The Witcher que valem a pena pela história, mas às vezes se prologam demais, além do fato de não ter como você saber qual vai valer a pena e qual vai ser uma simulação de MMO te mandando matar não sei quantos bichos e tal. Ah claro, sem contar as quests que você tinha de fazer em determinado horário, mas não avisavam e dai você ficava que nem um biruta procurando o npc pela rua e nada do cretino.

O mundo de The Witcher 1 é bonito, mas é repleto de npcs com a mesma cara — outra coisa comum em jogos grandes, mas alguns npcs deveriam ter uma identidade própria, mas os devs estavam com muita preguiça pelo visto. O jogo tem diversas referencias aos livros e tem forte ligações com um dos contos do primeiro livro (conto que é adaptado na animação do inicio do jogo), você não precisa ler para entender, mas eu senti que minha experiência foi mais completa por ter lido o livro.

No geral eu acho que se você quer conhecer o jogo deveria dar uma chance, principalmente pelo preço absurdamente barato durante a sale. Pra mim o modo correto de apreciar uma franquia é começando pelo primeiro jogo, pois caso o contrario você geralmente vai se decepcionar com gameplay, gráficos e história se tiver começado de modo decrescente. Claro que quando os games são de gerações diferentes corre o risco de você não gostar de qualquer modo porque as mudanças vão ser drásticas. No caso de The Witcher eu nem acho que seja culpa de geração diferente, o jogo so não é para mim mesmo.

Mas confesso que achei a ambientação, a historia nos três primeiros capítulos e o senso de investigação e aventura muito gostosos. O gráfico não é ruim para sua época também.

Antes de mais nada o jogo é cheio de bugs de desempenho, sendo que a maioria da para resolver através de mods e fixs que a própria comunidade criou. No entanto eu ainda sofro com uns crashs aleatórios muito irritantes, precisando abrir o gerenciador de tarefas para fechar o jogo, porque de outro modo não fecha e se você estiver jogando em tela cheia está encrencado porque o task manager não vai aparecer e você precisará sair do windows e fazer login novamente (mas não vi muita gente com esse mesmo problema que eu, então são poucas as chances de você passar por isso).

Dungeon Siege é um C-RPG? Ou ARPG? Acredito que ele seja um hibrido, porque tem uma gameplay única. O único jogo que achei uma gameplay um pouco similar foi Dragon Age: Origins (em termos de batalha). O jogo te da a possibilidade de ter sete pessoas na sua party, sendo que todos podem upar as classes que quiserem. Você pode pausar o jogo para fazer suas escolhas com calma ou pensar numa tática de ataque melhor. DG é bastante linear, sem mundo aberto. Com poucas side-quests e uma história que é apenas um background, um motivo qualquer para te fazer sair batendo em caveiras e aranhas pelo mundo a fora. Isso pode parecer um fator decepcionante num RPG, mas a gameplay te deixa entretido (mas as vezes cansa também, porque a cada cinco passos aparece uma horda de monstros para você matar. O jogo todo é basicamente isso).

A inteligência artificial não é lá essas coisas e talvez você terá mais dificuldade quando aparecer monstros que tem como ataque rajadas, sejam de fogo ou ácido, porque seus personagens continuam recebendo dano mesmo depois de caídos e isso pode leva-los à morte. E ai TODOS os seus itens vão saltar do seu corpo e tu passará meia hora organizando eles novamente. Os bosses são okay. Nada muito difícil, mas nem fácil (se você não pensar). É um jogo divertido, que apesar dos bugs e da história pouco envolvente, te compensa na gameplay e em seu preço.

Ele tem uma expansão que não está inclusa na versão Steam, mas mesmo assim dá para baixar e jogar pelo Steam. Mas infelizmente eu tive que dropar, por causa daquele bug do congelamento de tela que falei no inicio.

Se você não enfrentar problemas, garanto que vai ter uma jogatina bem bacana, apesar do ritmo frenético de inimigos que você mata, é bem relaxante sair por ai esmagando eles.

Resident Evil - Deadly Silence é o port de Resident Evil: Director's Cut pro Nintendo DS. Ele traz dois modos de se jogar a campanha principal: O modo clássico e o modo Rebirth que adiciona mais inimigos, mais dificuldade e novas formas de fazer os puzzles (com a ajuda da tecnologia do Nintendo DS), além de um minigame de faca, onde sua visão é mudada para primeira pessoa e você precisa matar os monstros para poder continuar explorando (esse minigame não é opcional e vai aparecer diversas vezes durante a gameplay).

