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This review contains spoilers

One goofy ass thing I did at end was normally you're supposed to talk to the hostages telling them they're same, and then fight Marchenko. But I did the other way around so I beat Marchenko and then go to the hostages. I was so confused when the game ended super abruptly.

O jogo tem uma história bacana e intrigante, mas muito apressada e pouco relacionável com quem está jogando. Você se sente como se estivesse fazendo isso porque é sua missão e nada além disso.

As melhorias do jogo realmente me fizeram sentir que eu tinha melhorado, além de que o jogo constrói bem as missões para você ser capaz de ter múltiplas formas de conclui-las.

As missões secundárias desse jogo, no meu ponto de vista, foram bem mais prazerosas de se fazer do que a campanha, porém acredito que isso varia de gostos.

Num resumo máximo, Deus Ex: Mankind Divided é melhor em praticamente tudo em relação a seu antecessor, com exceção à história. Fora isso, ambientação, gráficos, trilhas sonoras, combate, mecânica de stealth... todos eles guardam a mesma essência do Human Revolution, porém com melhorias e refinamentos gerais.

A imersão no mundo distópico de DX:HR já é uma boa experiência, mas aqui ela é ainda mais aprimorada, também mantendo uma maturidade e destreza quanto aos dilemas que aborda. A partir dos eventos do primeiro jogo, a ambientação acompanha a nova conjuntura em torno do "apartheid mecânico", uma alegoria bem representada desde missões principais e secundárias até o próprio cenário; é gratificante explorar esses contextos por completo, pois são muitas tramas, personagens, diálogos e eventos gerais que contribuem para a percepção contemplativa/angustiante do novo mundo em que estamos inseridos.

GAMEPLAY E ASPECTOS TÉCNICOS
Sobre a jogabilidade, não tem muito o que falar: a mesma que DX:HR, porém melhor, como eu já disse. Agora tem-se vários aprimoramentos que enriquecem ainda mais a liberdade do jogador para ser o agente que você quiser: stealth ou combate direto, construindo um grande espaço criativo para avançar por n caminhos ou eliminar seus inimigos de n maneiras. Falando neles, a IA continua relativamente básica, mas suficientemente funcional e muito melhor do que os patetas do primeiro jogo.

Apesar dos gráficos e animações estarem mais atuais e consequentemente belos, tive vários problemas relacionados à renderização de texturas, telas de carregamentos demoradas e crashes aleatórios, embora uma performance geral relativamente estável. Teoricamente eu estava acima dos requisitos mínimos e pouco abaixo dos recomendados para jogar, mas ainda assim não tenho certeza até onde posso criticar esses pontos. Entretanto, algo que jamais posso esquecer de pontuar é o absurdo das legendas não funcionarem para diálogos de fundo ou secundários; por que simplesmente remover algo que já funcionava bem anteriormente? Não faz sentido.

HISTÓRIA
Inicialmente, tenho que elogiar o belíssimo upgrade de personalidade do próprio Adam Jensen, onde seu papel anterior de "estranho zero risadas e levemente irônico (se possível)" assume uma postura mais reflexiva e humana frente às situações — algo que não se via com frequência em DX:HR —, e evidentemente sem perder sua determinação característica. Juntamente disso, o antagonista da vez parecia inicialmente genérico desde o trailer, mas a partir do primeiro encontro e ao longo da história, pouco a pouco ele se mostra bem mais do que se esperava, com indagações e propósitos que dignificam sua imagem dentro da narrativa — embora não tão emblemático como Hugh Darrow. Quanto aos demais personagens, alguns não parecem tão interessantes quanto aqueles do primeiro jogo (com leves chances disso ser apenas saudosismo meu), mas no geral todos tem uma boa personalidade e funcionalidade na narrativa.

Mas finalmente, falando da história em si, ela é tão bem conduzida quanto o primeiro, e não necessita das mesmas dimensões de revolução para se mostrar interessante. Por outro lado, seu final é repentino e levanta muitas dúvidas sobre o que você de fato experimentou na narrativa principal. Quer dizer, considerando tudo que foi entregue, tem-se um conteúdo relativamente completo, mas fica uma sensação de que deveria haver complementos de alguns pormenores para enriquecer a história principal ainda mais. Isso é facilmente perceptível quando se joga a DLC Desperate Measures; por que isso não está no jogo base mesmo? Não é uma história à parte como System Rift ou Criminal Past (boas DLC's, inclusive), é de fato um conteúdo que parece ter sido cortado apenas para ser inserido como bônus de pré-venda. Essa conjuntura é reforçada pelo fato de: (1) ser contraditório à ênfase constante no rapaz de capuz amarelo no trailer, para no final ser um conteúdo exclusivamente abordado em uma DLC, e; (2) condizer com a técnica predatória já empregue no Deus Ex: Breach; tenho certeza que todos os jogadores agradeceriam que o Breach fosse trocado por mais 30 minutos de história.

Deus Ex: Mankind Divided é uma melhoria geral de seu antecessor, porém com muito potencial desperdiçado intencionalmente pelas maravilhosas decisões da Square Enix, impactando majoritariamente no que foi entregue como "história principal"; não obstante, muito da beleza e dedicação desse jogo é melhor expresso justamente na ambientação e nas missões secundárias. Por conta disso, a obra se mostra como a "segunda de uma trilogia", significando que contribuiu para o enriquecimento da franquia, mas que funciona muito mais como uma preparação para algo que será fechado posteriormente em um terceiro título — que dificilmente sairá tão cedo, e isso se sair.