[Alerta De Texto Enorme]
The Last Case of Benedict Fox poderia, mas apenas poderia ter sido o melhor metroidvania já feito na história. Essa afirmação parece bastante abrubta de fato, porém eu vou deixar pra explicar ela quando falar de seus pontos positivos.

E nessa Review também farei um pouco diferente, normalmente eu falo dos pontos positivos, depois os negativos e chego a conclusão, mas nessa aqui eu irei fazer algumas ressalvas antes, que acho bastante necessário para compartilhar o por que de ter gostado do game, depois falarei os pontos negativos, e no final os positivos e a conclusão, então vamos lá:

[OBS: Perdão pelos erros de português, não tive tempo de corrigir]

Ressalvas e algumas dicas, para ter uma melhor experiência:
Olha, esse jogo tem alguns pontos que podem estragar completamente a experiência de um jogador com ele, e eu não estou pegando leve ao dizer tais palavras, porém não irei incluir isso em minha análise final, e sim irei dar algumas dicas para evitar que isso ocorra com outras pessoas, exatamente por que eu tive uma ótima experiência com o game, e assim como o que aconteceu com Pathologic 2, eu queria que as pessoas também tivessem uma boa memoria de Benedic Fox. Vamos a elas.

Primeiro, a versão de Xbox One desse jogo, infelizmente está com muitos problemas técnicos, e eu verdadeiramente não aconselho que, caso você tenha o console, jogo por ele. A melhor opção que encontrei foi jogar o jogo vai nuvem, já que a nuvem roda o jogo no Series X, mesmo com algumas ressalvas, por lá você encontrar uma versão muito melhor do jogo, caso tenha o Xbox Game Pass Ultimate, definitivamente jogar pela nuvem, como eu disse, é melhor do que instalar o jogo nativamente no One. Foi o que um dos meus amigos vez. Porém caso não tenha o ultimate ou como jogar pela nuvem, o melhor de fato é esperar as atualizações de correção, infelizmente. O porém aqui é que os Devs já tem conhecimento sobre esses problemas, e já estão trabalhando pra corrigir os problemas, segundo eles.

Segundo, o jogo não tem legenda em português, e isso me deixou triste de verdade, por que no Brasil, poucas pessoas falam inglês fluentemente, o que praticamente impossibilita a compreensão da história do jogo e de seus puzzles. Eu queria de verdade ter os mecânismos pra fazer um vídeo como o do Felipe Ramos sobre Pathologic, pra que as pessoas que não entendem a língua ao menos tivessem a chance de experimentar um pouco de The Last Case.

Ao menos aparentemente, a distribuidora polonesa, sim tanto a desenvolvedora, Plot Twist, quando a distribuidora, Rogue, são polonesas, por isso o jogo tem legenda em polonês, viu a quantidade de pedidos por legenda em Pt Br, feitos no twitter e em outros sites, e quer trazer a tradução pro game. Quando vai sair, de fato não sei.

Terceiro, é essencial, essencial de verdade, lembrar que só é possível salvar o jogo, abrindo mapa e indo no menu de configuração, e apertando no salvar e sair. Sim eu sei que isso é algo que não deveria acontecer, que deveria ter mais opções de salvamento. Porém isso não me incomodou tanto, pois o carregamento do jogo é rapidinho, coisa de uns 2 a 4 segundos só, então acaba sendo rápido salvar voltar pro meno, e dar loading no jogo.

E assim, e essencial mesmo lembrar disso, por que não saber que o jogo não tem salvamento automático completo pode destruir em segundos o jogo pra você. Eu vi pessoas que perderam mais de 10 horas de jogo, por que não tinham esse conhecimento, fecharam o game e quando voltaram perderam quase tudo. Só por título de comparação eu platinei o jogo em 15 horas, então perder 10 é muito tempo de game, um ponto avançado no mesmo. Então por favor lembrem de salvar.

Quarto, esse aqui é o menos essêncial, caso você esteja tendo muita dificuldade em algum puzzle, nas configurações do jogo você pode ativar a opção "não sou muito fã de resolver puzzles" que em suma, resolve o puzzle que vocês interagir automáticamente. Eu não aconselho você fazer isso na maior parte do jogo, porém tem um puzzle em específico, o pior do jogo, que não funciona direito, que é o puzzle do piano. Inclusive eu só descobri essa opção por que um dos Devs estava conversando com os jogadores na Steam e falou que iam melhorar esse enigma, mas que caso a galera quisesse, essa opção estava a disposição.

Dito tudo isso, eu quero afirmar, que tudo isso que falei acima, não vai interferir diretamente na nota que darei ao game, e nem em minha análise, pois isso não interferiu na minha explicação em si, mas tenho noção que isso afetou muita gente, e como gostei do game, não queria que isso atrapalhasse outras pessoas. Agora vamos a análise:

Pontos negativos:
O maior ponto negativo de The Last Case Of Benedict Fox definitivamente é o seu combate, que tudo bem melhora na segunda metade do jogo, ao pegar a maioria dos upgrades, mas em grande parte da campanha, seu combate raramente anima de verdade, ele é travado, lento, e as vezes até injustos.

Enquanto explorar em The Last Case é gostoso atrativo e divertido, eu falarei mais disso nos pontos positivos, lutar nesse jogo está longe de ter a mesma qualidade e diversão de andar por aí. No começo do jogo principalmente, eu até desanimava quando via um inimigo. Como disse acima, sim o combate melhora, mas não é o ponto mais alto da aventura.

Outro ponto negativo é o design sonoro, também do combate espeficamente, os sons das armas, dos inimigos levando golpes, não são tão bons quanto o resto da experiência áudio visual que Benedict Fox entrega. Até o som do ferreiro parece estranho na verdade, mas a sorte é que os barulhos não são tão altos, nessas partes, o que atrapalha menos depois de acostumar.

