Meu empenho era em fazer seek and destroy com os jogos que eu comprei e deixei parados. Não me obrigo a terminar nada, porque tento não ser neurótico, mas vou dando chance a jogo atrás de jogo, uma chance séria, uma chance com atenção e boa vontade, e vou também abandonando conforme o caso. Agora recentemente larguei a trilogia do Ace Attorney porque o humor não me pegou, larguei Grim Fandango e não sei dizer o motivo, parei com Bug Fables no finalzinho porque, entre outras coisas, meus joy-cons estão um lixo e eu não tô podendo jogar nada que demande extrema precisão e/ou combinações complexas de botões. Não preciso citar todos.

Nesse pique eu vinha bem até Dr. Mario pingar no pacote online do Switch e me deixar travado. Não sei dizer quantas horas eu torrei nisso aqui, mas me arrependo só um pouco. É como se ao mesmo tempo a gente tivesse claustrofobia e um impulso enorme para se prender num lugar fechado. É enervante pra cacete e satisfatório, também, ainda que em medida menor. Ele me fez lembrar que eu tenho um cerebrinho que, se fosse uma máquina, seria um tear do tempo em que a Inglaterra mandava no mundo. Ao mesmo tempo, no fluxo de separar as pilulaszinhas de acordo com os vírus que elas combatem, há um padrão que vai se insinuando pra esse cerebrinho cansado e que quase chega a formar alguma coisa semelhante a um entendimento, mas aí, claro, antes que o lé encontre o cré, as pílulas caem muito rápido e o cerebrinho não avança. É triste e perfeito.

Reviewed on Mar 18, 2024


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