This review contains spoilers

Marvel's Spider-Man Remastered é definitivamente um jogo, ele não é perfeito, também não é ruim, ele simplesmente vive em um estado em que seu conteúdo é presente em excesso, ao mesmo tempo que ainda falta conteúdo nele para eu considerá-lo um jogo realmente ótimo. Vamos falar um pouco da história, enquanto uma boa parte das mídias que focam no Homem-Aranha procuram mostrar sua origem, esse jogo já nos entrega um Homem-Aranha não só experiente mas também que já tem diversos e inimigos, onde inclusive maior parte deles já foi derrotado anteriormente por ele. E isso é definitivamente muito bom, além disso o jogo complementa muito bem a história com a gameplay, diversos acontecimentos da história tem efeito na gameplay, como por exemplo quando você vê os demônios pela primeira vez e eles começam a colocar seu plano em ação eles também começam a aparecer como possíveis eventos aleatórios nas ruas, o que complementa bem a seção de jogatina. Enfim, a história é definitivamente um ponto forte, e é até mesmo capaz de criar fortes laços emocionais com seus personagens.

Mas Spider-Man sofre com um gigantesco problema, sua gameplay, mas vamos falar primeiro da parte boa, que é o Web-Swinging, cara acertaram em cheio nessa mecânica, durante minha vida nunca joguei muitos jogos de mundo aberto, mas os poucos que joguei normalmente faziam com que ir de um lugar para o outro (coisa que já é chata) pior ainda, mas em Spider-Man, o simples fato de você estar jogando com o Homem-Aranha já melhora isso em 100% e quando você não só aprende mas finalmente começa a masterizar a parte do Web-Swinging a movimentação melhora ainda mais. Agora que eu falei da parte boa, vamos para as partes ruins e medíocres, que é basicamente todo o resto. Vamos começar pela variedade de combos, que é simplesmente risível, são pouquíssimos combos que são possíveis de se fazer, 90% do tempo você vai acabar por repetir o mesmo combo, e isso quando você não tiver jogando nas dificuldades mais difíceis porque o jogo vai ficar ainda pior, já que os inimigos não só vão ter altas chances de acertarem dois ou três ataques e zerarem sua vida, como também vão levar dois combos inteiros pra morrerem, e enquanto isso vai ter uns 3 caras no fundo te dando bala fazendo com que você tenha que ficar desviando ao invés de derrotar o inimigo. Já os bosses são todos medianos, na maior parte do tempo eles vão simplesmente repetir um mesmo ataque, e vez ou outra eles vão mudar de estratégia, mas é basicamente acertar um combo neles 5 ou 6 vezes e eles vão de base.

E por fim a pior parte, a parte do collectathon, tem tanta coisa inútil espalhada pelo mapa, que simplesmente vai transformar um jogo de 8 a 10 horas, em jogo de mais de 30 horas, e isso não é legal, é a mais pura encheção de saco, e fica pior ainda se você estiver jogando nas dificuldades mais altas, já que diversos coletáveis envolvem o combate com inimigos, e cara se tem algo pior do que ir de um canto a outro da cidade tendo que tirar foto de pontos turísticos é definitivamente ter repetir a mesma merda de desafio do Taskmaster mais de 10 vezes porque a porra do inimigo te deu um tiro da casa do caralho, quebrou seu combo e ainda por cima tirou 30% da sua vida e tudo isso fazendo com que você basicamente perca a maior pontuação do desafio por um erro bobo.

Apesar das minhas reclamações, o jogo ainda sim é muito bom, e eu posso dizer com certeza, que se ele tivesse uma maior variedade de ataques (os dispositivos não contam, porque não funcionam em alguns inimigos, e ainda por cima são extremamente limitados em relação ao uso), metade ou até menos da quantidade de coletáveis, desafios mais justos e com pontuações que não forçacem a quase perfeição e outras coisas do tipo, o jogo facilmente seria um 9 ou até mesmo um 10 de 10. Mas mesmo com seus problemas eu ainda sim vejo como muitas pessoas podem gostar do jogo e quase tudo que ele tem a oferecer. Só tem uma única coisa que simplesmente não tem salvação.

