5 reviews liked by Zanchettin_P


This review contains spoilers

Agora que eu deixei o meu hype esfriar um pouco, decidi escrever aqui pra ninguém ler o meu mini desabafo a respeito desse jogo.

Primeiramente, qualquer pessoa normal da cabeça entende que experiências de videogame são únicas pra cada um e o que foi impactado negativamente pra mim pode não impactar outros, principalmente quando se trata de bugs.

Eu já quero tirar isso da frente: esse foi o jogo mais bugado que eu joguei no PlayStation 5 esse ano, não necessariamente isso torna ele péssimo, só umas pedras no meio da jogatina.

Tive o icônico bug do quadrado branco que foi muito engraçado, isso é inegável.

Assim como tive bugs de atravessar prédios, físicas de inimigos quebradas e caindo em alguns infinitos.

Mas disparado pra mim o pior foi o que me obrigou a reinstalar o jogo durante o segmento final, em um ninho de Simbiontes que sempre que o timer zerava o jogo crashava (testei quatro vezes seguidas, duas aconteceram e eu decidi ir dormir pra no dia seguinte o problema continuar, então reinstalei o jogo e problema resolvido). Isso estraga minha experiência? Não muito, mas dá uma certa frustração já que perdi tempo reinstalando e um pouco do ritmo da gameplay.

Agora em questão gráfica, loadings, trilha sonora eu tenho ZERO reclamações, Web Swing muito divertido, combate satisfatório, e história que começa muito bem mas se perde muuuuito no arco final.

Kraven é um vilão fenomenal, ameaçador e mostra que veio pra ser marcante, matando vilões como se fossem nada (inclusive me chateou que o único que não foi morto Off-Screen foi o Escorpião, todos os outros você só "fica sabendo" se explorar direito nas gameplays com a MJ (que deus me livre, pra quê?).

Tópico sensível, eu sei, mas desculpa. Não me desceu. Eu não gostava das gameplays com ela no primeiro jogo e não é porque aqui deram a desculpa que ela teve MESES de treinamento com a Silver Sable que vai me convencer que faz sentido, na verdade, ficou muito mais forçado, a ruiva é capaz de se esconder entre caçadores profissionais que são a elite da elite contratados pelo Kraven e derrubar um a um como se fossem amadores e pra piorar ainda deram um jeito de enfiar gameplay com ela na reta final do jogo completamente sem sentido, uma cidade inteira dominada por simbiontes, mas a Ruiva conseguiu entrar e sair intacta de onde aparentemente estava a MAIOR concentração deles já que era exatamente onde estava o Meteorito só porque ela tinha uma arma laser com uma JBL embutida (é molekkkk), e sinceramente, eu adoro galhofas, exageros e exigir realismo de um jogo de super-herói é muita tonhisse, mas eu estou num jogo do Cabeça de Teia, eu quero jogar com ele, não com ela. E sim, não vou negar, o visual dela tá um pouco estranho, bem diferente, vi muitas pessoas dizendo que foi self-insert de uma Dev da empresa, realmente parece e se é verdade, que merda, se não, tanto faz, continua no vale da estranheza as expressões faciais da personagem, ela parece muito deslocada dos outros personagens (pra mim).

A história é o que eu disse lá em cima, começa muito bem, mas sinto que o arco final começou a ficar rushado porque não souberam lidar com as proporções que o plano do Venom/Harry tomou, e eu preciso apontar a tosqueira que foi o desfecho do Norman Osborn que me deixou uns cinco minutos panguando me perguntando "será que eu dormi em alguma cutscene?"

Norman Osborn vira para o Homem-Aranha:
- Por favor, Homem-Aranha, salve o meu filho!!!! :(

Homem-Aranha responde:
- Tudo bem senhor, eu prometo que vou salvar seu filho! :)

Homens-Aranha salvam o Harry e ele só sobrevive graças a eles

Norman Osborn chega no local de Helicóptero (aparentemente é um fetiche dele durante o jogo) vê o filho dele VIVO sem simbionte, são e salvo

His Honest Reaction:
-HOMEM-ARANHA SEU DESGRAÇADO O QUE VOCÊ FEZ COM MEU FILHO??????? >:(

???????????????????? O que eu perdi? Aonde eu dormi? O que deu nesse cara? Certeza que tiveram que fazer isso pra ele ter uma motivação pra se tornar o Duende Verde pra uma possível sequência e isso já era esperado mas DESSA FORMA? Oi? Não deu pra entender, me pegou completamente de surpresa e sinto que não fui o único.

