uma narrativa bem engajante com um estilo de arte que consegue transmitir maravilhosamente os momentos de body horror, tensão, ternura e grandiosidade. surpreendentemente possui mais substância que esperava considerando sua premissa, e com loops de gameplay bem conectados dentro de uma visual novel que realmente exige atenção do jogador no que está sendo dito, além de executar elementos gráficos insanos que me pareciam ser impossíveis de serem feitos na RenPy (que é uma engine de visual novel relativamente fácil de se aprender). recomendo muito que você dê uma chance para ele sem saber de muita coisa antes. é bem curtinho e vale a pena na minha opinião.

(leves spoilers conceituais adiante)

eu gosto que slay the princess tem elementos influenciados por jogos como disco elysium - com as múltiplas "personalidades" debatendo entre si - e stanley parable - com a presença do narrador não confiável e o comentário metanarrativo que vai se expandindo conforme a história se avança. imagino que talvez quem não se interessa muito pela metalinguagem presente em jogos como stanley parable acabe não gostando tanto de como os eventos da narrativa se desenrola, por mais sutil que o comentário presente seja em comparação ao exemplo dado. mas acabou funcionando para mim, apesar de não ser meu elemento narrativo preferido.

eu gosto muito da progressão da história, e de como as rotas conseguem ser breves porém ricas em caracterização, escrita e escolhas interessantes. tudo isso embalado em um gameplay que conecta essas rotas de uma forma muito elegante. a mixagem de som é um tanto amadora, mas contribuiu para uns sustos bem específicos, então ironicamente eu considero isso um ponto positivo. um belo jogo! e pensar que eu só escolhi ele porque eu tava sem graça em colocar muitos jogos que eu não joguei no GOTY 2023 do backloggd. obrigada backloggd.

Reviewed on Nov 25, 2023


Comments