As DLCs. O jogo recebeu 3 DLCs que servem como uma expansão direta da história principal, e olha, não tem nada de bom nessas DLCs, mas vamos com calma. Primeiramente temos os novos inimigos, sendo sincero, os inimigos do jogo normal já não eram criativos e acabavam sendo bem repetitivos, mas no caso da DLC eles deixam de ser repetitivos e passam a ser insuportáveis, por exemplo os caras grandões do jogo original causavam muito dano mas eram paráveis com teias assim como todos os outros, agora quando eles tem uma minigun, eles não só conseguem atirar durante um longo tempo e a longa distância, como tem mais vida e te obrigam a usar os seus dispositivos pra dar stun neles e ter alguma chance de dano. Outro inimigo insuportável são os caras com jetpack e escudo, que simplesmente são extremamente rápidos, também não podem ser parados com teias normalmente, quase nenhum dispositivo funciona neles e ainda por cima deixam áreas que causam muito dano no chão. Sendo assim inimigos que antes eram só repetitivos, agora também vem aos montes e caso você esteja em uma dificuldade mais alta tem ainda mais chance de matar você, se você apertar o botão de dodge milésimos atrasados.

Já a segunda parte ruim das DLCs é a história, enquanto no jogo original a história era a melhor parte do jogo, aqui ela não é só chata, como ela simplesmente pega diversos pontos desenvolvidos no jogo base e SÓ JOGA FORA. E a pior parte dessas DLCs são os personagens o Hammerhead é completamente sem graça e quando você compara ele com o Otto ou até mesmo com o Li você tem uma queda tão bruta em qualidade de vilão que chega a dar medo. A Silver Sable que no final do jogo base começa a confiar no Homem-Aranha agora precisa de dois dos três episódios da DLC e ainda por cima ser torturada pra começar a confiar no Homem-Aranha de novo, e do nada só leva ele pra base super secreta da Sable. Já a Yuri simplesmente muda 100% da personalidade, ela pode até ter suas motivações, mas a velocidade que isso acontece é quase de dia pra noite que não importa a motivação, o sentimento é que a mudança foi forçada. A MJ e o Miles simplesmente tem tempo de tela negativo, e pro caso do Miles eu até entendo já que o mesmo recebeu seu próprio jogo não muito tempo depois mas a MJ não recebeu nada e pra um personagem tão importante na história principal e ainda mais que no final do jogo ela volta com o Peter, ela simplesmente falta com importância. E por fim a Black Cat que era suposta de ser super importante desaparece no fim da primeira DLC e só vai reaparecer na metade pro final da terceira, todo o foco nela na primeira DLC, vai pro ralo quando literalmente ela tem zero importância, fora uma cena onde ela salva o Peter.

Fora isso ainda por cima, a parte de collectathon é só mais uma repetição do conteúdo do jogo base, todos os desafios da Screwball são não somente sem graça, frustrantes, e uma cópia dos do Taskmaster, como a porra da personagem também é só completamente irritante e sem sal. Já as bases e os crimes pela cidade são a mesma coisa do jogo base, só que agora ainda mais difíceis por causa dos inimigos OPs. A única coisa de diferente são os coletáveis de história presentes na primeira e na terceira DLC, que são minimamente interessantes e dão um pouco de desenvolvimento aos personagens que estavam precisando disso, mas assim como eu disse, eles só estão presentes na primeira e na terceira DLC, então nem as partes boas são constantemente boas nessas porcarias de DLCs.

Sendo totalmente sincero, se você não for como eu e não liga pra qualquer tipo de Platina ou coisas do tipo, faz um favor a si mesmo, jogue só o jogo base, ou caso você realmente queira jogar as DLCs, jogue no modo normal, porque se tem algo que eu tenho certeza é que os desenvolvedores quase não testaram os modos mais difíceis de tão injustos que eles chegam a ser. Mas caso você realmente queira jogar no modo Ultimate minha única recomendação é fazer isso no New Game+, por que eu posso não ter experimentado jogar o jogo no modo Ultimate desde o começo (sem nada), mas eu tenho certeza que deve ser no mínimo um inferno, e que provavelmente vai te fazer odiar o jogo.

