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May 27, 2024

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Desde o momento em que comecei a jogar o primeiro Alan Wake, eu sabia que estava experienciando algo completamente diferente do que eu havia visto nos videogames. A temática logo chamou minha atenção: um escritor cujas obras se tornaram realidade, assombrando sua consciência, com a luz se tornando a única arma para sair desse pesadelo.

Foi apaixonante do início ao fim. Mesmo com algumas mecânicas um pouco falhas e aspectos que claramente foram apressados no desenvolvimento, Alan Wake já tinha me marcado demais, não só pela narrativa corajosa e diferenciada (com a qual me identifiquei demais), mas pela atmosfera e estilo de gameplay únicos, trilha sonora marcante e personagens memoráveis. Depois daquela experiência fenomenal, zerando o game duas vezes, só restava aguardar a sequência, que já estava anunciada e virando a esquina para estrear.

O momento tão aguardado enfim chegou, e Alan Wake 2 tinha se tornado real, saindo do lugar obscuro onde esteve preso por 13 anos. Tudo parecia incrível: os trailers, as gameplays, as reviews; tudo contribuía para aumentar minha vontade de sentir aquilo nas minhas próprias mãos.

No entanto, nem tudo foi tão fácil. Em outubro de 2023, eu ainda não tinha uma plataforma da 9ª geração para jogar minha tão desejada sequência, e a jornada de correr atrás de formas para consegui-la, por si só, já foi extremamente memorável para mim.

Trabalhei duro no estágio, juntei meu suado dinheiro para comprar um Playstation 5 e, enquanto isso, toda vez que conseguia, gastava R$20 reais por hora para jogar os trechos iniciais do game em uma Lan House. A cada vez que ia até lá, ficava mais e mais fascinado com a beleza e o potencial que o jogo tinha, mas sempre com um gostinho amargo de “quero mais” quando o tempo se esgotava.

Depois de muita labuta e “pão-durice”, FINALMENTE, a hora chegou. Em maio de 2024, consegui adquirir meu PS5, junto de uma cópia digital de Alan Wake 2, e, agora sim, posso dizer com toda certeza que toda a expectativa que juntei ao longo desse tempo não foi o suficiente.

FOI MUITO MAIS DO QUE EU PODERIA SONHAR.

Francamente, acredito que nenhum jogo, nem qualquer outra forma de arte que tenha entrado em contato comigo durante a vida tenha impactado tanto meu ser como Alan Wake 2 fez.

Essa, sem dúvida alguma, é a melhor história que eu já vi num jogo, e, acompanhado disso, uma experiência simplesmente magnífica em todos os aspectos. Para citar alguns destaques: ambientação perfeita; gráficos que misturam realismo e fantasia de forma única e belíssima; uma variedade de músicas que, além de sensacionais, ajudam o jogador a compreender melhor a mitologia do universo do jogo; gameplay divertida e bem balanceada, com um combate satisfatório, boas recompensas e puzzles para quem gosta de explorar; terror na medida certa, com alívios de tranquilidade e comédia precedendo momentos de tensão. Resumindo, um jogo praticamente perfeito.

O máximo de negativo que ocorreu na minha jogatina foram alguns glitches de legenda e poucos momentos de combate nas florestas de Bright Falls que se mostraram um pouco frustrantes.

De resto, o jogo é uma obra-prima de metalinguagem, ficção e terror no seu auge, um verdadeiro banho de criatividade da Remedy em comparação à maior parte das grandes desenvolvedoras atuais. Finalmente, acho que entendemos o que Alan Wake quis dizer no final do primeiro game. Não era um lago, mas sim um oceano de potencial em um universo fantástico criado por Sam Lake e sua equipe.

Já me sinto totalmente pronto para as DLCs e um possível terceiro jogo, seguindo a espiral até o fim, a cada ciclo mais perto da ascensão final dessa história espetacular, única e singular.