This review contains spoilers

Um completo desperdício de potencial. Tinha tudo para ser o melhor Resident Evil já feito e acabou sendo um dos piores e, por muito, o pior remake da série. O que mais me irrita nisso é a preguiça que tiveram pra fazer o jogo, os devs se apoiaram demais na desculpa de “reimaginação” pra simplesmente ignorar muitas ideias boas que tinham no original, algumas não tão bem executadas, outras muito bem executadas.

Antes de começar a jogar, eu já tinha algumas expectativas, porque havia jogado o remake do segundo jogo, então sabia do potencial que esse jogo tinha. O início aumentou ainda mais as minhas expectativas, mostrando um bom exemplo de “reimaginação”, já que no original, o apartamento da Jill era apresentado apenas por fotos em uma cutscene, enquanto no remake você podia explorar o apartamento dela, lendo os arquivos e observando o estado psicológico dela e o quanto ela estava obcecada em desmascarar a Umbrella, além do jogo, visualmente e graficamente estar muito bonito.

Só que a parte boa já para por aí, fazerem o Nemesis ir direto até a casa da Jill, matarem o Brad do jeito mais foda-se possível, ignorando uma das cutscenes mais impactantes da saga, transformarem o Nemesis em um cachorro na metade do jogo, ausência da clocktower, do cemitério (com uma bossfight) e de alguns locais da própria cidade na primeira parte do jogo, ignoraram todo o aspecto urbanista do jogo original, repetindo praticamente a mesma fórmula do outro remake (RE2: RPD, esgoto e laboratório subterrâneo / RE3: Raccoon City, esgoto, hospital e laboratório subterrâneo) e a linearidade excessiva do jogo são alguns dos vários aspectos que poderiam ser melhor aproveitados no remake, mas escolheram ser ignorados. A primeira vez que zerei o jogo, demorei 6h, o que já é um tempo curto para um jogo de R$200+, já a partir da terceira vez eu estava fechando o jogo com mais ou menos 1h / 1h30 tomando todo o tempo para explorar e pegar itens extras.

No geral, boa parte das coisas que tem no jogo, eu gostei, como a reimaginação que fizeram do Carlos e as partes que você joga com ele, a primeira parte do jogo, aliás a única parte não linear, onde você tem que explorar a cidade com o Nemesis te seguindo, porém, tanta coisa foi ignorada e reduzida, que acabou fazendo com que o jogo não tivesse quase nada para apresentar.

Envelheceu bem mal, principalmente por causa de seus sucessores. Ele não deixa de ser um bom jogo, mas jogar só depois de ter zerado o Borderlands 2 meio que mudou completamente minha visão sobre ele e por isso tem muita coisa que eu acabei comparando com o sucessor, apesar de ter vindo antes. Mesmo assim, pra quem pretende começar a jogar a saga, esse jogo pode ser um bom aquecimento, principalmente se for com amigos.

Acredito que seja a maior unanimidade entre todos os JRPGs e com total razão pra isso.

O jogo possui um estilo e arte que até hoje servem de inspiração para outros RPGs e não importa o quanto envelhecem sempre serão lindos, os personagens são únicos e sensacionais, muito bem escritos, desenvolvidos e carismáticos. A história e narrativa se encaixam muito bem com os personagens e o pacing é perfeito para o desenvolvimento do plot, com um plot twist muito foda. Mesmo sendo um jogo de 1995 ele tem tanta coisa opcional a se fazer que nem parece um jogo de 32Mb e a trilha sonora é uma das melhores coisas que eu já ouvi na vida.

Simplesmente um dos melhores jogos que já existiram e já existirão na história.

Muito bom de jogar com os amigos, o problema é arranjar 8 ou 9 pra jogar com você, ainda mais hoje em dia que já tá saturado. No mais, jogar com os random é impossível.

Jogar Dark Souls pela primeira vez com certeza foi uma experiência única na minha vida e acredito que qualquer pessoa deva passar pela mesma. Para mim Dark Souls é o melhor jogo da trilogia e da FromSoftware que eu já joguei (ainda não joguei Demon's Souls, Sekiro nem Elden Ring).

O ponto mais alto do jogo definitivamente é seu level design e, principalmente, Firelink Shrine. As áreas do jogo são lindas, principalmente Anor Londo e Ash Lake e a forma como elas se conectam mostram um mundo que faz sentido. Firelink Shrine pra mim é o ponto mais alto do jogo, pela maneira como é apresentado, sendo o único lugar nesse mundo caótico em que você tem alguma paz, tanto que é a única área do jogo (além de Ash Lake) que tem música, e a forma como você vai parar em Firelink de maneira quase que natural conforme vai progredindo, encontrando e vendo partir os "amigos" que você vai fazendo ao longo de sua jornada é sensacional, os chefes são muito bem feitos e balanceados de forma que você tenha que, através de tentativa e erro, memorizar os padrões de movimentação e utilizar o cenário a seu favor para que você supere o desafio, a soundtrack dispensa comentários, é perfeita, os inimigos são posicionados de maneira estratégica para te pegarem de surpresa e te punirem por não prestar atenção ao ambiente e em boa parte do jogo os inimigos são únicos a suas áreas, quase que sem re-skin de mobs ou reutilização dos mesmos.

