Quando um jogo sobre skate consegue atingir e criar tantos fãs que mal sabem se manter em cima de uma prancha ou sequer nomear um atleta do esporte, é porque alguma coisa a mais ele ta fazendo. Raramente encontramos jogos de esporte tão criativos em seu design ou arte, a maioria se prende à experiência real do esporte em questão, tentando se manter pé no chão e fugindo de uma jogabilidade muito arcade, existem algumas exceções à regra como Punch-Out!!, FIFA Street e SSX. Mas a franquia que na minha opinião dominou essa família de arcade sport games foi Tony Hawk. O skatista mais influente da história conseguiu levar a cultura do esporte pra dentro de casa, e por acidente atingir aqueles que estavam alheios ao boom dos skates. Um PlayStation era o suficiente pra se tornar o próprio Tony Hawk.

Me espanta o quão certeiro o primeiro Pro Skater conseguiu ser, se tratando de um jogo baseado em um esporte real e com atletas reais, é esperado que os objetivos do jogo sigam a linha de torneios e campeonatos populares. Mas quando falamos de um esporte cuja popularidade nasceu nas ruas, é conveniente que o jogo também retrate isso e explore as possibilidades fora do manual de regras. Tony Hawk's Pro Skater adiciona a típica rebeldia presente na cultura do skate, tirando o jogador das rampas e o colocando dentro de um shopping, destruindo carros da polícia e placas de "proibido andar de skate". Tudo isso no maior formato de "fase do Super Mario 64" possível, na verdade, às vezes THPS se assemelha mais com um jogo de plataforma 3D do que com um jogo de esporte, sempre dando prioridade pra diversão ao realismo. Realizar manobras lhe concede pontos e esse é um dos objetivos em todas as fases, mas em algumas você vai passar mais tempo procurando coletáveis, enquanto usa e abusa da jogabilidade arcade do jogo para alcançá-los.

Se tratando do primeiro Pro Skater, o gameplay é sem dúvidas o pior da franquia, os controles não são tão fluídos e diversas mecânicas importantes que tornam os combos mais altos possíveis estão ausentes aqui. A quantidade de objetivos nas fases e o leque de manobras também é pequeno se comparado aos sucessores, diversas outras opções como a criação de personagem, de manobras e de pistas também ainda não estavam presentes. Nada disso torna o jogo ruim, na verdade, como dito no início do último parágrafo, Tony Hawk's Pro Skater foi certeiro demais como estreante, estabelecendo o que se tornaria uma das melhores franquias de todos os tempos.

Pretendo analisar todo jogo relevante da série com o tempo, e alguns itens eu quero analisar individualmente, como todas as áreas e a trilha sonora de cada jogo. Atribuindo um rank de E (péssimo) até S (perfeito) pra esses aspectos.

A trilha sonora de Tony Hawk's Pro Skater é composta por apenas 10 músicas, sendo todas elas rock/punk/metal, provavelmente é a única soundtrack onde todas as músicas me agradam, digna do rank S, mas como a variedade e a quantidade de músicas é baixa, acho mais justo colocá-la no rank A. As minhas 5 músicas favoritas são:

1. "Superman" by Goldfinger
2. "New Girl" by The Suicide Machines
3. "Police Truck" by Dead Kennedys
4. "Here and Now" by The Ernies
5. "Euro-Barge" by The Vandals
Tony Hawk's Pro Skater Soundtrack - A

As fases desse jogo em sua maioria são ótimas e icônicas, não à toa o remake conseguiu aproveitá-las sem fazer praticamente quaisquer alterações. Pra atribuir um rank eu levei em conta o level design, o tema ou ambiente e todos os objetivos e coletáveis da fase.

A - Warehouse: Um bom mapa introdutório, nada mais. Infelizmente é muito pequeno, mas cumpre seu papel e conseguiu se tornar um clássico.

C - School: Eu me amarro na escada comprida logo no começo da fase, a área das piscinas também é bem legal de fazer manobras. Mas o resto simplesmente não me conquista, ao contrário do último, esse mapa aqui parece ser maior do que deveria.

S - Mall: Clássico. Não acho que fases lineares brilham tanto na franquia, mas a simples ideia de andar de skate em um shopping já era motivo dela ser uma das minhas favoritas da franquia. Infelizmente no modo carreira a fase simplesmente acaba quando você chega no final do shopping independente de quanto tempo você tem sobrando, um defeito que só consertaram nos futuros jogos.

S - Skate Park (Competition level): Aqui as coisas ficavam sérias, excelente mapa pra manobras, bem extenso e com bastante espaço pra pensar nos seus próximos movimentos.

