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This review contains spoilers

A fantasia do título é diferente dos jogos anteriores, que eram um elemento presente a cada segundo e era uma de suas raízes principais, porém nesse sétimo jogo o "Fantasy" está lutando pra continuar vivo.
No início do jogo apenas observamos grandes fabricas sujas, cidade cinzenta, e favelas com casas em situações horríveis, e civis que apenas sonham em uma vida mais bela e justa, porém a parte que mais intriga na "parte de midgar" é a inicialmente apenas uma vendedora de flores, Aerith, que na primeira cena do jogo, demostra a dicotomia entre sua simplicidade, e as flores em suas mãos, com uma grande metrópole, que a Aerith ainda tem seu destaque por suas cores vivas em um lugar que isso está aos poucos morrendo, porém, na cena ela some aos poucos, a final, aos olhos daquela cidade, mesmo ao longo do jogo demostrando ser especial, aos olhos daquela Metropole, ela é apenas mais uma.
Quando o jogo se expande para explorar todo aquele mundo, é onde a tal "fantasia" renasce, vemos um mundo vivo, e nesse ponto ativa a sua vontade de explorar tudo, explorar aquele mundo vivo, é onde tudo clica, mesmo a Shinra tentado sugar toda a Fantasia, aquilo ainda existe, monstros gigantes, lugares inexplorados, um mundo todo que ainda existe, mas está ameaçado, e dito isso, que coloco o que pra mim torna FF7 tão especial na franquia, é um jogo que une os RPGS pré ps1 e pós, é um jogo que a parte de midgar serve pra explorar partes inexploradas no gênero, e uma estrutura não tão comum e um ritmo que nunca para, que demostra sua dicotomia quando o mundo se expande, ainda demostra que em sua primeira camada totalmente diferente do que existia antes, ainda existia os jogos anteriores, o jogo se torna bem mais semelhante aos de SNES, não é atoa que isso é após sair de Midgar, os JRPG precisam evoluir, mas nunca podem esquecer suas origens, nunca podem esquecer a fantasia, mesmo que esteja lentamente morrendo. O jogo sempre pega um elemento que se liga a estrutura e as limitações de snes, e quebra e os desdobra, usando como exemplo, a mãe adotiva da Aerith falando de como achou sua filha, a câmera se mantem estática e por cima, como nos anteriores, porém, quando passa pro flashback, ela lentamente sobe, e passa para aquela mesma casa, mas anos no passado, é um jogo que usa a sua falta de limitação anterior ao máximo, é cinematográfico na medida que poucos jogos hoje em dia sabem desfrutar.
Diferente da já citada Aerith, ela é a única especial e totalmente ligada a fantasia, é de uma raça já morta, que existe apenas ela, até o outro do grupo que seria também fantasioso, Red XII, teve seu nome roubado, e parte de sua individualidade consumida pelas mãos humanas em pró de se aproximar com os humanos, nenhum deles são especiais, são apenas pessoas que perderam tudo, até suas individualidades, pra Shinra, e até a única esperança deles, é morta aos seus olhos, Aerith não poderia viver nesse mundo, a fantasia está morta.
Aerith pode está morta mas ainda temos Cloud, não?? Errado, Cloud é o maior exemplo da perda da individualidade, ele se perde nos conceitos de herói, e fica constantemente em crise sabendo que o jeito que ele age não é ele de verdade, Cloud é assombrado pelo legado de ser herói, o único que foi de verdade, está morto, e assumido pelo Cloud pelas próprias palavras de Cloud em Crisis core "I´m..your living... legacy", o protagonista de JRPG está morto, e foi assumido por alguém que tenta manter aqueles legados, mas não consegue, ele está em pedaços que não conseguem se montar em um todo, e apenas assumindo sua verdadeira identidade que é possível enfrentar Sephiroth. Os JRPGS não podem ser mais como são, eles tem que ser REimaginados, e renascerem, como Cloud.


Eis o grande jogo clássico da série clássica da franquia clássica Ben 10.

É a primeira vez que eu zero depois de uns 10 anos que não toco nesse jogo? De qualquer forma, eu não lembrava de muita coisa além de seu início e o final, então tinha bastante boas memórias de certas coisas.

E a maior parte se cumpriu quando rejoguei. A gameplay é simples, mas bastante responsiva e satisfatória, as fases tem uma dinâmica legal, o jogo é lindíssimo e é sempre bom estar na pele e situação de um personagem de uma série que tanto amo. Eu só não lembrava do jogo ser tão repetitivo.

Ele é estranhamente longo. Tem 24 fases e deve durar umas 4 horas, sendo levados no total uns 3 dias para zerar com meu amigo Duds (Joguei em coop, vale ressaltar), e pode parecer uma reclamação boba, mas, de verdade, só jogando para entender o quanto começa a cansar rápido esse loop de bater, bater, e resolver umas plataformas. É um jogo competente em tudo em sua maior parte do tempo, mas não ousado ou muito complexo para fazer com que essas 4h tenham momentos muito marcantes ou onde eu aprendi as mecânicas do jogo ou seu conteúdo variou consideravelmente.

Nem quero entrar muito no fato que só há 5 aliens, o que, sim, é uma reclamação válida, mas o jogo faz um bom uso de cada um deles aqui. Não acho que pela sua dinâmica compense ter uns 10 aliens sem que um ou outro fique muito de fora ou seja inutilizado, mas certamente um Diamante ou Lobisben fazem falta.

Não foi uma experiência que me arrependi de jogar, de forma alguma. Protector of Earth é nitidamente feito com muito carinho e paixão pela obra original. Só de cada fase ter um polaroid próprio da família Tennyson momentos após a missão da vez me traz uma imensa felicidade em existir uma adaptação com esse esmero. Já estava na hora de eu relembrar esses velhos momentos do meu eu criança jogando no PS2 e se divertindo com esse tipo de pérola. É bom poder revisitar o meu passado com outros olhos, ainda que preserve essas lembranças com carinho.