NOTA: 9,5

Obra de arte. Essa é a palavra que eu escolhi para resumir não só a experiência como a produção desse Final Fantasy 7 Rebirth.

A continuação do Remake amplia os horizontes em relação ao primeiro título em todos os sentidos, o combate, que na minha opinião é um dos senão o melhor da franquia, além de receber novas skills e personagens jogáveis, tem ações e ataques especiais em sinergia, não esquecendo dos novos limites e skill trees para os combatentes.

A progressão do game é um ponto fantástico da Square ao decidir encaixar diferentes eventos engajantes durante a história principal fossem eles a marcha de Cloud e o grupo infiltrados na Shinra em Junon, ou até mesmo a peça Loveless em que eles participam no Gold Saucer que tem seu encerramento com a fantástica apresentação da Aerith na música No Promisses to Keep, causando uma espécie de quebra gelo. Essas Interações por sua vez me animaram a querer buscar a exploração dos eventos secundários do game que também são bem divertidos e variados, como os desafios de combate, simulador contra summons, ninhos de chefes encontrados através da análise de fontes e principalmente os eventos de protoreliquia que trazem mini games como o Fort Condor, peças e armas ou até mesmo o Kings Blood disponível pelas cidades.

Sobre a história, a decisão da criação de multiversos no remake, o diferente destino de Zack e sua participação além da exploração da backstory dos personagens como o Barret, Red e até mesmo a Tifa me deixou muito imerso nela, além da mudança de comportamento do grupo que já era presente no fim do primeiro game e recebe nova atenção devido também á entrada de novos membros.

Levantando um dos tópicos mais polêmicos, FF Rebirth tem uma direção de arte e trilha sonora fantástica, porém, ao apostar no modo desempenho, a falta de nítidez do game e a textura de baixa qualidade é muito presente para que o jogo possa rodar em seus 60 fps, uma att recente parece ter melhorado, antes tarde do que nunca pelo menos.

Mais uma vez direciono críticas para as missões secundárias que acabaram sendo os eventos que eu menos curti, algumas até diferenciam um pouco, contam com histórias do passado dos personagens do grupo e até servem para o sistema de relacionamento com o personagem que poderia ser mais bem explorado também, mas mesmo assim as missões continuam pobres em jogabilidade e bem genéricas ainda.

Por fim, infelizmente Cid e Vincent não são jogáveis na obra e por mais que até faça sentido devido ao momento, diria que pelo conteúdo que o game tem, bastante gameplay ainda poderia esperar por esses 2 icônicos personagens ( Que tal uma dlc do passado de Vincent ao estilo Intermission da Yuffie hein Square?) A propósito, no terceiro game é obrigatório que eles sejam jogáveis.

ATENÇÃO AOS SPOILERS MAIS RELEVANTES AQUI*

Minha maior queixa ao game são dois fatos em que a Square poderia ter dirigido melhor, a reunião entre Zack e Cloud é um momento fantástico e infelizmente além de ser bem breve (pq não o Zack lutar com Cloud e Aerirh depois?) Acaba sendo só mais uma etapa no meio de uma caótica boss fight. Já o momento de maior carga emocional, a maneira que a Square buscou criar mind games nos players com a morte ou possível morte de Aerith não foi tão acertiva, na minha opinião poderia ter trilhado mais próximo ao game original.

Em resumo, que obra fantástica meus amigos, em menos de 1 ano, como fã de Final Fantasy diria que seja esse ou FF XVI, os 2 games sendo bem diferentes me atraem bastante e esbanjam qualidade. Além de Rebirth claramente evidenciar a qualidade da obra orginal de 1997, já que basicamente serão necessários 3 jogos para retratar a grande trama de Cloud e o grupo contra Sephiroth. Recomendo infinitas vezes para fãs da franquia tendo conhecimento da obra original ou não e claramente que tiveram jogado o remake. Não demora muito para o terceiro game não Square por favor, quero para ontem.

Reviewed on Apr 16, 2024


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