Rance Quest é um projeto muito corajoso, ainda mais levando em conta os dois últimos jogos, que são aventuras com escopos gigantescos ainda mais se tratando do acontecimento no jogo anterior. Porém, Rance Quest não se importa muito em lidar com isso por agora e faz um jogo com grande foco em slice of life e que, por grande parte do tempo não existe realmente uma ameaça que deve ser detida ou seja, o jogo é ruim? De forma alguma.

Esse jogo consegue segurar a bronca trazendo uma abordagem mais humana para o personagem do Rance. Muito daora ver ele sendo amigo, namorado (daquele jeito dele óbvio), curtindo os seus hobbies e até sendo um pai. Esses momentos acrescentam demais na experiência me peguei com um sorrisão no rosto na maioria desses momentos e quando se trata de um lado mais sério do personagem, é espetacular ver como a maioria dos desvios que encontramos na trama são causados pelo medo que o Rance tem de não conseguir salvar a Sill obviamente, existe o lado cômico nesses momentos, mas saber que no fundo que o Rance tem esses momentos de insegurança enriquecem demais o personagem.

A storyline do Magnum me surpreendeu bastante. Eu não esperava que a abordagem sobre os deuses e a fé seria tão interessante. O jogo político por trás da escolha do Papa, a abordagem sobre até que ponto é saudável seguir 100% os dogmas de alguma coisa, a decepção religiosa e o impacto disso na pessoa, tudo isso ser transmitido a partir da Crook e da vilã tornam a discussão muito interessante de se acompanhar. O terreno para Rance IX finalmente tá preparado, tô muito ansioso pra ver a progressão da história.

Agora sobre a gameplay, eu achei legal no começo, tem muito daquele negócio de você administrar seus recursos, só que depois de um tempo fica um saco. Teve uma hora que eu cansei e coloquei no TADA MODE pra agilizar as coisas. A exploração das dungeons no geral é daora, tem algumas que têm muitos segredos que incentivam você a rejogar pra pegar tudo e tem eventinhos que só triggam se tu refizer elas, então dá um fator replay legal

Ok, então por que não 10? Bem, esse jogo é o que tem mais foco nas h-scenes e meu amigo, a maioria delas são um lixo completo. Eu consigo te dizer de cabeça 2 h-scenes que eu realmente gostei porque o resto, na grande maioria só são um amontoado de fetiche que não acrescentam em nada. tem personagem que só é introduzida pra ter a h-scene, depois a relevância dela cai pra 0 porque nem função na tua party ela vai ter.

As CGs variam de lindas pra horrorosas, mas tô curtindo essa experimentação que o ORION tá fazendo no seus designs tem que experimentar mesmo, tem muita coisa bonita nesse jogo e as OSTs tão ótimas. O último trabalho do SHADE na franquia não tinha como decepcionar, curto demais a vibe retro que as OST trazem, mas quando precisa ficam épicas e emotivas. Se despediu com chave de ouro.

No geral, Rance Quest foi um jogo muito divertido de se acompanhar. Ele é meio que o último descanso que a gente vai ter, levando em conta que os próximos títulos são os capítulos finais da franquia. Adorei cada momento bobinho que eu tive com esses personagens e apesar de seus problemas, foi uma boa leitura

Sengoku Rance tinha uma missão complicada: continuar o legado do jogo anterior, que havia expandido o mundo e debatido seu tema de forma excepcional. E você acredita que eles conseguiram fazer melhor? Sengoku Rance traz uma gameplay tática com elementos de Management Game que consegue ser divertida e viciante ao mesmo tempo. É muito foda como você consegue passar por diversas situações com diferentes tipos de estratégias Isso dá um fator replay incrível. O jogo também traz uma mecânica de exploração de dungeons que honestamente, eu ignorei 80% do tempo. Não é muito divertido explorar elas sendo bem sincero.

Sobre a história, ela é do caralho. JAPAN é um país completamente dividido, onde cada estado tem sua história e cultura própria usando de seus líderes para trazer as discussões a mesa. Muito foda como ele consegue falar sobre racismo, a consequência da ganância por poder, a importância de um símbolo e os males da guerra e diversos outros temas de uma maneira engajante, nunca deixando a peteca cair. O elenco no geral ta muito bom, principalmente se tratando dos representantes dos reinos. Porém, por ser um jogo grande, ele tem muitos personagens bosta que só servem pra fetiche puro. Inclusive, o jogo não consegue validar a existência das meninas principais estarem nesse jogo, pois todas só repetem temas que já foram abordados no jogo anterior, pra no final se mostrar uma maquiagem pra colocar uma hscene okzinha no final dos seus clears. Aproveitando a deixa e falando das hscenes, sendo um jogo da franquia, na grande maioria das vezes as hscenes são boas. Porém, tem muita hscene nojenta fetichista, completamente descartáveis. Sobre as rotas, que tristeza falar disso, são rasas demais, considerando a riqueza da true não são divertidas de se fazer, e o pacing é uma merda (tirando a da Kenshin, o IF dela é bem legal). Se eu soubesse que elas seriam assim, nem teria feito fds

Falando sobre a arte, o ORION mais uma vez teve um salto na sua arte, com um char design fodao tendo um monte de CGs lindos dignos de wallpaper. E mais uma vez o SHADE faz uma OST PERFEITA. Impressionante como casa com o clima do jogo, as vezes me pego cantarolando algumas.