Pontos Positivos:
Ok, senhoras e senhores, é aqui onde eu falo o motivo de ter gostado tanto de The Last Case Of Benedict Fox. Nas minhas últimas análises sobre jogos metroidvanias eu tenho citado que nos últimos tempos temos tido uma enchurrada de jogos do gênero, e que se destacar nesse mar é muito difícil. Até em casos de jogos com direções de arte e de sons lindíssimas como 9 Years Of Shadow, acabavam se perdendo nisso tudo.

E isso, na minha opinião acontece em alguns casos por conta de uma "simplificação" de algo essencial para um bom metroidvania, ao menos no meu ver, que é a exploração e um mundo cativante, que de vontade de explorar e desbravar, que te faça lembrar onde e voltar ou o que pegar, não por meio de marcações no mapa, não, mas por pelo fato de que aquele local, área ou mapa te marcou tanto em primeiro momento, que você vai lembrar dela quando pegar o item que te faça capaz de atravessá-la.

E é aqui onde está o maior e melhor acerto de The Last Case Of Benedict Fox, seu mundo emblemático e disruptivo, estranho porém contagiante, sua exploração que é incentivada o tempo inteiro ao longo da campanha, sua história que é inigmatica e que principalmente te dá vontade de resolve-lá o tempo inteiro, seus puzzles que em sua enorme maioria, são fantásticos. E até mesmo em suas missões secundárias.

Sim, o jogo têm missões secundárias, paralelas a principal, que sinceramente, eu não aconselho pular elas, ou deixar de fazer-lás nem a pau. Elas são interessantíssimas e complementam o caso principal de forma certeira, de a maior obra de seu pai, até um simples busto de uma mulher, tudo complementa a história do game. Existe até uma missão secundária em específico que trabalha um pouco o protagonista, e suas relações pessoas, se posso dizer.

Agora permita-me brevemente falar sobre a história do jogo, e seus puzzles, sem spoilers. Eu adorei a história que o jogo apresenta, e principalmente adorei o seu final, principalmente por que é condizente com tudo o que foi apresentado, Benedict Fox não conta uma história de amor, ou de guerra, ou até mesmo feliz. O jogo aborda temas complicados, mas de forma trabalhada e interessante. É a história de um assassinato, ao menos, uma história de uma tragédia. Que sinceramente eu adorei resolver.

Inclusive no começo do jogo tem um disclemer que avisa que o jogo trabalha alguns temas delicados, então também digo que caso você tenha alguma complicasão, seja emocional ou física, relacionado ao que é apresentado, toma cuidado, vá divagar, não se force muito.

Em relação aos puzzles, sinceramente eles são a cereja do bolo do jogo, eles fizeram certo ao anunciar que o jogo teria certo foco neles, e de fato tem, alguns são simples, outros mais complexos, mas a enorme maioria deles, te estigam a buscar resolve-lôs, e outros estigam a explorar o mundo em torno deles antes de tentar. Até por que, a resposta de um enigma pode estar na sala ao lado.

É tudo isso que eu disse é envolvido por uma direção de arte maravilhosa e muitas vezes estonteante, os cenários desse jogo são maravilhosos, de verdade, e em muitos momentos eu me peguei parado, apenas olhando o cenário de fundo, e as coisas se movendo, ou até paradas, no parte de trás do mapa.

Outro ponto positivo que não posso deixar de disser, é o outro lado da gameplay, além do combate, se de fato as lutas não são tão boas, andar nesse jogo é muito bom. Isso sensação que tive, muito provavelmente acontece por que as animações do Benedict, tirando as de luta, são muito boas, correr pular, andar, subir escadas, usar o companion pra se agarrar em algo, tudo isso funciona bem, e dá uma ótima sensação ao explorar o jogo.

Eu não sei por que mas ver o Benedict ou qualquer outro personagem, mudar a animação, e descelerar só um pouquinho ao subir ou descer uma escada, sempre me deixa feliz, talvez por que mostra um pouco da atenção dos desenvolvedores ao animar os personagens. E em geral isso é um ponto positivo para o jogo. Já que se fosse chato explorar, pouco adiantaria um mundo convidativo a exploração. Exemplo que me vem a cabeça a agora é Blasphemous, eu não curto muito explorar naquele jogo, mesmo tendo um mundo interessante.

Conclusão:
The Last Case Of Benedict Fox definitivamente me deixou feliz, pois supriu as minhas expectativas, de fato acredito que ele poderia ser o melhor metroidvania já feito, porém infelizmente não chegou lá, o que não significa que seja um jogo ruim, pelo contrário, Benedict Fox apresenta uma exploração melhor do que a de Ori and The Will Of The Wisps, um mundo tão enigmático e interessante quanto o de Hollow Knight, e uma campanha tão cativante quanto o de Castlevania Aria Of Sorrow. Porém, infelizmente peca em seu combate, o que torna ele, pra muita gente menos atrativo do que os jogos ditos acima. Ele de fato não é o melhor metroidvania da história, mas sinceramente foi um ótimo trabalho da desenvolvedora polonesa Plot Twist, principalmente para o seu primeiro jogo. Por alguns dias eles me fizeram esquecer de Jedi Survivor, que acho que só vou jogar quando estiver menos bugado. Se a desenvolvedora de fato pegar todas as críticas construtivas e melhorar os pontos positivos, corrigindo os negativos para seu próximo projeto, eles têm um enorme potencial para entregar algo maravilhoso, algo mais do que esse jogo. Até porque "We Have a Long Jorney Benedict." Nota final 9/10 ou 4.5/5

Reviewed on May 01, 2023


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