Call of Juarez: Gunslinger; ou, Call of Juarez DA Maconha: In The End Apenas Restos, para os íntimos, é o terceiro jogo na franquia, e pasmem, Juarez mal é mencionada na história, não só isso, mas também, os personagens com os quais estávamos acostumados a jogar e acompanhar nos dois jogos anteriores, aqui aparecem somente como meras curiosidades citadas nos itens colecionáveis, esqueça Ray e Thomas, agora controlamos Silas Graves, caçador de recompensas aposentado e charlatão, que nos conta suas histórias dos tempos dourados por meio de flashbacks, que te deixam com uma pulga atrás da orelha quanto à veracidade de tais contos.
Com uma campanha que apesar de ser bem mais curta, mantém o ótimo padrão de qualidade da franquia no quesito roteiro, o jogo também oferece o modo desafio e modo duelo, nenhum dos dois muito interessantes (até porque conseguiram PIORAR a mecânica de duelo do Bound in Blood, francamente viu); a história se abstém de cutscenes, e adota um visual de HQ bastante estilizado, apesar de inusitado, até com direito a um leve cell-shading nos gráficos, que funciona e se mescla bem às texturas realistas, mas umas custscenes mais cinematográficas fazem falta.
As mecânicas seguem simples, mas eficazes, o já estabelecido design por subtração da franquia; apenas 3 armas, e a dinamite, cura instantânea, e sistema de cover, agora trazendo também um "dead eye" e "bullet dodge", que se integram bem na gameplay (apesar de eu os ter achado meio inúteis), além de um sistema de habilidades, que é uma mão na roda nos reloads. Curti terem criado pequenas gimmicks pros bosses, que não só os tornam mais marcantes, mas também mantém a gameplay renovada.
O jogo segue sendo o Red Dead Júnior, se você gostou das entradas anteriores da franquia, não vejo o porquê de não gostar dessa, tão boa quanto o Bound in Blood.

Reviewed on Feb 17, 2024


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