Sengoku Rance foi mais um grande passo na franquia. Acho lindo como o universo ta se acumulando aos pouquinhos a cada jogo, construindo algo maior, mas não necessariamente se prendendo a um plot hiper complexo. É simplesmente um aglomerado de boas ideias e criatividade. Eu amo demais essa franquia.

Incrível como esse jogo consegue fazer um puta comentário político interessante e ainda consegue manter o bom humor que a franquia sempre teve, mas o que mais amei em Rance VI é o foco nos relacionamentos e interações dos personagens. Os dramas são incriveis, valeu demais fazer as sides e o que dizer sobre o Rance? A dualidade que esse cara carrega sempre me pega, e nesse jogo isso conseguiu ficar mais foda. vtnc meu elenco favorito no geral, amo demais esses personagens.

Nem tudo são flores infelizmente a gameplay cansa depois de um tempo, e a progressão é horrível, mata demais o pacing da história, e eu ser obrigado a capturar todas as gal monsters pro true ending é ridículo. Não fode Alicesoft.

Só para deixar claro, essa review é baseada nas rotas da Yuki e da Rina. Pretendo fazer as outras e caso eu não fique com preguiça, eu atualizo essa review falando delas mas eu duvido que eu tenha esse animo ent fds

White Album 1 é uma obra que tem bons picos, mas falha bastante em manter uma consistência por conta do seu sistema de dating sim, que parece mais encheção de linguiça do que realmente uma mecânica que serve para aprofundar seus personagens e às vezes até atrapalha na hora de transmitir um senso de urgência. Por exemplo, na rota da Yuki, fica muito difícil sentir a solidão e a impotência que ambos estão passando, porque em 70% do tempo eu tava pulando os dias para finalmente ter a oportunidade de avançar na história e ver esses conflitos sendo finalmente colocados na mesa "Ok, mas e quando esses conflitos finalmente são abordados, como é?" Vão de legal para muito bom as vezes muita coisa não tem o seu devido peso por conta dos problemas que eu pontuei ali, mas cara, tem umas cenas que realmente te fisgam e vc consegue sentir o peso que está sendo passado ali. O casal em si é bom, a jornada deles reencontrando aquele amor adolescente que parecia ter sido perdido, as necessidades e inseguranças sendo postas à mesa são o que fazem essa rota bem legal. Ah, e falando sobre a cena de sexo (só deixando claro que a cena não é explícita, a CG foca no rosto da personagem, mas obviamente dá para saber o que está acontecendo ali), ela funciona muito bem fiquei ate surpreso ainda mais vindo de vn

Agora, falando sobre a rota da Rina, ela sofre dos mesmos problemas da rota anterior, a diferença é que, caso você esteja fazendo ela depois da Yuki (que é o recomendado, btw), você tem a possibilidade de pular mais coisa, deixando o processo de chegar nos eventos importantes menos maçante. A rota da Rina tem uma abordagem bem legal. Ela é uma personagem que já está inserida no cenário de idols há mais tempo, então sua imagem já está construída, e essa figura é de uma pessoa perfeita, sendo assim Rina não pode demonstrar fraqueza de nenhuma maneira, por conta dessa sua figura idealizada. Acho muito foda como essa rota discute suas frustrações, ansiedades e anseio por coisas simples que estão sempre ao alcance de pessoas que não fazem parte dessa realidade. É uma rota que serve muito bem como contraste à rota da Yuki ent recomendo fazer ela dps de concluir a rota dela

Agora, falando sobre a parte NTR, ela foi responsável por proporcionar a melhor cena da obra para mim. Não vou entrar em detalhes, mas que cena pica do caralho, vale a pena ler só por ela. O sentimento de culpa que essa cena passa é incrível aqui os cara foram pica tenho que admitir

Sobre a produção, vou ser bem breve. Tem umas CGs lindíssimas, uma soundtrack que mesmo simples, é bem agradável de escutar, os sprites animados, eu não sou muito fã mas as vezes são bem utilizados, e os backgrounds variam bastante de ok para lindos.

No fim, White Album 1 foi uma experiência legal mas eu esperava um pouco mais, especialmente vendo o potencial que a obra demonstrou ter muitas vezes, mas infelizmente nunca alcançando totalmente. Não vou dizer que não valeu a pena, porque com certeza valeu apesar de sua mecânica de dating sim estragar muito o ritmo da obra, suas qualidades conseguem fazer ela sair com um saldo positivo

Hotline Miami 2 é um jogo estranho. De um lado, temos uma história que consegue conectar o arco de cada personagem de uma maneira muito foda, com uma sátira à violência, nacionalismo e aos fãs da franquia. Porra, então esse jogo é melhor que o primeiro, né?

Não, absolutamente não. Os desenvolvedores tiveram a grande ideia de aumentar os mapas e inimigos por fase, o que acaba piorando o design dos níveis, porque às vezes você vai morrer para um inimigo que nem estava na sua visão, ou uma horda de cachorros vai para cima de você e a chance de reação vai para o lixo. Certamente, esse jogo quer ser frustrante para a mensagem ser passada com mais eficácia, porém a grande maioria dos níveis tem um design tão sem graça que aquela sensação de satisfação de concluir um level não existe.

pqp eu nao tava esperando isso aqui nao viado VAI SE FUDERR

Eu sou grato pela existencia desse jogo, se nao fosse por ele eu nao teria ido procurar mais sobre a franquia que hoje é uma das minhas maiores paixões.

Obrigado e vai se fuder Resident Evil 6