Nunca consegui gostar muito de jogos de luta, mas por esse ser um derivado de uma das obras mais importantes pra mim eu sabia que ia experimentar ele uma hora ou outra.

E o próprio jogo parece esperar que estar jogando ele significa que você conhece Tsukihime, tanto que pouco se importa em dar contexto aos personagens já estabelecidos na obra original, ele usa do setting familiar pra contar algo novo. A narrativa do jogo funciona de forma curiosa devido a isso, com todo o ecossistema desse mundo já estabelecido, a introdução desse novo problema e dessa nova heroína, essa que seguimos a perspectiva com frequência, criam uma constante de reações e interações com os personagens de fora da trama, que são personagens que você já conhece e entende, a personagem que estamos acompanhando e que não conhecemos ou entendemos.

A ideia de as rotas serem definidas por ganhar ou perder uma luta é uma ideia muito divertida que serve como ponte pra linguagem híbrida de visual novel e fighting game da obra, porém as rotas em si ficam cada vez mais redundantes, com elementos cada vez mais repetidos.

A parte de gameplay desse jogo é meio mágica, no sentido mais bobo da palavra, pra mim que gosto tanto de Tsuki. A transmissão desses personagens já estabelecidos através dos seus estilos de luta é só… Incrível, trazer esses personagens pra uma outra forma de existir com o uso da forma de arte que esse jogo traz pra franquia. Me cativou ao ponto de me engatar em uma linguagem de jogos que sempre me mantive afastado.

Disappear.
This game is an eyesore.
This game. This game. This game. This game. This game. This game. This game. This game. This game. This game. This game. This game. This game. This game. This game. This game. This game. This game. This game. This game. This game. This game. This game. This game. This game. This game. This game. This game. This game. This game. This game. This game. This game. This game. This game. This game. This game. This game. This game. This game. This game. This game.

Claramente não foi produzido com o modo multiplayer em mente, sendo este mais uma feature extra do que qualquer outra coisa, dito isso, é insano o quanto a natureza caótica do jogo funciona melhor tendo alguém para dividir a experiência.

Portal é memorável, dizer isso logo após finaliza-lo soa estranho, mas acho que isso define bem como me sinto em relação a ele.

O estilo diferente de gameplay pra puzzle, o carisma da Gladus que cria um clima de humor ácido com toques assustadores, a estética vazia do laboratório, e a música final, são todas coisas que, mesmo que eu ache o jogo mediano no geral, tornam Portal uma experiência que imagino que vá ficar comigo.

Uma das experiências mais imersivas que eu já tive com jogos. O estilo puzzle em uma história de mistério obviamente combina, e ajuda a te engajar em não só solucionar os enigmas de cada sala - que apesar de simples em maioria, são muito agradáveis de se resolver - mas sim do grande mistério que ronda o navio.

A narrativa é básica, porém muito interessante e utiliza dos recursos da mídia e do sistema muito inteligentemente para te inserir naquela história de forma natural.

Os personagens do jogo são o que mais chamam atenção e deixo aqui que são todos cativantes, nenhum deles é particularmente complexo ou possuí uma quantidade grande de camadas, mas todos são bem fáceis de se investir, o que causa a sensação forte de querer salvar a todos e te inspira a procurar a melhor conclusão para aquela história.

E sobre conclusões, esse jogo não pode ser jogado para um final só, cada final é parte da estrutura da narrativa e com isso intencionalmente você é direcionado a fazer com que o verdadeiro final seja o seu último, te colocando cada vez mais diretamente dentro do que acontece nessa embarcação.