Durante a primeira metade do jogo e durante sua DLC, ele é perfeito, já na segunda metade, ele é sensacional, tendo, na minha opinião, uma área ruim com chefes realmente ruins mas que de maneira nenhuma estragam ou diminuem sua experiência.

Não tem muito o que falar, é basicamente a mesma coisa do jogo anterior, só que o arco que pegaram eu já não gosto tanto assim. No geral, um bom jogo, as únicas coisas que realmente me irritaram foram a tradução, que parece ter sido feita com pressa no Google Tradutor, e a luta final, que é desnecessariamente longa e insuportavelmente chata.

Peguei o jogo pela PS+ sem nenhum tipo de expectativa, apenas tinha me interessado pelo estilo de arte. Não só o jogo não me decepcionou como foi além, me prendeu tanto que em 3 dias já tinha platinado. Com certeza a melhor surpresa que eu tive em 2023.

O jogo é basicamente uma mistura de Zelda com a mecânica dos jogos Souls. O combate funcionou perfeitamente, é bem fluido e satisfatório, além de ter uma curva de aprendizado bem rápida, existe uma variedade razoável de inimigos, esses inimigos variando entre si em questão de padrões de ataque e dano/vida, os chefes são muito bons, tanto pela maneira como são apresentados e desenvolvidos como pela bossfight em si apesar de, para mim pelo menos, não apresentarem muito desafio. A trilha sonora é espetacular e funciona muito bem nos combates e, principalmente, na exploração, que é muito satisfatória e que te da de fato uma recompensa por fazer e desvendar tudo o que há pelo mapa. Eu gostei da história do jogo, apesar de não muito complexa, principalmente quando essa é complementada por um mundo cheio de segredos, com visuais lindos e personagens misteriosos e carismáticos.

Infelizmente não joguei os DKC na ordem de lançamento, então só tive a oportunidade de zerar esse com emulador, depois de ter zerado o 2 e o 3. É um bom jogo, mas acaba ficando muito na sombra das sequências.

Tudo funciona muito bem mecanicamente, a trilha sonora é boa e o jogo de certa forma é desafiador, principalmente nas fases de minecart. Achei os chefes muito fáceis e não muito elaborados, com exceção do último, as fases inicialmente são muito boas de se jogar, as ambientações muito bem feitas somadas a trilha sonora e ambientação acabam te prendendo facilmente, mas a partir do 3° "mundo" a fórmula de jogo acaba ficando repetitiva demais. Achei a questão da exploração de coisas extra dentro da fase, como os bônus, as letras K-O-N-G e os ícones de mascote, uma boa ideia, porém foi mal aproveitado, fiz os 101% do jogo e não senti que mudou tanta coisa ou fui recompensado por isso, comparado a ter zerado o jogo normalmente. Enfim, mesmo tendo seus defeitos acho um bom jogo que deve ser jogado.

REJECT HUMANITY RETURN TO MONKE

Pra quem gosta de Tower Defense é um prato cheio pra você gastar horas e horas. O jogo executa a fórmula de maneira impecável, mesmo sendo extremamente desbalanceado, e tem conteúdo de sobra, tanto para o casual com os mapas iniciante e alguns intermediários, quanto para os mais "hardcore" com os mapas avançados e expert, além do modo Chimps e os chefes. Extremamente divertido de jogar com os amigos.

Joguei esse jogo no singleplayer e com meu mano vodska. Não tem muito o que falar, em comparação aos outros acaba deixando um pouco a desejar. Apesar de curto, muito divertido e caótico.

"Juntos podemos construir uma ilha, criar uma comunidade, mudar o mundo... e até virar um icebergue. Pinguinando"

Pessoalmente, considero o primeiro Dark Souls o melhor da trilogia e até agora o melhor soulslike que já joguei (ainda não joguei Sekiro nem Elden Ring), mas, sinceramente, não tem problema nenhum alguém achar esse o melhor da trilogia. Apesar de não ser tão inovador quanto o primeiro e mais linear que os seus antecessores, ele executa toda a fórmula com perfeição e fecha a trilogia de maneira sensacional. Com relação as DLCs, segue todo o padrão de DLC de soulslike da From, ou seja, PERFEITO.

Definitivamente um dos melhores jogos de terror que já joguei.

Eu gosto como o jogo não se baseia apenas em jumpscares forçados e sem nenhum tipo de "setup" para eles, focando mais em um chocar o jogador com o ambiente em questão e tudo o que está rolando dentro dele. Quanto mais você vai adentrando o manicômio e descobrindo seus segredos obscuros, mais bizarro (no bom sentido) o jogo fica. A relação entre atmosfera e imersão que o jogo proporciona é incrível e isso somado a uma ambientação escura e claustrofóbica junto com os monstros que estão lá, somado ao fato de você não ter como se defender, apenas correr e se esconder, faz com que o jogador fique travado em algumas partes do jogo por puro medo e tensão em progredir.