S - Downtown: Se o shopping era uma das minhas favoritas, essa aqui era A MINHA FAVORITA. É a primeira fase que te coloca pra andar de skate na rua e a atmosfera é perfeita. Lembro do esforço que eu fazia pra tentar pular entre os prédios, e era muito bom ser recompensado com um espaço pra fazer manobras após realizar essa proeza.

B - Downhill Jam: Outra fase linear no estilo downhill, odeio fazer manobras nessa aqui e nunca gosto quando chego nela, mas sinceramente, eu sempre acabo me divertindo. E olhando pro design dela, eu diria que é um mapa muito bom.

B - Burnside (Competition level): Gosto da vibe desse aqui, não é um dos meus favoritos, mas o ambiente me agrada.

A - Streets of San Francisco: Outro mapa excelente nas ruas, tem uma área central muito divertida de fazer grinds, não brilha tanto quanto Downtown, mas ainda é memorável.

A - Roswell (Competition level): O layout dessa fase consegue ser tão bom quanto o tema "Área 51" que adotaram, porém, nunca esteve entre minhas preferências na hora de jogar...

8/10

Convenhamos, o pensamento de que esse jogo veio pra enterrar o Crash mais uma vez é quase que unânime. A ideia de um brawler multiplayer nem sequer combina com a franquia, mas... não é que ficou bom?...

Crash Team Rumble entra naquele gênero de jogos PvP que são intencionalmente casuais, mas elaborados o suficiente para jogadores competitivos aproveitarem, algo como Plants vs. Zombies Garden Warfare ou quem sabe Splatoon. Com três classes diferentes, a forma de se jogar varia bastante entre os personagens, por mais que sempre seja necessário se adaptar às inconformidades de cada partida. A chave para a vitória está em saber quando se deve pontuar, coletar relíquias, dominar as gemas ou bloquear os inimigos.

Cada classe possui vantagens dentre esses objetivos, os Pontuadores são bons em coletar wumpas, os Bloqueadores são bons em impedir que os adversários pontuem e os Suportes são bons em dominar gemas e coletar relíquias. Essas relíquias servem como "dinheiro" durante a partida, é com elas que o jogador compra poderes e habilidades pelo mapa. Todo mapa possui um design e eventos únicos, isso aumenta bem a variedade no jogo e influencia no foco dos times, exigindo que gastem suas relíquias com sabedoria.

Até onde eu joguei, o combate parece bem calibrado, com base no que vi na beta, eu imaginava um jogo mais desbalanceado. O que não melhoraram foi o sistema de progressão, upar o passe é muito devagar e desmotivador. Destaco também que o passe originalmente é pago, decisão que não vejo sentido levando em conta que o jogo não é free-to-play. E esse é outro ponto que me preocupa, Crash não tem uma fan base grande o suficiente para manter um multiplayer vivo por muito tempo, não vai demorar para a falta de jogadores afetar o jogo, na verdade, dependendo do horário que eu estou jogando, eu sou colocado em servidores estrangeiros com ping mais alto, então isso já está sendo um problema.

O jogo é pobre quanto aos áudios e músicas, os personagens não possuem falas, apenas gritos e risadas, isso elimina bastante da personalidade e carisma de todos eles. As músicas são em sua maioria recicladas dos jogos anteriores, não chega a ser um problema, já que os mapas também repetem os temas dos outros jogos, acaba sendo nostálgico ouvir tanta música clássica em um só jogo. Na verdade, uma das minhas coisas favoritas é escolher a música que toca pro adversário que acabei de eliminar ou quando sou o MVP da partida.

No fim, Crash Team Rumble é um bom jogo, com regras bem redondas e um gameplay divertido e variado. A qualidade de vida é preocupante, não dá pra saber até quando vai durar, mas não tenho dúvidas de que os fãs mais apaixonados pela franquia vão guardar essa experiência por muito tempo e com muito carinho.

8/10

Androides que lutam pela glória da humanidade em um planeta dominado por máquinas criadas por alienígenas. Assim você é introduzido ao mundo de NieR: Automata, um mundo um tanto quanto curioso e com uma história muito mais profunda do que parece.

Um enredo que aborda muito bem sobre a vida, mesmo com tantos personagens não-humanos. Alguns trechos são contados de forma única, o que deixa as coisas com um tom misterioso, sempre surpreendendo o jogador e levantando questionamentos.

O gameplay e sua variedade também é de se elogiar, passando por trechos 2D e até shoot 'em up, boas opções de armas e um ótimo sistema de habilidades. As lutas são frenéticas e às vezes um pouco poluídas com tanta faísca e peças voando na tela, mas faz parte do charme.