"E o traje do Miles?" Irmão. No momento exato que me liberou jogar depois de ele vestir aquilo eu imediatamente troquei de volta pro padrão do jogo, eu só vou continuar fingindo que ele não existe e se a Insomniac tentar enfiar esse traje goela abaixo dos fãs não vai rolar, que loucura.

Ademais, eu me diverti DEMAIS, o meu Homem-Aranha favorito continua sendo o Friend or Foe pois tenho um apego nostálgico muito forte, mas esse aqui com certeza mesmo com seus defeitos é uma experiência muito satisfatória, com uma boa quantidade de trajes (mesmo eu achando que TODOS os trajes que haviam no primeiro jogo e no Miles Morales deveriam estar aqui, ainda mais que imagino que seja muito fácil colocá-los, mas o futuro tá aí e tudo é possível, vamos torcer).

O jogo deixou muita margem, muita história em aberto pra DLC's e uma sequência, vamos ver se vai acontecer.

E VEM LOGO, WOLVERINE!

R$ 329,00 - Cross-Gen Bundle
R$ 52,00 - 1.000 COD Points pra comprar o Passe Básico
R$ 150 - Valor do passe "premium" que te oferece estilos exclusivos das skins do passe.

Activision é uma piada de mal gosto quando se trata de monetizar um jogo, devia ser crime um jogo PAGO ter um Sistema de Serviço quase Pay2Win já que quem compra o passe premium tem um acesso extremamente adiantado para as armas novas de cada temporada (que sempre vêm desbalanceadas).

Dropei esse jogo no Playstation 4 por conta da Performance um tanto quanto abaixo do desejado e os problemas constantes de rede, cogitei rebaixar agora no Playstation 5 por conta da Skin da Valeria no Battle Pass, mas só de ver que teria que pagar +150 reais pra ter acesso aos dois estilos exclusivos (que são muito mais bonitos) eu repensei e deixei pra lá...

Lembrando que, cada Temporada dura apenas 2 meses, o consumidor que compra essa edição de Passe de Batalha a R$ 150 tá alimentando uma intenção muito pilantra dessa empresa.

Esqueci de ressaltar que, claro, se você quer comprar o jogo apenas pela campanha, tudo bem, espera uma super oferta e vai firme, a história é boa, por mais que eu tenha zerado o jogo inteiro no Veterano e meu save bugou em uma das missões me bloqueando de diversos troféus (outro fator frustrante) mas acaba por aí mesmo.

Co-Op abandonado, DMZ tinha tudo pra ser divertido mas morreu no meio do caminho, Skill Based Matchmaking pronto pra comer sua bunda 1 minuto depois de você conseguir uma partida boa e por aí vai.

Quanto mais você grinda nesse jogo atrás da Orion mais você enxerga as falhas em toda e qualquer chance de balanceamento do jogo.

DISCLAIMER 01/09/2023
Hoje, por livre e espontânea pressão, eu decidi que vou revisitar o jogo pra me preparar pro MWIII que vai lançar em breve, que deus tenha misericórdia da minha alma e da minha carteira.

Esse foi o segundo jogo lançado este ano que tive coragem de desembolsar o preço cheio que estamos tendo que gastar atualmente por algumas horas de diversão e sinceramente? Não me arrependi nem um pouco.

Final Fantasy XVI abraça o inevitável em um mundo que RPG's de turno não chamam mais tanta atenção: é um Action RPG recheado de combos e combate em tempo real.

