40 reviews liked by kitchocosta


I'm a simple man: you give me cards + a campaign with historic duels and I'll be happy about it.

as melhores e as piores coisas do mundo são manifestadas usando um único tipo específico de condução e transformação de brio em energia: o rock

i don't really enjoy cars, i don't think i understand them. i don't get the excitement, i don't get the aesthetics, i can find beauty in a car design, but i don't get a rush out of it. simply put, i'm not a part of its culture

i am, however, gonna dig any car that has "DRUAGA" written in big bold letters on top of it's paint an immense amount. i'm sure this game is better for people who actually do like these machines, but i was genuinely content playing it. listen, Namco was king once. way before Atlus could start to even concede it's proven true red and black combo. this here is elegant, provocative and powerful, masterclass in design, really, in every way. nothing else was doing it like videogames were and much less like Namco was.

i honestly love how this game controls, i love how there's only two (three technically) different locations with tons of variations on how they're raced, i love the soundtrack, i love picking colors for my car, love the duel system, love the obnoxious DJ, i especially love driving at night it feels like everything to me. winning feels good, this game will make you tense and it will also make you relaxed because believe it or not there is enough time to appreciate the scenery.

i don't like cars but maybe if i had ridge racer v during my formative years i would have played racing games other than mario kart. or at the very least more ridge racer

história de mistério pincelada pelo oculto, bem parecido com paranormasight nesse sentido, onde não existe uma linha entre o lógico/real e o espiritual (como vemos em muitas histórias de detetive mais "normais"). o que vem de outro lado permeia os acontecimentos sem nunca ser questionado e é abraçado, claro que a conclusão obvia de uma investigação de assassinato é conversar diretamente com o espírito da vitima, nem que seja para trazer resolução a ela e pessoas próximas.


todas as sensações da experiência humana encontrando um lugarzinho pra ficar em outro plano, seja nosso medo da morte tomando forma ou até uma perspectiva positiva sobre ela. a barulheira que a gente não deve deixar por aí só de pensar nessas coisas deve ser grande demais pro nosso mundo aguentar.

there's something unimaginably beautiful about games that feel just like when i'm really tired with a drawing and i just decide to do whatever and put it out into the world, then i see so many wrong things with it that could have been fixed with time but then again i'm very tired so in no way i'm touching it again. makes me think how human work will forever be valuable, we're able to develop apathy for imperfections due to fatigue and that's honestly beautiful.

excluding the obvious deadline constraints the team had to put up with, this kind of ambitious, large scale, unpredictable, weird, aggravating, difficult, time consuming, tiring, agressive, livable world barely has any space in the sanitized UX focused world but yet here we are, yet after all the misinformation efforts by 20 year-certified dumbass Stephanie Sterling here we are experiencing what is probably one of the most feverish mainstream gaming efforts done by a big studio in the last decade. this is probably the most important game Capcom has released in a lot of years and i'm all here for it, because if you play the game you end up realizing the boxart is extremely funny and there are simply no other games that do this kind of thing anymore. like, my bf missed seeing a major scene with a character around the last part of the game because he never got any of the optional quests involving him how is this not pure art.

also gotta love the genre of games that you could easily swap a "thank you for playing" at the end with "fuck you for playing!!" and it would still make perfect sense. they're dear in my heart and i will protect them always

I love when games simplify another skill, hobby, or game. This was great for me to understand poker hands. Won’t help me play actual poker but it’s a start.

I also love the roguelite aspect of it, I’m starting to get into that genre of games as well. Love learning from mistakes and starting over with previous power ups to aide the climb back up.

Gonna be a great game for my switch arsenal to play on the road.