Os cenários infelizmente deixam muito a desejar, há paisagens bonitas e uma hora você se acostuma com o visual, mas é evidente a falta de detalhes e algumas texturas mal feitas. Em compensação, a trilha sonora se adapta muito bem a cada local e é excepcionalmente incrível, ajuda muito na imersão do mundo, da história e do gameplay.

Automata brilha em muitos aspectos, um enredo fantástico com ótimos personagens e diálogos, um gameplay divertido e muito variado, e tudo isso com uma trilha sonora que beira a perfeição. Digno de ser um dos melhores da geração.

10/10

[Breve análise]

A dublagem e as músicas são excelentes, e eu ainda não me convenci de que o jogo é ruim, mas infelizmente a minha experiência foi péssima. Fiquei frustrado do início ao fim e achei algumas coisas muito incoerentes, sem falar dos defeitos óbvios como a má otimização e a falta de configurações de controle e jogabilidade.

6.5/10

Polêmico. Acho que esse foi legitimamente o último suspiro da franquia como jogo de plataforma até o fim daquela era. A oportunidade que tinham com Crash Twinsanity era única, eu tinha minhas dúvidas sobre o estilo "mundo aberto" que adotaram aqui, mas isso se mostrou o menor dos problemas, e na verdade me agradou, mas infelizmente o jogo está entupido de outros defeitos.

Não precisa ser muito atencioso aos detalhes pra saber que esse jogo está incompleto, isso é muito nítido do início ao fim, seja pelas transições de fases super forçadas ou pela falta de áudio em diversas cenas, o jogo claramente foi feito às pressas e isso destruiu qualquer oportunidade dele ser o que deveria.

De qualquer forma, Twinsanity expandiu o vilão Neo Cortex de um jeito magnífico, eu diria que ele é a alma do jogo e que essa é a melhor versão do personagem em toda a franquia, uma pena que aparentemente não sobrou tempo pra dar atenção à Nina, que foi introduzida aqui mas só recebeu alguma relevância nos jogos seguintes. Outro ponto positivo é sua trilha sonora impecável que combina perfeitamente com o tom do jogo e com o humor em que a história é contada. A parte de coletar gemas espalhadas e escondidas pelas fases também é divertida, assim como a ideia de se jogar com mais personagens além do Crash, e cada um deles ter seu próprio estilo de gameplay.

Agora todo o resto do jogo da pra resumir em uma frase: tinha potencial, mas não conseguiram chegar lá. Todas ideias estavam no caminho certo levando pra um dos jogos mais geniais da franquia, mas não foi possível atingir esse objetivo, faltou um bom tratamento, faltou polimento, simplesmente faltou tempo. Sempre tive um pé atrás quanto a um remake desse jogo, mas esse conteúdo precisa ser aproveitado de alguma forma, com o tempo necessário, Crash Twinsanity pode ser aquilo que deveria ter sido há mais de 15 anos.

8/10

[Breve análise]

Não tão bom quanto deveria ser mas não tão ruim quanto aparenta. É bem repetitivo e a polícia foi implementada de maneira muito porca, mas além de rodar muito bem no PSP, o gameplay acaba se tornando viciante com os carros mais fortes e a trilha sonora é impecável, praticamente idêntica à versão original do Most Wanted. No fim das contas me surpreendeu.

7.5/10

Apesar do nome, Ghost of Tsushima apresenta um Japão feudal sem fantasmas ou demônios, e muito mais pé no chão se comparado a outros jogos da mesma temática. O ponto alto é justamente essa representação, mostrar como a guerra pode influenciar um samurai, sem precisar apelar pro sobrenatural.

É incrível como cada canto de Tsushima esbanja beleza, é inevitável não abrir o Photo Mode em alguns momentos pra registrar a paisagem, são elas que deixam nossos olhos brilhando. Sem falar da quantidade de partículas que esse jogo larga na sua tela, somado aos personagens e armaduras bem detalhados, o HUD completamente limpo durante a maior parte do tempo, e o combate ao melhor estilo samurai possível, é tudo visualmente incrível e extremamente prazeroso.

O balanço entre as atividades do jogo é outro ponto alto, em um momento você vai estar escrevendo poesia japonesa/haiku em um ambiente calmo, e mais tarde você vai estar aterrorizando os mongóis da ilha enquanto arranca a cabeça de seus generais, e nada quebra esse ritmo, os loadings são inacreditavelmente curtos e todas ações são muito rápidas e práticas, desde chamar o seu cavalo até coletar itens pelo mapa.

Às vezes o jogo exagera nessa simplicidade, por mais incrível que o combate seja, o stealth é um pouco cru e não te da tantas opções, mas ao menos consegue ser perfeitamente eficaz. O famoso "modo detetive" onde você precisa investigar um local também está presente nesse jogo, e novamente: é muito simples mas cumpre o seu papel.

