Se o primeiro F.E.A.R já não dava tanto medo assim, aqui abraçaram quase que totalmente a temática de um Call of Duty com só aquela pegada e temática leve de "terror" nesse F.E.A.R 2: Project Origin, que não é nem um pouco um jogo ruim, e não sabia que ele tinha um certo hate quase igual ao terceiro jogo da trilogia quanto ele tem, que é compreensível gostarem mais do primeiro, mas na minha visão, esse jogo é tão bom em história e até melhor quando se trata de fazer ela parecer mais épica e ter fases com mais intensidade e valor quanto as do primeiro jogo, só perdendo para algumas questões relacionadas as mecânicas da Inteligência Artificial dos inimigos, que virou algo bem "COD" mesmo sem tanta identidade quanto antes, e discutivelmente um pouco da sua ambientação, que não sei se renuncio em dizer isso, porque realmente achei o jogo tão de "terror" quanto o anterior e acho que estou só quando digo que gostei mais dele do que do primeiro game (apesar de achar os dois bons em suas devidas proporções).

   O começo desse game é basicamente no mesmo momento do final do primeiro jogo, onde Alma é liberta pelo "Harlan Wade", e logo após rola aquela explosão massiva na "Origin Facility", onde vemos na perspectiva do novo protagonista da vez que agora é o Sargento "Michael Becket". Aqui, em questão da estrutura da história, eles fazem basicamente o mesmo que fizeram em relação ao primeiro jogo, apresentam um novo vilão para compartilhar a ameaça com a Alma e ficar no lugar do ameaçador "Paxton Fettel" do primeiro game, que agora em vez de ser alguém que está lado-a-lado com a Alma, é só um general qualquer (Richard Vanek) que pelo que eu entendi está tentando acobertar todo o caso em relação à Alma e seu projeto fracassado de controle nela, eliminando a tudo e a todos com seus agentes clones que já tinham sido estabelecidos e agora estão na mão desse general desse segundo jogo, que sinceramente não chega nem perto da ameaça que o "Paxton" tinha e fica sobrando quando se trata da ameaça principal e marca de toda essa trilogia que é a "Alma Wade", onde desenvolvem ela ainda mais aqui e é obviamente a melhor coisa desse game, tendo um dos finais mais bizarros e confusos que eu já vi (que é meio estranho se você pensar demais mas dá para passar), e muitos momentos épicos e legais em toda a campanha que me fazem valorizar e reconhecer o trabalho que fizeram nesse jogo.

   Os gráficos continuam bons até para os dias de hoje, e o jogo novamente é dividido em Intervals (Intervalos), em que nesse aqui, são apenas 7 (em vez de 11 igual no anterior) ao todo. Foi nesse game que apresentaram o tema mais sinistro e macabro dessa trilogia, o da "Alma's Music Box", que meu amigo que trilha marcante e arrepiante, igualmente poderosa há de muitos temas de filmes do gênero de terror que ficam na cabeça por horas e horas, que acho que até usei ela para um dos meus vídeos de terror que eu fazia na época no meu canal, que sinceramente é tão boa que para mim podia ter sido mais usada em toda a história do game. Mas enfim, o único ponto que realmente foi o que "pesou na balança" de muita gente, é o fato de terem caído de cabeça na estrutura de um Call of Duty e perdido ainda mais toda aquela carga de "terror" que "ainda tinha" (mesmo que pouco) no anterior, mas sinceramente, eu acho aceitável a proposta que abordaram nesse aqui pelo fato do primeiro jogo já não parecer e sentir que se considerava um jogo de terror completo e sim com uma pegada disso com ficção científica, tanto que o nível que tive de susto desse para o primeiro jogo foi basicamente o mesmo, de apenas um "jumpscare" que no caso daqui, foi no comecinho do jogo dentro do "APC", e foi isso.

Por fim, como dito acima, acho que o povo pega um pouco pesado com esse game, na minha visão, ele é tão bom e até mais épico com seus eventos do que seu antecessor, sendo para mim, o meu favorito de toda a trilogia. Ok, eu até posso entender que ele "se perde" no conceito de terror, mas ainda sim toda a abordagem dele não fica para trás e consegue se sustentar dentro do que ele se inspirou que foi a de um bom Call of Duty, só que numa pegada leve de terror, fora que, ele desenvolve bem toda a trama da garotinha "Alma" e de como ela é sinistra! Além de que, F.E.A.R, desde o primeiro nunca teve muito do conceito de algo de fato puro de terror como um Silent Hill ou algo do tipo, então essa abordagem foi tão aceitável, nos meus olhos, quanto a que exploraram anteriormente, e a ideia de fases épicas e a progressão divertida de uma para outra me prenderam bem do início ao fim nesse game, até mais que do próprio F.E.A.R 1.

Reviewed on Dec 01, 2023


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