This review contains spoilers

Shadow of the Colossus é um jogo único, poucos são os jogos que tem tamanho reconhecimento e não vou ser eu que vou falar mal dele, não de 100% do jogo, porque, PUTA QUE PARIU, SotC sofre com várias decisões horríveis, principalmente em relação ao design de alguns colossos finais. Mas vamos fazer assim, vou falar um pouco sobre cada colosso e depois vou falar um pouco do jogo no geral. Então vamos na ordem.

Valus - O primeiro e mais famoso colosso, facilmente um dos melhores do jogo, ele é bem simples, e apesar de não fazer muita coisa ainda sim é muito bom, especialmente se for sua primeira vez jogando e você ainda não tiver se acostumado com os controles é muito fácil de ele te dar certa dificuldade sem deixar você confuso ou tirar uma mecânica do rabo.

Quadratus - Por ser o segundo colosso, Quadratus acaba sendo fácil demais, nesse ponto você provavelmente já entendeu como lutar contra os colossos sem tomar dano por ser pisado e coisa do tipo, mesmo assim, o segundo colosso adiciona algo novo que é o sistema de ponto fraco, que daqui pra frente acaba ficando bem comum, ou seja assim como o primeiro, esse serve basicamente como um tutorial.

Gaius - O terceiro colosso, é interessante, ao mesmo tempo que é bem irritante, a plataforma em que lutamos contra ele é bem pequena, e os ataques dele sofrem com o maior problema de SotC que a hit-box que não faz sentido algum, apesar desses defeitos ele não chega a ser um boss ruim. Ainda por cima esse é o primeiro boss que adiciona fases, que precisam ser resolvidas através de um mini puzzle, mas no caso dele pela arena ser reduzida e só termos um ponto de importância, ele acaba servindo perfeitamente como mais um tutorial e ao mesmo tempo que serve como um aumento na dificuldade.

Phaedra - O quarto colosso, é o primeiro colosso que eu diria que é fraco, e não no quesito de dificuldade, mas sim da luta contra, se você se esconde e vai fazer o que é suposto para atacá-lo ele simplesmente começa a pisar no chão, e te dar dano, mesmo você estando dentro da caverna, e quando você sai e então vai pra trás dele ele só agacha e deixa você subir, se não fosse a hit-box sem sentido das pisadas dele, esse seria facilmente o boss mais fácil do jogo, mas pelo menos ele não é chato só não chega no nível dos anteriores.

Avion - O quinto colosso, é muito bom, ele é o primeiro que talvez te faça pensar um pouco antes de conseguir lutar contra ele, mas quando você entende que é só chamar a atenção dele e pular na hora certa, ele acaba caindo um pouco de nível, mas em compensação por ser o primeiro colosso voador ele acaba por ganhar uns pontinhos de "coolness".

Barba - O sexto colosso, é facilmente o mais sem graça do jogo, sua arena é literal uma linha reta com paredes pra atrapalhar o Wander de chegar no final da sala, além disso, Barba é basicamente só uma re-skin do Valus só que com... UMA BARBA, sério, fora isso ele não tem nada de original e é só sem graça.

Hydrus - O sétimo colosso, é interessante, ele é o segundo colosso que enfrentamos em uma arena de água, mas é o primeiro colosso que realmente está dentro da água, já que o outro era o Avion que voava. O Hydrus é de certa forma fácil, mas não idiota, é bem possível perder pra ele, mas seu maior problema provavelmente vai ser ficar sem energia e desgrudar dele, mas fora isso ele acaba por ser de boas, no final nem fede, nem cheira.

Kuromori - O oitavo colosso, e o primeiro colosso que pode realmente te dar uma luta de verdade, parece que todos os colossos pequenos tem a maldição de serem mal pensados, dos 3 Kuromori é o menos pior, a luta dele acaba por depender demais do colosso resolver parar de atirar e começar a escalar, e pra piorar os tiros dele explodem e causam dano por tempo, ou seja, tem chances de você morrer e nem notar porque ainda por cima, a hit-box continua horrível, com altas chances de você levar dano pelo veneno que foi tacado no andar de baixo do seu. A luta realmente pode te dar trabalho, mas mais pela enrolação e pelo veneno do colosso, do que por ser uma luta bem planejada.