Pra mim? Foi uma ótima escolha, mas isso é uma questão pessoal já que são poucos jogos de Turno que já me prenderam. (FF's clássicos e Darkest Dungeon)
Obviamente isso gerou muito burburinho que as vezes você se questiona se realmente estão reclamando da mudança ou se é só um flame war disfarçado por conta do jogo ser exclusivo.

Eu nunca vi um Final Fantasy receber tanto hate como esse, as escolhas questionáveis no XIII a respeito de tempo limitado, o fato do XIV ser um MMO com mensalidade, XV com uma história que de repente se torna completamente corrida e te passa uma total sensação de inacabada... Nada disso causou tanto incômodo como supostamente esse jogou causou por "Não ser considerado Final Fantasy" (que pra mim é um debate completamente chulo e só funciona na cabeça de quem é viúva do Fraquíssimo Final Fantasy VII Remake).

Tirando esse choro de lado, a respeito da mudança da franquia e o fator exclusividade que atraiu a revolta das pessoas que ainda insistem em brigar na internet por empresas de jogos em vez de jogarem, vamos lá:

Final Fantasy XVI é um exemplo do que a nova geração pode proporcionar, os gráficos são lindos, claro, não beira o mesmo poder gráfico do último Horizon (que pra mim, até agora foi o jogo mais bonito que joguei no PS5) mas para o tamanho desse jogo (fazendo todas as quests, trials, história, e repetindo umas lutas por pura diversão eu beirei 70 horas de jogo) é completamente admirável.

Para a trilha sonora eu SEMPRE tiro o chapéu quando se trata de Final Fantasy, mas aqui? Meu deus. A última vez que eu cheguei a me arrepiar quando orquestras épicas começavam a tocar foi com Elden Ring e aqui eu tive um sentimento muito semelhante e isso foi incrível (dou uma pequena ressalva que um incômodo meu é a musiquinha que SEMPRE toca quando você sobe na sua montaria, essa me irritou um pouquinho, rs).

Conteúdo? Eu cheguei a ver muitas reclamações sobre a qualidade questionável das quase 100 side quests que o jogo oferece, mas sinceramente? Eu já estava acostumado.
Final Fantasy VII Remake, XV, até o XII possuem umas side quests idiotas e isso é completamente comum e já se espera que aconteça, você não é obrigado a completar todas, e dá pra encontrar uma ou outra que pode te agradar bastante.
Diálogo? Óbvio que tem MUITO, estamos falando de um Final Fantasy, é de se esperar, ainda mais com a química muito boa que o protagonista (Clive) tem com todo mundo, é impressionante como esse brucutu que eu achava que seria consolidado como o novo Edgy Lord da franquia (Ninguém aguenta mais você, Cloud) é simplesmente disparado o pangaré mais carismático do jogo. Você sente a dor que ele sente, se emociona com ele, fica feliz com ele, a narrativa desse jogo foi tão bem contada que você consegue se imergir e sentir que essa não é só a jornada do Clive, é a SUA jornada, você está ali com ele, escrevendo essa história, vivendo esses momentos, eu perdi as contas de quantas vezes eu terminava uma boss fight nisso aqui, escutava a trilha clássica (remixada de maneira orquestral) e sentia um "C*RALHO!" e precisava de uns 5 minutos pra bater palmas / recuperar o fôlego.

A respeito de problemas de superaquecimento eu só consigo acreditar que estamos lidando com gente porca que não sabe que console cria poeira, já que eu joguei o jogo INTEIRO sem nenhum crash, nenhum bug e NADA do meu videogame superaquecer e fechar o jogo, a experiência foi limpa, no meu ritmo, sem interrupções do começo ao fim.

Performance? Aqui entra sim um pequeno defeito do jogo já que realmente o modo Performance engasga mas não é horrível como todo mundo diz não, o jogo tem uma maneira muito eficiente de manter as coisas fluídas e a não ser que você esteja constantemente caçando defeitos você não vai se sentir atrapalhado.

