Isso daqui é uma imensa evolução do primeiro jogo, chega a ser cômico, como todas as decisões mais equivocadas que foram cometidas anteriormente, aqui, quase que por completo, foram resolvidas.

De cara, a paleta de cor já mostra uma melhoria significativa. No seu antecessor, fundo e plataforma, se misturavam e às vezes era difícil saber o que era o que, aqui, é tudo nítido, deixando a navegação muito mais fluida. E falando nisso, aqui existe uma inspiração em metroidvannia, claro que, em um nível mais prototipado.

Existe um mapa, que na medida dessa visão micro que MOMODORA II implanta, é não linear, ou seja, eventualmente você terá que voltar para alguns cantos, seja para coletar upgrades (na maioria, de vida), ou pra rezar nas estátuas. Essas pequenas, regiões de exploração, são, de fato, minusculas e facilmente cruzáveis entre seus extremos, o que torna esse retorna dinâmico, mesmo que seja sem graça na mesma medida.

Não sei dizer, até que ponto essa questão da dinâmica, é realmente positiva, quando o level design é bem pobre. Negar que existe uma melhoria na elaboração dos níveis e principalmente, na disposição dos inimigos, sendo bem mais justo, é um abusrdo; contudo, a navegação é tediosa. São leveis melhores que o de MOMODORA I, mas não quer dizer que são bons ainda.

Podemos ver a problemática dele, quando existe a necessidade de sinalizar o caminho com placas, por mais imuteis que elas sejam, fica exposto uma fragilidade. Não é realmente um mundo intuitivo, e até achar alguns segredos espalhados, não são tão recompensadores quando poderia. Se tornando a parte mais fraca dessa aventura.

A pouca variedade de inimigos e armas, também pode ser algo a ser comentando, fazendo tudo ser resumindo em um único confronto constante, utilizado a mesma arma. O que não é essencialmente ruim, contudo, deixa o combate vazio, o que não escala muito, já que o game é curtíssimo, não devo ter levado nem 1h30 pra concluí-lo.

Apesar disso, não existirem inimigos que são esponjas de dano, enquanto você é tão frágil quanto uma folha seca, já deixa tudo mais divertido. Além de, claro, não ter aqueles bugs insuportáveis, que faziam o progresso ser perdido, aqui é liso e muito mais bem construído, ao nível de código. Talvez nesse ponto, apenas o pulo ainda me soe amador, e falta um polimento.

O gosto nessa jornada curta, é de um protótipo. Entrega coisas boas, que são impedidas de se tornarem problemas, graças a sua curta duração. O que me deixa feliz, é sempre bom ver uma melhora no trabalho das pessoas.

Reviewed on Sep 24, 2023


Comments