Basaran - O nono colosso, é insuportável, não é o pior, mas chega perto, imagina ter que depender, não só do colosso ficar no lugar certo, mas também do gêiser ativar, ao mesmo tempo que você tem que desviar das explosões que ele lança a cada 5 segundos, que também acertam você mesmo não passando nem perto, tudo isso pra você derrubar ele e ter uma chance de subir, e pra piorar, se você não souber como subir, ou se acabar caindo, se vira, porque vai ter que fazer tudo de novo.

Dirge - O décimo colosso, é o primeiro colosso onde é obrigatório lutar em cima da Agro, e cara, ele só não é o melhor colosso por causa da arena, porque apesar dela ser grande a velocidade da Agro e o fato de ter que ficar mirando com arco faz com que constantemente você bata nas paredes ou em alguma estrutura na arena, apesar disso, o Dirge consegue ter facilmente uma das lutas mais interessantes até o momento.

Celosia - O décimo primeiro colosso, e também conhecido como o pior colosso, nada dele é bem pensado, vamos em ordem, primeiro seus ataques, eles são rápidos demais e ainda por cima ele consegue mudar a direção mesmo estando muito perto de você, ou seja não basta o dodge roll do Wander não funcionar pra desviar dos ataques dele como quando o Wander levar o ataque ele mal vai conseguir levantar a tempo de ir pra longe e evitar outro ataque, criando uma luta injusta, fora a parte de fazer ele cair e então ter que subir nele pra dar um total de DOIS ataques e ele morrer, ele entra na lista como um dos piores se não o segundo pior colosso do jogo inteiro só talvez perdendo pra um mais na frente.

Pelagia - O décimo segundo colosso, é demorado, sem um guia ou conhecimento prévio é simplesmente impossível de saber que você tem que, entrar na água, nadar com o R1 pressionado até as costas dele, subir nas costas dele, levar ele pra uma das plataformas elevadas, pular na plataforma elevada, atiçar ele, pular no peito dele, e então atacar o ponto fraco dele, só pra quando ele chegar na metade da vida, ele voltar pra água e fazer você repetir isso tudo de novo, a luta dele é boa, o problema que se você não souber o que está fazendo ela simplesmente fica insuportável, ainda mais que uma boa parte do tempo você vai estar na água.

Phalanx - O décimo terceiro colosso, também conhecido como não só o melhor colosso de todos, mas o mais interessante, maior e simplesmente incrível. Sua luta é facilmente a mais bem feita do jogo, isso até mesmo levando em conta que ela se passa boa parte em cima da Agro. Correr pelo enorme deserto, enquanto persegue um colosso gigante e quando você finalmente derruba ele, você tem que pular da Agro pra asa dele. O único problema é que ele acaba sendo repetitivo já que você obrigatoriamente precisa de repetir a fase de derrubar ele três vezes, mas FODA-SE, o Phalanx é bom demais, se tinha algum colosso bom, o Phalanx é melhor e se tiver um melhor mais pra frente, independentemente. O PHALANX É MELHOR.

Cenobia - O décimo quarto colosso, apesar de ser um dos pequenos, ele não chega a ser ruim, ele só é um pouco repetitivo, especialmente, porque a luta é basicamente pular de pilar em pilar até você finalmente conseguir quebrar a armadura dele, em si, a luta não é ruim, mas acaba sendo bem repetitiva.

Argus - O décimo quinto colosso, a luta tinha tudo pra dar certo, se ela tivesse menos bullshit aleatório espalhado por ela, desde a hit-box quebrada de sempre, o fato de que você tem que fazer ele acertar áreas específicas pelo menos 3 vezes durante a batalha, ter que não só acertar sua cabeça QUE O ARROMBADO NÃO DEIXA PARADA POR 5 SEGUNDOS, mas também ter que acertar a mãozinha dele. Tudo isso faz com que a luta simplesmente se estenda, sendo que se ela fosse menos complexa ou se o Argus simplesmente não balançasse tanto, definitivamente seria uma luta bem melhor.

