De longe, esse é o jogo da Remedy (Max Payne, Alan Wake e Control) que mais passou despercebido. O marketing pra ele foi quase inexistente, e a exclusividade temporária pro XBox (bem como um port de PC feito aos trancos e barrancos) prejudicaram demais o interesse do público em Quantum Break.

Ainda assim quis dar uma chance justamente por ser fã dos outros jogos da desenvolvedora, e fui sem sequer saber o que esperar, já que vi tão pouca gente comentando sobre. E caramba, que bom que eu fiz isso, porque Quantum Break é excelente.

Os pontos principais dele são a história (que respeita e compreende perfeitamente o que viagem no tempo implica, sem nunca ignorar o princípio da consistência de Novikov) e a identidade visual. Não sou de ligar pra gráfico, mas Quantum Break chama atenção pela criatividade da Remedy em representar visualmente o tempo "se quebrando", da maneira mais literal possível: Toda vez que há alguma distorção no tempo em Quantum Break, as coisas parecem estar se fragmentando em milhares de cacos de vidro caleidoscópicos, e isso vem acompanhado de vários efeitos visuais extremamente bem feitos e bem pensados. Esse jogo é um espetáculo aos olhos.

Infelizmente ele ainda tem o mesmo problema que eu identifico em outros jogos da Remedy: Apesar da história muito bem escrita e de mecânicas inovadoras, o gameplay é bem repetitivo ao longo de toda a campanha. Depois que você joga uma hora, você já sabe como vão ser todos os combates do resto do jogo, bem como as partes mais calmas focadas apenas em exploração.

Pessoalmente, não achei esse problema tão sério em Quantum Break; meu interesse na história, bem como as pausas bem colocadas entre um momento de ação e outro, deram uma boa amenizada nessa repetição, e completei o jogo em 2 dias sem nem perceber. Ainda assim, não dá pra fingir que o combate não fica cansativo depois de um tempo (por mais divertido que seja brincar com os poderes temporais do Jack, o protagonista).

Enfim, no geral, tem seus problemas, mas os mesmos são facilmente ignorados diante de tudo que Quantum Break executa bem. Sei que algumas pessoas não curtiram o jogo intercalar cada capítulo com pequenos episódios em live action, mas eu achei a ideia bem bacana, e a Remedy fez uma excelente escolha pro elenco de cada personagem.

E talvez eu esteja pedindo demais, mas com o anúncio recente de um Alan Wake 2, quem sabe não role um Quantum Break 2 também? Resta torcer :b

Reviewed on May 07, 2023


5 Comments


11 months ago

Vi aqui que tu jogou o port pra Windows, que provavelmente é o que vou jogar também. Quais os problemas dele, o que ele tem de ter sido feito aos trancos e barrancos?

11 months ago

Então moço, basicamente ele é extremamente mal otimizado, tanto que por padrão ele tem uma opção de upscaling (parecida com o FSR/DLSS) que já fica ativada. Sem ela, o jogo chega a ser mais pesado que Control. No meu PC rodou de boa com tudo no máximo, mas a placa de vídeo esquentava pra caramba, tipo 80º a maior parte do tempo (tenho uma RX6600). Pra um jogo de 2016 acho isso bizarro kkkkkkk, mesmo que ele seja muito bonito, parece um caso igual o AC Unity, que foi "feito pra hardware futuro". Eu também tive uns problemas em que as vezes o jogo não reconhecia meu controle e eu tinha que reiniciar, mas foram poucas vezes.

11 months ago

Eita! XD

Valeu aí pela resposta! ^.^

5 months ago

o que tu acha de decidir o desafio que vai enfrentar baseado nas escolhas do vilão?

4 months ago

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4 months ago

Nem sabia que tinha isso :y Ou não lembrava, fazem meses que eu zerei.