Os Finch me lembram muito da minha própria família, mas acho que isso é algo que todo mundo que jogou o jogo diz.

Vindo de duas famílias com veias artísticas e problemas psicológicos (Quem nunca...), eu me lembro de mal saber o que pensar ou como reagir quando eu joguei esse jogo. Por vezes, eu via um espelho, e por outras, eu via relances de um possível futuro ou um possível caminho que poderíamos ter seguido, dadas outras circunstâncias.

Todos os Finch são artistas em algum aspecto. Isso me comoveu mais ainda anos depois que joguei esse jogo, quando eu descobri que meu avô tocava violão e cantava, e que, por mais que eu nunca tivesse o conhecido, eu cantava as mesmas músicas que ele.

Famílias são tão estranhas, e mais estranhas ainda são suas tragédias, que são intrinsecamente conectadas por um vínculo irremovível. Mesmo que você queira apagar sua conexão com sua família, suas experiências com ela estão dentro de você para sempre. O melhor a se fazer é reconhecer isso e aprender com os erros e acertos... E eu acho que esses são os objetivos de Edith.

(Faz tempo que joguei esse jogo, então pode ser que algumas coisas estejam meio incorretas).

Ter jogado Hogwarts Legacy foi uma grande fonte de vergonha para mim por um tempo, porque eu realmente me diverti durante alguns momentos do jogo. Eu joguei pensando que ia ser uma merda, mas não foi tão ruim assim.

Eu não sinto essa vergonha devido à cascata de ódio que rolou em cima das pessoas que escolheram jogar o jogo (Que é uma situação complicada, e eu não sei o que pensar disso ainda), mas sim porque, sendo não-binário, eu senti que eu estava me traindo em sequer gostar de alguns aspectos do jogo.

Hoje, eu reconcilio essa vergonha pensando que; O jogo em si não é o problema. O jogo não é uma propaganda de ódio contra pessoas LGBT e eu não senti essa agressão dele. O problema é diretamente apoiar a fonte desse ódio (Joanne Kika na Rola...) e não pensar criticamente se comprar este jogo apoiaria financeiramente essa fonte.

Sobretudo, eu não devia ter medo de um jogo tão mid. Por mais que eu tenha me divertido em alguns momentos, esse jogo não me deu uma experiência memorável.
A narrativa da main quest é entediante, os personagens secundários são esquecíveis e pareciam ter mais conteúdo planejado rushado, e...
Eu não sei se isso é uma crítica ao sistema de magia da Joanne Rola ou só do jogo, mas algumas das magias poderiam ser integradas em uma só. Por que Confringo e Incendio são magias diferentes? Não daria pra misturar em só uma magia de fogo com dois modos ou sei lá?

Btw opinião bosta, mas eu não ligo para o Sebastian. Ele é um personagem interessante, mas o fato que minhas escolhas não tem consequências na quest dele me deixam desmotivada e irritada. Se as escolhas não fazem diferença, então por que me deram escolhas para início de conversa?

E eu não me lembro do que eu gostei, mas ééé eu tenho certeza que eu gostei de algo... Eu acho. Sei lá.

TW: Trauma dump leve

Ex amigx me forçou a fazer RP +18 pelo chat privado desse jogo. Elx ficava implorando pra eu fazer RP como o Kentin (Que gosto merda aliás), e quando eu tentava falar que não queria fazer elx ficava implorando pra eu fazer por dias. Eu tinha 12 anos 🤡

Enfim fora o trauma, esse jogo é meio tanto faz. Lysandre é legal, mas Nathaniel, Castiel e alguns outros personagens são insuportáveis. Eu gostava de obter as roupinhas e ver as histórias dos feriados, pelo menos.
Gostaria de ter aproveitado sem a merda por trás