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in the past


Beautifully chill and well thought out puzzle game. Really enjoyed this one and the story it told through the letters throughout the manor.

Botany Manor, obra de estreia da Balloon Studios, estúdio indie inglês que tem como diretora Laure De May, ex-programadora da ustwo, assume o papel de Game Design e Diretora de umas das grandes surpresas do mês de abril. A obra propõe um puzzle game que sem esforço consegue se apresentar como um ambiente aconchegante para explorar a história de Arabella Greene e sua dedicação para com as flores.

A proposta da obra é ser um puzzle game com aventura. O puzzle está intrinsecamente ligado à cultivação das diferentes plantas a fim de completar o livro de Arabella. Já a aventura está na descoberta de todo processo e a história de vida da personagem, isto envolvendo tanto as pessoas que estão ao seu redor como a sua paixão pela botânica. A obra explora duas vertentes claras, uma ligada às fantasiosas características das plantas, e a outra ligada ao preconceito e discriminação contra a mulher, estes ainda mais exarcebados considerando que o jogo se passa em 1890 na Inglaterra.

No que diz respeito a história, a obra pretende contar a carreira e vida de Arabella Greene, uma estudiosa de botânica que através de viagens para estudo, com contatos com diversos outros estudiosos e muita experiência prática decide escrever um livro chamado Flora Perdida. A fim de completar o livro, a protagonista deve desvendar como cultivar as diferentes plantas secretas que nenhum botânico descobriu ainda, neste momento entra o elemento de puzzle, é necessário seguir as dicas para descobrir como cultivar as diferentes plantas. A partir da resolução dos puzzles, novos ambientes são liberados com diversas cartas e bilhetes que trazem a história da protagonista, as histórias vão desde sua origem familiar, seus anseios e suas conquistas.

Ainda sobre a história de Arabella, esta está envolta de preconceitos por ela ser uma mulher. Sua posição como cientista da área da botânica é contestada diversas vezes por acadêmicos homens que desconsideram seu trabalho unicamente por ela ser mulher, sua admissão em universidades são negadas, seus estudos são negados a publicação e seu grupo de amigas que também pesquisam plantas são consideradas amadoras, até sua família a questiona sobre casamento, já que uma mulher não poderia dedicar sua vida ao trabalho, certo?. Várias questões são levantadas e consequentemente elas comovem o jogador a continuar a pesquisa e concluir o livro de Arabella, afinal essa conclusão funciona como um marco, um ponto de vitória da personagem perante o machismo. Logo, esta crítica levantada pelos desenvolvedores funciona como elemento de interesse intrínseco, e isso só é possível com um excelente game design. Fora isso, a crítica pela crítica já é pertinente, o peso dessa crítica poderia ter sido menor, já que o estúdio coloca esse machismo em 1890, o que não era nada incomum, porém, pelo fato de ele ser tão direto e escrachado a revolta permanece viva e peso da crítica passa a ser herculano.

Botany Manor possui o livro e as mecânicas de puzzle como motor para progredir o jogo e desenvolver os acontecimentos, a fim de contar a verdadeira história que importa, a vida de Arabella. Os puzzles em si, são trabalhados a partir da dedução do jogador, é o modelo de puzzle mais antigo e básico que existe, ele funciona da seguinte forma: várias informações são oferecidas ao jogador, seja bilhetes, cartas, fotos ou objetos, a dedução de informação e conexão entre eles fica a cargo do jogador, ele deve fazer as inferências e decifrar o segredo. O fato de o modelo ser antiquado não é necessariamente um ponto negativo, até porque ele definitivamente não é o foco da obra, ele funciona como uma parte integrante mas não predominante.

Em relação a ambientação da obra, há diversos elementos que trabalham para que ela funcione, os principais deles são a trilha sonora e os detalhes visuais. A trilha sonora apresenta músicas calmas e relaxantes que trazem uma atmosfera ideal para uma mansão com um imenso jardim em um período remoto. Os detalhes visuais trazem cores claras e uma tonalidade alta, passando uma percepção quase fantasiosa do cenário. Outro elemento de extrema importância e que dá sentido aos detalhes visuais é o modelo de exploração, é necessário explorar o cenário para encontrar as pistas dos puzzles, essa exploração obrigatória cria a oportunidade de o jogador observar tudo que há no jogo, todos os espaço são visitados e conhecidos, não há nada que possa ser deixado de lado.

Um dos elementos mais importantes da obra é a crítica que ela apresenta, esta se relaciona ao papel da mulher, ao machismo e preconceito. A crítica percorre toda obra, e é reiterada diversas vezes em diferentes situações, inclusive mostrando diferentes faces, podendo ocorrer em diversos sentidos e a todo momento. Há uma esperança pela conclusão do livro e consequentemente pela superação desses problemas, porém não é isso que ocorre. O final apresenta uma alento, uma pequena conquista, mas demonstra que a guerra é grande demais para ser lutada sozinha, é necessário união.

Concluindo, Botany Manor é um incrível debute para um estúdio indie. Apesar de se utilizar de mecânicas simples, há um trabalho extensivo na criação e desenvolvimento da personagem principal, fazendo com que os jogadores se compadeçam e engajem naturalmente em sua empreitada pela mansão e consequentemente na escrita de seu livro. A obra é realmente bem produzida, os elementos estão interligados de forma ideal o que traz uma motivação natural para o consumo do jogo. A vontade de saber mais sobre Arabella e descobrir as plantas mais malucas do mundo movem o jogador, porém o que o enraíza é a crítica pertinente, extensiva e contundente que é proposta.

Beautiful, fun puzzles, awe-inspiring and love the theme of crushing the patriarchy.

Played over one evening on Xbox, and had a great time! It ran smoothly, looks really pretty, the puzzles weren't overly complicated, and it was very satisfying to watch the flowers grow.

The flavor text letters you find strewn about make you wish things had gone differently for Beatrix Potter, if you know her story. She shoulda been allowed to be a scientific illustrator damnit.

Esse jogo foi tão divertido! Eu fui atraída pelo aspecto de exploração e pelos puzzles, mas, inicialmente, eu me perguntei se eu gostaria dos puzzles, porque eu frequentemente me encontro perdida e frustrada com alguns jogos de puzzle...
Mas esse jogo me fez me sentir tão inteligente! Os puzzles não são extremamente complexos, mas eles são um ótimo desafio para tentar resolver! Eu fiquei tão imersa no jogo que passei a noite inteira em claro só quebrando minha cabeça para resolver os últimos 6 puzzles!

Não é um jogo extremamente ambicioso e não é uma exploração com uma experiência sentimental, como What Remains of Edith Finch, mas Botany Manor não precisa disso para você se apegar à casa ou às coisas que você aprende para resolver os puzzles. Foi tão divertido e eu definitivamente vou rejogar esse jogo só porque eu amei fazer os puzzles!

A delightful little Myst-like puzzle game with fantastic diegetic story-telling and pitch-perfect puzzle sequencing.

There’s an art to an easy puzzler, designing puzzles that feel satisfying to figure out while never being obtuse enough to have you reaching for a guide. This nailed that sweet spot, with some pretty visuals to boot.

I do really like the mechanic of being able to attach clues to puzzles so you know that you have all the info you need to figure it out. Wouldn’t mind that making its way to other puzzle games.