7 reviews liked by thSheen


O melhor de Dark Souls 1 está no quão difícil é não falar sobre Dark Souls 1.

Esqueça Lost Izalith Miyazaki; stand proud, you are a genius

O momento em que nos encontramos com Vendrick pela primeira vez talvez seja minha parte favorita de qualquer jogo da FromSoftware.

O universo é realmente inevitável

É um metroidvania interessante, possui um universo original e uma historia bem emocionante.

Mas sofre de certos problemas, como a pouca variedade de inimigos em cada mapa, tornando todos os desafios repetitivos, em todas as 8 áreas elas só disponibilizam 4 tipos de inimigos... É só isso, nem para ter cerca de 50-60 obstáculos diferentes. Infelizmente isso também fica no mapeamento do jogo, onde quanto mais você anda você percebe que não há variedade de um local diferente do anterior ou divergente, fazendo com que boa parte das áreas sejam esquecíveis, aprecio como um plano de fundo é criado durante um mapeamento de metroidvania mas aqui ele se tornou tão presente a ponto de eu perder o tesão que tinha por toda a arte "gótica" que eu pessoalmente gosto muito, eles continuam bons no geral mas uma pena ser tão limitado.

A trilha sonora é decepcionante, sei que é um assunto subjetivo mas senti que todas elas duravam cerca de 30 segundos e ainda assim entravam em loops constantes a todo momento, alguns não chegavam a irritar, por serem osts calmas e outras me coçaram a cabeça, no geral acabou que a ost é muito esquecível, triste, nada que me fizesse pesquisar após horas jogando. Porém queria desabafar o quão inútil é metade do shop do jogo, os frascos que enchem sua vida e energia são de boas, porém em relação ao deposito de almas e apagador de memorias... Uma completa perda de tempo, me vi upando o primeiro pra depois eu receber uma recompensa fraca em side-quest, talvez sua única função seja expandir o numero de almas coletadas, ainda assim só recomendo ir até 6 almas, mais que isso só mostrará uma progressão mais chata para o jogo, já que você precisará upar suas habilidades o quanto antes para futuras progressões, além de sufocante tira a fluidez da caça as almas que você encontraria por ai, não é recompensador.

O fato de você comprar uma planta que apaga suas memorias tambem é um item que me irrita, do quão inútil ele consegue ser, é até uma ideia interessante no qual você poderia tentar outras habilidades que nunca tentou, mas tudo isso se torna inútil logo quando isso bagunça o seu inventario e se você se arrependeu da compra, não pode voltar atrás porque esse jogo salva até o ultimo fio de cabelo o seu progresso automaticamente, por um lado é um mérito mas por esses motivos acaba incomodando, além de que a progressão gradual lhe mostra que conseguir esse item não vai ajudar em nada, poupe seu dinheiro com esse item se possível.

Seus personagens são muito divertidos, todos os npcs são carismáticos e memoráveis, era sempre divertido conversar com um após a mudança de um grande evento. As habilidades e armas também são bem boas e bem aproveitadas, todas as que você pegar terão relevância para outros obstáculos futuros nas fases, isso mostra que seu inventario não será de todo nulo, as batalhas de bosses se tornam bem mais divertidas com os usos e aprimoramento de cada uma.

No geral o jogo entrega uma bela historia sobre paternidade, em um visual bonito com conceitos de universo interessantes, mas uma pena que seu lado em exploração e musical é mal aproveitado, mas num todo tive um saldo positivo, irei acompanhar os futuros projetos do studio, pois tem potencial e espero que esse jogo sirva como uma ponte de aprimoramento para novas ideias.




Scorn

2022

Enfim lançou Scorn e... O jogo é incrível. Não acompanhei muito o desenvolvimento do mesmo e só fui saber da existência pelo tweet do Th, e por eu curtir bastante qualquer coisa com uma estética edgy e focada no terror me interessei pelo game.
Eu não sou muito fã de jogos focado em Puzzles, sempre acho muito chato e fico entediado bem rápido. Felizmente os puzzles de Scorn eram interessantes e divertidos o suficiente para me fazer continuar com o jogo, além da sua faceta survival horror que te mantém focado a todo momento. Nunca há um momento de paz ou de segurança, o desconforto e o medo estão te atormentando a todo momento, a soundtrack atmosférica e o sound design impecável trabalham lado a lado pra ampliar essas sensações. Nunca tinha jogado algo que me trouxesse um medo genuino da parada, a atmosfera é perfeita em todos os sentidos. Em questão de lore e significado acredito que seja algo pessoal e fique à mercê do jogador interpretar de sua própria maneira. Enfim, joguem o jogo é do caralho, de fato uma experiência única e que vale a pena.

Eu realmente fui pego desprevenido pelo quão pateta é a execução narrativa desse jogo. Não só por ter um roteiro extremamente simplório, mas principalmente por ser cômico de tão tosco. Há cenas tão ridículas que parecem intencionalmente ruins, como o incrível momento da Ada ao fim da história.

E essas avarias não se limitam apenas às cutscenes, já que as mecânicas de gameplay também te enxurram com puzzles bestas, controles imprecisos, limitações consideráveis e horas de tomadas de portas abrindo. É notável o esforço dos desenvolvedores para dificultar a vida do jogador e tornar a exploração genuinamente inconveniente.

Porém, eu não enjoei.
Todo o tempo que gastei com essa aventura foi confortável e abdicado de bom grado. Pois, apesar de tudo, durante toda a campanha, eu me encontrava imerso na atmosfera fortemente cativante e deveras convidativa daquela icônica cidade.

Fiquei genuinamente impressionado ao descobrir que esse jogo foi lançado para a oitava geração de consoles, ainda em 2019, pois o trabalho gráfico é exorbitante.
Os personagens e monstros que movem-se vívidos na tela...
Os cenários belíssimos que os excêntricos ângulos de câmera ostentam...
A iluminação cuidadosa que muitas vezes se sobressaía na decoração...
Todos os aspectos visuais compõem um ambiente intensamente atraente e deslumbrante.

Devido a isto, criei legítima disposição em prosseguir jogando e desbravando os obstáculos bobocas que aquela cidade me apresentava, e descobrir o raso plot através desta atmosfera se tornou deveras agradável. O afinco em polir esse ar do jogo se provou extremamente frutífero e facilmente salvou a experiência com esse bobeirol que é a história de Resident Evil 2.