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★. : *•♡。♪ eu gosto de joguinhos adoráveis com protagonistas hikikomori
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This review contains spoilers

Não sei por onde começar porque eu sinto que até hoje não superei o que aconteceu aqui. A escrita disso é absurda, o jogo te envolve em um cenário acolhedor e confortável, mostrando a rotina diária aparentemente normal de Charlotte.

Afinal ela é apenas uma garota, ela está bem e todos a adoram... Pelo menos era isso o que ela achava até o clímax nos atingir como uma viga, eu claramente esperava que algo ruim fosse acontecer, principalmente porque eu já sabia como tudo aquilo não parecia certo, mas ainda, sim, me doeu tanto que foi difícil continuar. Surpreende-me como etherane consegue transmitir tudo de uma forma tão natural, mesmo se tratando de temas tão 'clichês' para adolescentes.

Sobre os personagens, senti que cada vez mais eu me apaixonava por eles e por suas singularidades, vê-los de novo com a evolução do primeiro até o segundo episódio me deixou com o coração aquecido. A construção de mundo é incrível e única, o jogo te deixa tão imerso e apegado aos protagonistas que chega a ser admirável. A forma que esse jogo trabalha a dualidade entre Charlotte e Frei, o egoísmo e o desejo de ser amado me faz querer aprofundar essa review com assuntos pessoais para mim, talvez eu devesse porque pessoalmente não acho que alguém vá ler, mas tudo o que escolho dizer sobre isso agora é o quanto eu senti com esse episódio. Quando tudo estava desmoronando, eu chorei, mas não por Charlotte, eu chorei por mim. Foi como perder tudo de novo mais uma vez, perceber que você não pertence a lugar nenhum.

Mesmo sendo o mais simples dos três episódios (o que faz todo o sentido, já que foi o primeiro a ser desenvolvido) cumpre completamente todo o papel de introdução da história, personagens e universo de Hello Charlotte. Eu vejo muita gente dando uma nota baixa para esse, mas eu simplesmente não consigo. Eu adorei cada detalhe e informação que consegui com esse episódio, mesmo que metade não sirva para nada depois. Pode até ser confuso e às vezes tedioso, mas eu não recomendo pular ou coisa assim, ele é tão curto e bastante necessário. Eu acho que não teria sentido o mesmo com os outros episódios se eu não jogasse esse primeiro. AH a ost é simplesmente perfeita, me deixou impressionado.


Eu comecei esse jogo sem qualquer sinopse ou informação, o que tornou a experiência ainda melhor: eu não esperava!

Toda a reflexão e os sentimentos transmitidos ressoaram de uma maneira muito especial e íntima para mim, é incrível como você pode sentir a nostalgia por meio dessa história, mesmo que a ambientação não seja a mais semelhante com a real experiência. (Bem, a exposição das figuras católicas é algo que posso me identificar)

A arte é incrível! Eu me apaixonei por todos os cenários, personagens e o quão enriquecedores eles eram com detalhes. No começo fiquei bastante confuso com a jogabilidade e o uso dos itens, mas compreender a história no desenvolvimento livrou-me de todas as dúvidas. As personagens são maravilhosas e eu não mudaria nada nelas, quando terminei, senti um vazio aterrorizante e, ao mesmo tempo, bastante confortável.

Vale mencionar que esse jogo possui grandes influências pela cultura russa, principalmente num período pós-soviético! É simplesmente tão imersivo. Talvez para alguns possa ser uma experiência um tanto confusa, levando em conta o quão curto e implícito é. (E acredite, eu quase chorei ao descobrir que aquelas 1 hora e meia eram tudo o que eu tinha.), mas eu acho que, se essa história puder atingir as pessoas "certas", significa tudo.

Nunca me esquecerei disso.