Malus - O décimo sexto colosso, imagina o hype de ver um colosso de quase 150 metros, depois de finalmente derrotar os outros 15, seu corpo sendo consumido pelas sombras, você acabou de perder seu cavalo e agora temos a maior luta de todos os tempos. É uma pena que a luta é simplesmente uma decepção, vamos começar pela fase de longe, ele fica tacando explosões na sua direção enquanto você vai indo de cover em cover, essa parte não é ruim, só é meio chata, especialmente pelo problema das hit-boxes. Já a segunda parte, puta que pariu, os caras definitivamente não testaram, porque o pior modo de escalada é o baseado em pulos, e olha só, você tem que subir a porra do colosso inteiro na base do pulo, E SE PREPARA, porque você vai cair, uma, duas, três, quatro ou até mais vezes, você não vai morrer in-game, mas vai querer morrer na vida real. E pra piorar quando você finalmente pode subir nos pelos dele, vem a parte que você tem que literal descobrir que você tem que acertar o ponto fraco na mão dele, e então acertar uma flecha no ombro dele pra finalmente subir na cabeça dele e matá-lo. Quando você vê o Malus pela primeira vez você acha que ele vai ser o colosso mais foda, só pra então ter uma das prováveis piores experiências do jogo.

Alguns pontos sobre o jogo, as história é críptica, desde os motivos pra você estar ali, até qual o motivo por trás da existência tanto da Forbidden Lands quanto dos próprios colossos, tudo isso simplesmente não é explicado no jogo, e sem dúvida alguma essa é uma das melhores partes do jogo. A curiosade pode ter matado o gato, mas o que trás vida a comunidade de SotC é a curiosidade das pessoas, toda a busca pelos outros colossos apagados, áreas inexploradas, tudo isso trás uma certa excentricidade a comunidade de Shadow of the Colossus que simplesmente não existe em quase nenhuma outra comunidade do mundo dos games.

Se tem algo icônico em SotC é sua gameplay, derrotar colossos enormes, enquanto você tenta escalá-los, e usar somente sua espada, arco e as vezes até mesmo o cavalo, a gameplay é extremamente divertida, é simplesmente chocante quão bom a gameplay consegue ser, mas ao mesmo tempo tem certos momentos que a vontade é só de morrer, se você leu minhas mini reviews sobre as lutas você deve ter notado que eu reclamei principalmente das hit-boxes, que são muito maiores do que os ataques, fazendo assim, com que múltiplas vezes durante o jogo, você simplesmente seja arremesado, leve dano e outras coisas mais, quando simplesmente um colosso ataca uma área que nem tá tão perto assim de você. Mas é só essa minha reclamação sobre a gameplay, de resto é inegável quão icônica ela é e especialmente quão boa ela é pra um jogo de 2005.

A música de Shadow of the Colossus é outra parte icônica do jogo, apesar de boa parte da trilha sonora ser composta por músicas ambientes, quando a parte foda da trilha sonora chega, ela chega pra botar o pau na mesa, se você já viu algo de SotC você provavelmente já escutou "The Opened Way" e apesar de não termos tanto bangers quanto essa, ainda sim, a trilha sonora é realmente muito boa.

Os gráficos são impressionantemente bons, especialmente pra um jogo de PS2, apesar do estilo artístico ser um pouco mais focado no realismo, o jogo ainda é consideravelmente muito bonito, especialmente os colossos, que por serem monstros gigantes, simplesmente não envelheceram sequer um minuto desde o lançamento do jogo. Apesar de não ser perfeito os gráficos ainda são lindos e mesmo podendo ser considerados um pouco vazios demais, todas as áreas do jogo simplesmente passam a exata vibe que ele procurava, que é essa sensação de um lugar abandonado, não só pela humanidade, mas até mesmo pela própria natureza.

Em geral Shadow of the Colossus pode ser resumido com uma pequena frase, "a good but flawed masterpiece", apesar de ser considerado uma obra-prima dos jogos de PS2, SotC tem suas falhas, se tem um sentimento que eu presenciei durante todo o tempo que eu joguei Shadow of the Colossus é que ele não é um jogo perfeito de cara, mas que cada vez que você joga ele, facilmente ele vai melhorando, especialmente quando se leva em consideração que diversos momentos do jogo onde que simplesmente não tem como sequer saber o que você tem que fazer, a menos que você tenha jogado anteriormente ou assistido uma gameplay de outras pessoas. Mas apesar de seus defeitos, Shadow of the Colossus é simplesmente uma obra-prima, e mesmo que você não ache que seja tão bom assim como eu também não achei, ainda sim SotC é definitivamente uma experiência essencial pra qualquer um se considera um fã de video-games.