A maior descoberta dos últimos anos em videogames -- ou a maior inovação, se você é desses -- é como passar livremente pela membrana entre o arbitrário e o fortuito. As regras são absolutas! Mas também não importam, ou importam só até o ponto em que você as apreende. Quando você joga poker sozinho, não tem ninguém vendo você rabiscar as cartas -- mudando regras dentro da cabeça; desenhando cabelo longo em um valete para transformá-lo em rainha; descartando uma carta porque ela não faz parte da historinha que você está construindo. Mas, ainda assim, absolutamente jogando poker. Esse poder irrestrito sobre nada em particular é a chave para uma experiência de brincar profundamente contemplativa, profundamente intuitiva, profundamente racional. É uma prece para todo fim de tarde após a escola, quando a criança tinha que encontrar sozinha o que fazer e, a partir disso, criava mundos inteiros que se encerravam no jantar.

no boktai 1 tem um momento que você chega numa área e o jogo te dá uma sequência de quatro dígitos numéricos numa placa, dizendo que é uma senha importante que você precisa memorizar pra conseguir passar de uma parte lá na frente. a dungeon em si envolve muitas operações matemáticas (pra dificultar a memorização dessa sequência), mas mesmo se você anotar a tal sequência, quando precisa digitá-la pra abrir a última porta, vai dizer que está errado. se você voltar pro começo da área de novo, o número vai ter mudado - anote mais uma vez, vá até o final, tente de novo, e vai estar errado. a resolução desse quebra cabeça é que essa senha é, na verdade, a hora marcada no seu relógio de verdade, fora do jogo.

os três jogos são cheios desses momentos de hiperrealidade. o que os difere de qualquer experimento moderno de realidade aumentada em que aparece um pokémon no seu quarto é o vetor. não é o jogo que está vazando no nosso mundo - é o nosso mundo que está vazando pra dentro dele. pequenas coisas que para os personagens não seriam explicadas dentro da ficção (p: por que o sol ficou mais fraco logo agora que eu preciso que ele fique mais fraco pois essa área tem vento que me atrapalha dependendo da intensidade da luz solar? r: pois deus existe e me abençoou, r2: pois eu cobri a fita do meu gba e fiz sombra, r3: porque eu diminuí a luz do sol mudando uma opção no emulador) são manipuladas por um mundo que eles não habitam, entendem ou tocam. a fé que ele tem no que existe dentro de si mesmo é tamanha que só pode inspirar. se sua mensagem final é que, é claro, o futuro depende de nós (como todos os jogos da kojipro) e das nossas pequenas ações diárias e iterativas, a força da mensagem é ainda mais intensa visto que ele mesmo depende dessas pequenas ações de nossa parte que fazem toda a diferença na dificuldade e na verdade que eles enfrentam lá dentro.

a estética faroeste-gótica com todas as cores mais lindas que existem em um mundo que está em estado terminal e precisa demonstrar que a esperança não vem do quão legal era mas do quão legal *é* porque o mundo que temos para restaurar é o do presente casa muito bem com uma história de iconoclastia que é simultaneamente avassaladora e reverente, sendo nostálgica de coisas que estão aqui, ainda, só pensando em quando elas não vão estar mais.

umas semanas atrás eu sonhei que alguém importante me dizia pra jogar esse jogo, e eu resolvi acatar porque não pensava em boktai há anos. erro meu! acredito agora, sem muitas ressalvas, que esse é o melhor jogo do mundo. mas mesmo se não for, fico imaginando quais foram as respostas dele pra essas pequenas vazadas tecnognósticas que ele insiste em ficar fazendo em outras realidades. presumo que seja r mesmo.


nao entendi nem como se joga o jogo mas de alguma forma eu bati minha cabeca na parede ate eu conseguir terminar ele foi tipo meu ensino medio

impressionante condensação de tantos temas tão profundos, talvez os mais profundos de todos, num jogo tão curto e simples, sinceramente admirada por todo esse empenho em expressão. em alguns momentos parece uma instalação virtual, como um trem fantasma cibernético, um pesadelo digital que você entra e só sai ao discernir entre a infinitude de símbolos que te cercam como se livrar de uma escuridão que é tudo que você se lembra.