Feio, meramente funcional, com trama tosca e, devido a tudo isso e mais um pouco, hilariamente divertido. A vibe colonialista e excepcionalista-americana dos jogos anteriores foi trocada por uma estética e narrativa mais 2000-core do que muito jogo feito nos early 2000s teria. Os terroristas agora estão em solo americano e têm armas nucleares e escutam techno-disco com suas ameaçadoras jaquetas de couro e óculos de sol. Felizmente os agentes HORNET e QUEEN BEE estão à caminho, com suas jaquetas de couro ainda mais brilhosas e óculos de sol ainda mais escuros que dos terroristas.

O tiroteio não é tão frenético quanto nos games anteriores, com OW3 deliberadamente tendo inimigos que se movem de forma mais cadenciada porque quer tentar se vender mais pelo espetáculo visual do que a ação desenfreada. Veja bem, o game usa fotografias digitalizadas para montar os cenários *e* inimigos, algo que nunca foi esteticamente agradável, nem nos 90 nem hoje em dia, mas na cabeça de algum CEO que nunca jogou videogames na vida era o futuro da mídia. Eu literalmente ri alto da atuação deliciosamente amadora de alguns dos "terroristas" abatidos - e até o grito repetitivo de reféns gritando da forma mais forçada possível "DOOOOON'T SHOOOOOOOOOT" começou a passar de irritante para engraçado depois de algum tempo.

Enfim, o game é curtinho, não lá muito difícil e você pode usar fichas infinitas graças às maravilhas modernas da emulação. Vale a pena só pelo humor não intencional.

Reviewed on Aug 11, 2022


2 Comments


1 year ago

O famoso 'tão ruim que deu a volta e ficou bom'. XD

1 year ago

É o segundo arcade da Taito noventista a fazer isso, pelo jeito os early 90s foi bem fértil pra empresa.