This review contains spoilers

Persona 5 Strikers é um ótimo jogo, P5S é uma continuação que se passa algum tempo depois do Persona 5 e explora o grupo dos Phantom Thieves viajando através do Japão durante suas férias, ao mesmo tempo que eles tentam resolver um bizarro caso onde Jails, que são pedaços do metaverso semelhantes aos Palaces, começam a aparecer por diversas cidades, e não só tem poder sobre uma única pessoa, mas sim a capacidade de influenciar qualquer um que seja adicionado pelos Monarchs em uma nova rede social chamada EMMA tenham seus Desires roubados, e assim se tornando quase um zumbi que faz basicamente qualquer coisa que o Monarch mandar. A história definitivamente não deixa nada a desejar, inclusive os dois novos personagens que se juntam ao Phantom Thieves são facilmente uma das melhores adições do jogo.

Agora sobre a gameplay, P5S sofre com um pequeno problema chamado desbalanceamento, mesmo estando no nível correto para enfrentar a dungeon, constantemente você vai levar 1HKs completamente injustos e que a menos que você esteja com diversos itens no seu inventário (que não são reestocados constantemente) vai ter uma grande dificuldade de se manter nas Jails sem perder um personagens a cada sombra derrotada, apesar disso uma boa parte das sombras são bem de boas de se enfrentar, o único problema é realmente nos momentos em que aparecem sombras mais fortes que são basicamente mini-bosses ou sombras com pouquíssimas fraquezas e/ou diversas imunidades, e isso tudo somente na dificuldade normal. Não cheguei a jogar no hard mas o pouco que joguei do Merciless (a maior dificuldade do jogo) não tive tantos problemas, já que ela é exclusiva do New Game+, ou seja é recomendável que se esteja no nível máximo e com ótimos equipamentos, especialmente porque nesse modo, até mesmo as sombras que não tem nada de especial são capazes de te matar com um hit ou dois, mesmo com stats no máximo.

Falando um pouco sobre gráficos, Persona 5 Strikers, continua sendo um show a parte assim como seu antecessor Persona 5, a estilização e o estilo de arte único continua sempre presente, e mesmo em jogo Musou, onde a tendência é que sua tela fique sempre cheia de inimigos, é extremamente fácil de se achar e entender o que está acontecendo. Pode ter certeza, que se hoje P5S é considerado um jogo lindo daqui 10, 15 ou até mesmo 20 anos ele ainda vai ser considerado incrivelmente bonito.

A música de Persona continua sendo incrível, e simplesmente não tenho nada a comentar, a OST combina perfeitamente com os climas diferentes das cidades, além de complementar perfeitamente a temática de cada uma das Jails, além do mais os remixes de Last Surprise e Rivers in the Desert são simplesmente uma obra divina, e quem dirá as músicas novas como Daredevil e Axe to Grind, que mesmo tocando múltiplas vezes durante o jogo simplesmente não vão te cansar. A única reclamação que eu tenho com a Trilha Sonora é que na DLC que adiciona as músicas de batalhas dos jogos anteriores deveriam ter as músicas de Persona Q1 e Q2, além de talvez alguns remixes desses temas de batalhas, já que a variedade ajuda a não cansar das músicas, mas ainda sim poderia ser um pouco maior.

A minha única real reclamação sobre o jogo é o caminho para o 100%, 90% das conquistas do jogo são de boas, mas o maior defeito é a conquista de maximizar o BOND Level, que faz com que você tenha que chegar no nível 99 e que sozinho adiciona mais 20 a 30 horas, não de jogatina nova, mas de puro e insuportável grind, independentemente do lugar que você escolha grindar, vão ser centenas de vezes que você vai ter que matar o mesmo mini-boss pra ter a mínima chance de upar essa porcaria minimamente rápido.

No geral Persona 5 Strikers é um ótimo jogo com um tempo médio de gameplay de por volta das 40 horas, e que vai fazer bom uso delas, mas que simplesmente perdeu a mão na hora de fazer a platina, e transforma uma experiência quase perfeita em um jogo com quase o dobro do tempo e que não tem conteúdo o suficiente para isso.