A primeira versão de Monotonia já provava que o projeto tinha algo importante a dizer e que esse seria um jogo diferente. Com as adições desse primeiro capítulo, vejo essas ambições serem alcançadas.

Sem uma palavra, eu consegui compreender toda a mensagem do jogo através da usa gameplay e direção de arte. Você trabalha gerando eletricidade de maneira repetitiva, mas não consegue pagar a conta de luz. Aumenta seu tempo de trabalho pra conseguir mais dinheiro pra pagá-la. Tudo é escuridão, e o cansaço do trabalho é tanto que não vemos nada do caminho pra casa, e nela, só vemos nossa mesa. Trabalhar, dormir e trabalhar. Ser empregado, mas continuar pobre. O som te lembra que você é descartável, e se não concluir suas tarefas, será substituído. A sua última atividade restante fora do trabalho é ler o jornal, e nele, você vê mais desgraças.
Essa é a realidade de muitos, e quanto mais tempo passa, mais parece que será a de todos. O trabalhador vê a luz no fim do túnel ao perceber que juntos somos mais fortes, mas será que é possível sairmos da inércia e nos unirmos?

Você escolhe, e os diversos finais foi uma sacada incrível. O final verdadeiro espanta ao ser apresentado, e exagera um pouco no desafio. Nessa hora, ele se torna um daqueles jogos que são ultra investigativos, onde você vai atrás dos arquivos e coisas muito específicas. Essa não é minha praia, e mesmo assim, tentei muito entender os números daquela batata gigante antes de só conseguir vendo um guia.

O maior problema, pra mim, não foi nem algo relacionado ao jogo em si. Meu monitor é ultrawide, e automaticamente, o jogo dá zoom pra preencher a tela inteira. Ao perceber isso, eu mudaria pra 16:9, mas o botão de opções no menu inicial fica cortado pra fora da tela desde o início. Assim, não consegui ler nenhum jornal por completo, e mesmo assim os amei.

Como um jovem entrando no mercado de trabalho, Monotonia me assusta, e demonstra esse futuro possível de maneiras que só o videogame consegue, utilizando a mídia de maneira inovadora, mesmo de que um jeito tão simples.
Se o prólogo me surpreendeu e se mostrou tudo que a demo poderia alcançar, me sinto ansioso pra descobrir o que mais será adicionado nessa experiência única que mesmo no começo já parece ter concluído a sua história. Galera do GDH, me surpreendam! Vocês são incríveis.



É como uma versão dark da maravilhosa fase do peixe de Edith Finch, e meu personagem favorito de Sonic é o Shadow.

Reviewed on Oct 07, 2023


4 Comments


7 months ago

Oi gente eu joguei com ele esse mas não parece pelo texto mas eu tava la :´)

7 months ago

concordo com tudo o que voce disse do jogo e tava do seu lado tbm mesmo que nao pareça

7 months ago

ótimo jogo, ansiosa pelos proximos

7 months ago

@cellerepe desculpa, esse foi mais sobre a minha relação com o jogo, mas é claro que sua presença não foi esquecida, até botei na nossa lista.
Também tô ansioso pela continuação!