Outra coisa que eu gostei também foi a forma como a câmera foi usada e aproveitada no jogo, que não foi só uma desculpinha para o personagem ter uma "lanterna". Você não só consegue gravar certos momentos específicos, como o próprio protagonista faz uma nota sobre a situação gravada, e uma coisa muito boa a se observar é a evolução (ou não) do estado psicológico do seu personagem, através dessas notas.

Minhas únicas ressalvas ao jogo são em relação ao seu tamanho, acho o jogo bem curto, o que não é necessariamente um problema, mas pelo jogo ser curto isso acaba limitando a exploração do manicômio, e a história, que não é lá muito original e bem escrita mas que acaba servindo de base para aproveitar a atmosfera e a ambientação em questão.

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A Sabotage não cansa de me surpreender. Peguei o jogo depois de zerar o Sea of Stars, por ser um jogo do mesmo estúdio e por ser uma espécie de sequência do último jogo lançado e me apaixonei de imediato por ele. Acho que por ter jogado o jogo depois do Sea of Stars, acabou sendo mais especial ainda pra mim, porque consegui pegar as várias referências e coisas em comum que esse jogos têm

Apesar de trazer uma sensação de nostalgia por ser um jogo com visuais retrô e ser uma clara e óbvia homenagem a Ninja Gaiden, The Messenger é um muito original, não precisando apelar necessariamente para nostalgia pra te prender ao jogo, sendo o principal motivo mesmo a sua gameplay e seu humor, que é potencializado por seus personagens e diálogos. O jogo em si é muito gostoso de jogar, ainda mais pra quem é fã do gênero plataforma, com fases bonitas, trilha sonora muito boa e seus visuais muito charmosos. Isso tudo acaba fazendo a gameplay ser bem fluida, porém não repetitiva, porque, além de conforme o jogador vai progredindo a complexidade e nível de desafios das fases vai aumentando, na metade da sua campanha, ele simplesmente se transforma em um metroidvania, reaproveitando tudo o que foi construído durante sua parte "plataforma linear", ampliando-o, o que achei uma sacada genial. Durante a parte metroidvania do jogo, ele se utiliza da mecânica de viajem no tempo, transicionando entre o passado "8-bit" e o futuro "16-bit" e isso é muito bem feito, com a mudança de visuais, trilha sonora e desbloqueando novas áreas, ampliando ainda mais o mapa em questão. Com relação aos chefes, nada que você não tenha visto ou feito em outro plataforma, porém não deixam de ser desafiadores e bem feitos. Os personagens são muito bons, extremamente carismáticos e os diálogos são bem feitos e engraçados, brincando bastante com vários clichês de jogos retrô.

Pra fechar com chave de ouro tem a DLC Picnic Panic, que é basicamente uma grande referência a vários jogos, não só plataforma como de outros gêneros, nada deixa a desejar.

2017

Uma das maiores decepções que eu tive nesse ano, me lembro de ter começado a jogar no ano passado e dropado, só que não sabia o motivo. Quando fui rejogar, imediatamente descobri o porque. Até hoje não sei por que diabos platinei esse jogo, mas enfim, o que já foi feito não pode ser desfeito.

Do início ao fim do jogo, ele é totalmente repetitivo, entediante e desbalanceado. As áreas são muito lineares, com pouca exploração, essa sendo feita de maneira preguiçosa, assim como seu level design, que é um dos principais fatores do jogo ser desbalanceado e entediante. O jogo é desbalanceado devido ao fato da dificuldade dele ser baseado em quantidade e não qualidade, então ao invés de termos espalhados pelo mapa inimigos diferentes, com padrões de movimentação e ataque, em menos quantidade porém bem posicionados de maneira a surpreender e punir o jogador, temos áreas entupidas de inimigos idênticos, com nenhuma ou quase nenhuma variação, em que o jogador tem que, frequentemente lidar com um gangbang de 4 a 6 inimigos. Os inimigos em si não mudam em nada de aparência e movimentação/padrão de ataques, que para tentarem um "balanceamento" inventaram de escalonar o dano desses monstros a um nível colossal que, mesmo você estando com o mesmo nível de personagem e equipamento da missão, te dão hit kill. Isso tudo acaba sendo refletido nas batalhas contra chefes que, ou são ridiculamente fáceis, ou ridiculamente difíceis, com quase nenhuma curva de aprendizagem.

Por outro lado, a história do jogo é boa, a narrativa é agradável com o pacing certo para seu desenvolvimento. Gostei como foi pensado o plot, misturando fatos e acontecimentos históricos do Japão com mitologia e fantasia e o modo como isso foi feito encaixou muito bem com a narrativa. Os personagens em sua maioria são meio sem sal e esquecíveis, mesmo sendo personagens históricos japoneses acabaram fazendo um mal trabalho com isso.