Eu achei esse port muito bacana porque o mapa fica na tela de cima o tempo todo e diferente da versão original, dá para você saber sua posição exata — isso ajuda muito, principalmente se você se perde fácil como eu. Sobre a dificuldade ela não é tanta. Há mais zumbis. E substituíram hunters por quimeras em alguns locais (aqueles homens moscas que ficam pendurados no teto), o que me decepcionou mesmo e trouxe dificuldade foi o minigame da faca.

Eu simplesmente ODIEI esse minigame das facas. Há como você evitar levar dano, basta acertar o inimigo na hora exata em que ele for atacar, mas além de ser um pouco difícil, é um modo muito fácil de você levar dano e ser obrigado a usar seus medicamentos que são um tanto escassos. Durante a gameplay a maioria das vezes que precisei usar medicina foi justamente por causa desse minigame. Há até mesmo uma batalha de chefe dentro desse minigame, que obviamente não está presente na versão original — uma terceira luta com a Yawn, a cobra gigante. E te digo que é a boss fight mais difícil do jogo, bem mais difícil que enfrentar o Tirano.

Eu teria me divertido mais se não fosse o minigame das facas, mas como eu disse, adorei jogar com o mapa o tempo todo sendo exibido. Se um dia eu for jogar a campanha do Chris, farei por esse port, mas pela versão clássica.

Eu já tinha finalizado esse jogo há mais de 15 anos atrás (e provavelmente peguei o mesmo final bosta). No entanto na época eu não sabia inglês e ficava de tempos em tempos com o jogo parado até encontrar algum colega na escola que soubesse o que fazer. Atualmente eu terminei ele rápido, agora com uma rom totalmente em português e entendendo a história perfeitamente (não que tenha muito a entender).

Resident Evil é um jogo de survival horror e ficção cientifica. Eu o considerava o menos legal da primeira trilogia e agora mudo completamente a minha opinião: ele traz uma história contida, mas bem contada, um nível de dificuldade que não se limita aos inimigos, mas em gerenciamento de itens e um "terror" espalhado pelo cenários, seja em sua trilha sonora, locais claustrofóbicos ou jumpscares.


Em termos de história Resident Evil se sustenta com o mistério de "o que diabos está acontecendo aqui?", "onde estão os STARS que desapareceram?" e em "como vamos sair daqui?". São perguntas que vão sendo respondidas ao decorrer do jogo, geralmente por meio de arquivos que você encontra pela mansão ou em poucas cutscenes interagindo com os outros STARS sobreviventes. De maneira geral Resident Evil traz uma história digna de Filme B, sem roteiro megalomaníaco ou muito original, sabendo manter mistério e interesse enquanto você explora a mansão e os seus arredores.

Sua dificuldade pode ser considerada alta para quem não está acostumado com jogos antigos. Primeiro porque há um limite de vezes em que você pode salvar o jogo (mas se você joga por emuladores pode ligar o foda-se para isso). E segundo por seu inventario ser minúsculo (principalmente se jogar com o Chris), o que te obriga a tomar decisões sobre quais itens levar consigo e quais deixar nos baús interligados (o que aumenta o backtracking no jogo que já é absurdamente alto). Pode parecer muito chato ficar indo e vindo nas mesmas salas, mas garanto que eu achei uma delicinha fazer isso em Resident Evil. Caso você jogue com Jill o jogo vai ser mais fácil para ti, pois além de ter um inventario maior, ela tem um grampo que abre diversas gavetas com munições e medicamentos, além de vez ou outra o Barry aparecer e te dar munições.

Caso você jogue com o Chris o Barry não irá aparecer em sua gameplay, em vez dele a sua companheira será a Rebeca Chambers (isso mesmo, a protagonista de Resident Evil 0). E tanto na gameplay da Jill quanto na do Chris esses personagens coadjuvantes podem morrer dependendo das suas ações durante o jogo.

O que realmente faz Resident Evil brilhar são seus puzzles, que te faz andar de um lado para o outro, matar bosses, ler arquivos e da mais vida para a gameplay. Eu adorei revisitar esses puzzles que nem são muito fáceis e nem tão difíceis e quando resolvidos te dão aquela sensação de progressão tão boa.

Super recomendo começar por esse jogo quem ainda não jogou a franquia (mas, claro, o remake também é bom), mas lembrem-se!!! ESPEREM O BARRY VOLTAR COM A MALDITA CORDA!