É um jogo imperfeito pra cacete, principalmente nos dias de hoje, mas a base dele é tão sólida que literalmente fundou a estrutura de jrpg que a gente usa atualmente.

A primeira metade do jogo eu acho particularmente fraca, essencialmente porque tendo um olhar geral das coisas, tudo o que você faz nessa parte do jogo é uma preparação pra segunda metade. O que não seria ruim (eu geralmente gosto de build up, quando eles não são chatos), se não fosse uma lista de tarefa sem graça e repetitiva que tu faz umas 15x num ciclo de 3 a 4 horas.

Dito isso, a segunda metade do jogo é bem melhor. Acho que o game design aproveita o fato de você ter setado todas as peças chave da história nas primeiras 4 horas, então o resto do jogo corre de um jeito beeeem melhor e mais suave. O senso de exploração e aventura é muito gostoso, principalmente prum jogo idealizado no nintendinho (joguei o remastake de SNES).

Acho que é isso. O grind me incomodou em 2 momentos específicos, mas a progressão no geral foi bem ok, esperava ser muito pior pelo que as pessoas falam. Recomendo esse jogo pra qualquer fã mais hardcore de rpg, ou qualquer pessoa que queira começar Dragon Quest e não tenha problema de ir pela ordem cronológica. Tenho muitas expectativas pro futuro da série, Dragon Quest II parece ser bem meia-boca, mas acho que depois daí a série deslancha legal.

Platinei hoje, por isso que loggei só agora.

Dito isso, já tinha zerado antes, peguei pra dar uma esquentada antes de Elden Ring, e pra jogar o Old Hunter que eu nunca tinha terminado.

Turns out que o Ludwig é provavelmente o ponto mais alto da From Software e o momento que define eles como empresa, sou muito grato por ter conseguido enfrentar ele 2x nessa jogada.

Tenho muito carinho com esse jogo por ele ter sido meu primeiro Souls (que eventualmente fez eu conhecer DS1, que é meu jogo favorito), e voltar pra ele depois de 2 anos sem zerar foi como redescobir minhas origens como jogador que me tornei por causa dessa série.

Não joguei muitos shooters bullet hell, mas o meu favorito (e principal referência) é Touhou 6. Comparando com Touhou, acho que Radirgy tem um lado mecânico até mais inventivo e criativo. Apesar do jogo as vezes ser frustrante, ele te mantém preso e entretido puramente pelo loop que ele cria com a dinâmica da espada e da barra do burst.

Meu maior problema com o jogo é que, ao mesmo tempo que tem um lado mecânico muito bom, sinto que peca um pouco na comunicação visual do bullet hell e na disposição dos elementos no cenário. Esse jogo grita anos 2000 tanto no modelo os objetos e personagens, quanto na estética geral, mas as vezes a parte artística entra em conflito com a jogabilidade, e te atrapalha de aproveitar o jogo 100%.

Em geral, ótimo jogo. Acho que foi um bom início pro meu ano com videogame.

I have tried to forget
All the pain and regrets
It's the last time
It's the last time tonight
As you hold me so close
In your arms I just know
It's the last time
And I'm strangely alright

Sayonara, Wild Heart..