Os frames durante a exploração do mapa aparentemente em algumas áreas enormes ficam oscilando entre 30-50 FPS e o Motion Blur (EU LUTO PELO FIM DO MOTION BLUR) te causava uns incômodos, mas o jogo tem uma maneira muito inteligente de contornar isso ao você entrar em combate em qualquer área, já que o jogo CRAVA os 60 FPS SÓLIDOS durante as lutas (provavelmente desrenderizando algumas coisas do cenário que você com certeza não vai enxergar enquanto você espanca cachorro, gente, zumbi, robô, gigante, goblin, dragão, papagaio e seja lá o que for) e isso é MUITO TRANQUILO.

"Ah mas o jogo é muito fácil, até sem os anéis de acessibilidade." Gente? Que Final Fantasy's vocês jogaram? Eu NUNCA tive dificuldade em NENHUM jogo da franquia, é o padrão dos caras, TODO jogo você tem maneiras de contornar, melhorar e estar a frente dos seus inimigos porque a franquia sempre foi assim, e confesso que ficar morrendo 20 vezes pro mesmo chefe não combina com essa franquia, quebra um pouco o ritmo e a imersão, e olha que sou um ávido apreciador do gênero Souls, isso aqui não é pra ser um Souls, não é pra você se acostumar com a morte e ficar contornando ela, é sobre você acompanhar uma história gigantesca que se desenvolve ao redor de você enquanto você atropela tudo e todos que Clive considera seus inimigos.

Essa mistura de Final Fantasy, Attack on Titan e Game of Thrones foi uma surpresa muito agradável pra mim nesse ano que tá sendo sensacional pro mundo dos games, nunca valeu tanto a pena ter um videogame de nova geração como agora. Isso aqui é um MUST PLAY pra quem está com um Playstation 5 em mãos.

Eu estou fazendo essa análise antes da platina, pois estou jogando o jogo muuuuito devagar, curtindo, aproveitando, coisa que há muito tempo eu não fazia, estou começando o NG+ sem pressa, desfrutando ao máximo e acho que esse é o jeito certo de jogar isso aqui.

Meus singelos PARABÉNS pra quem criou os personagens disso aqui e sempre bom lembrar:
Clive Rosfield >>>>>>>>>>>>>>>>>> Cloud
Jill Warrick >>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Tifa

10/10 apesar de seus pequenos defeitos que na minha experiência foram completamente ofuscados pela grandeza de suas qualidades, teve tudo que ao terminar o jogo me fez dizer "Isso aqui é um Final Fantasy sim, e em momento algum eu me questionei sobre isso."

Sem palavras.

Tudo que eu esperava e mais um pouco, o primeiro jogo que eu realmente tive pra chamar de meu lá no Playstation 2 que meu pai me deu quando era criança.

Jogar isso aqui, reviver todas as memórias do meu primeiro console, do meu primeiro jogo, da minha primeira aventura nesse mundo com o meu pai, nada supera a sensação que tive quando sentei com ele jogando isso aqui e eu ficava escutando "Caraca filho, igualzinho, lembra?" e eu só lembrava de como eu morria de medo e ele tinha que passar os capítulos pra mim até eu perder o medo na marra e me viciar no jogo, tenho até hoje um Detonado IMPRESSO que ele me deu num dia pra me ajudar, são umas 20 folhas A4 com tudo, campanha, Separate Ways, Assigment Ada e Mercenários...

Eu não costumo me dedicar muito a Reviews porque sinto que existem pessoas com análises muito mais sólidas por ai, só quis colocar pra fora o quanto esse jogo me reviveu memórias incríveis que tive anos atrás.

Queria que mais Remakes fossem feitos com o carinho e respeito que esse foi, tem jogos que afetam a gente positivamente de maneiras que nem mesmo escrevendo aqui a gente consegue definir, videogame é incrível por causa disso, pode nos proporcionar e/ou reforçar laços com aqueles que a gente ama só por nos render momentos únicos.

Obrigado, Capcom, por me fazer desbloquear essas memórias incríveis que me garantem que pô, meu pai é essencial na minha vida.

Ah, e claro... obrigado pelo jogo também, sempre bom jogar um jogo que não te faz questionar em momento algum se realmente valeu a pena comprá-lo.