Ghost of Tsushima beira a excelência em diversos aspectos, mas é satisfatório em absolutamente todos, e quando supera essa marca, consegue entregar uma das experiências mais agradáveis que um jogo pode oferecer, desde os pequenos detalhes como sentar próximo a fogueira pra ouvir uma lenda local, até a deslumbrante beleza da ilha de Tsushima. Acompanhar essa jornada samurai é algo mágico que vale a pena conhecer.

10/10

[Breve análise]

Eu gosto do conceito desse jogo, a jogabilidade e a variedade de veículos, eventos e pistas também é muito boa, já a dificuldade e a história deixam muito a desejar. Os objetivos nas corridas são muito fáceis e mesmo em dificuldades altas a IA não oferece tanto desafio. Mas o pior pra mim é como a história segue um script sem relação alguma com os resultados do jogador nas corridas, você sempre vai ser o piloto B da equipe mesmo vencendo absolutamente tudo, por exemplo. Acaba não existindo qualquer motivação pra terminar as corridas em 1º lugar.

8/10

Desde 2015 eu aguardo pelo Need for Speed perfeito, nesses últimos anos a franquia deixou de ser anual e deu início a uma nova fase que soube acertar em muitos aspectos, na minha opinião, mas em compensação, novos defeitos também foram surgindo, e infelizmente, Need for Speed Heat está incluso nisso.

NFS Heat acerta em praticamente todos os pontos que seus antecessores erraram: não é um jogo 100% online, não tem micro-transações pra aprimorar o carro, você não precisa resetar por qualquer batidinha (na verdade as batidas são muito menos frequentes, já que o jogo é repleto de objetos destrutíveis), e por aí vai. Os gráficos estão incríveis e Palm City é sem dúvidas a minha cidade favorita dentre os últimos títulos, a variedade de carros está enorme, e dou destaque pros conversíveis que são uma novidade bem legal, assim você consegue ver com clareza o seu personagem que dessa vez é customizável.

A personalização está praticamente igual ao que era no Payback, quase perfeita, mesmo com alguns pequenos detalhes me incomodando, as possibilidades são muito vastas. Já a jogabilidade eu sinto que teve uma piora, a parte boa é que ela é bem customizável com os ajustes que você faz durante o próprio gameplay, ou com as peças que você instala na oficina.

A história é bem focada na polícia, e sinceramente, muito sem graça. Às vezes até cansa ouvir os personagens falando, principalmente nas missões onde você precisa segui-los até uma corrida, mecânica extremamente chata, já que o NPC dirige em uma velocidade muito devagar. A trilha sonora também deixa muito a desejar, por algum motivo não tem nem sequer um rock ou metal na soundtrack, gêneros que sempre foram muito populares na franquia.

Agora as perseguições policiais são um caso peculiar, elas são bem difíceis e intimidadoras, correr à noite é realmente perigoso, principalmente no início, já que o jogo não te fornece nenhuma estratégia de como despistá-las em um nível de perseguição alto, sem falar da frustração em ser preso e perder uma quantia pesada de dinheiro e reputação, mas depois de aprender alguns truques e aprimorar bem o seu carro, as coisas ficam mais justas e recompensadoras, mesmo que não fiquem tão divertidas como as fugas de Most Wanted, principalmente pela adição da "barra de vida" do seu veículo, isso deixa as perseguições bem mais tensas, então às vezes pode ser perigoso sair por aí batendo em todo policial só pelo entretenimento.

Tem muito o que falar dessa franquia, aproveitei muito o Heat e diria que é o melhor dentre os jogos dessa nova fase, é prazeroso pilotar por Palm City e acredito que as perseguições policiais tiveram uma volta justa dessa vez, mas infelizmente o jogo não conseguiu evitar novos defeitos. Quem sabe na próxima...

8.5/10

Vou tentar escrever essa análise com o coração, porque 15 anos atrás Crash Tag Team Racing era um dos meus jogos favoritos da vida, foi inclusive um dos jogos que ganhei junto com o PlayStation 2, e por muito tempo foi o meu Crash favorito da plataforma.

Lembro de achar incrível todo o conteúdo do jogo, ter fases a pé, corridas com mecânicas novas, arenas de batalha, diversos mini-games e vários personagens, carros e roupas pra desbloquear. Ainda tinham os clipes cômicos que rolavam quando você interagia com alguma coisa específica nas fases, eu sempre parava pra assistir todos e gosto do humor que o jogo tem.

O esquema de fundir os carros pra um personagem dirigir e o outro atirar deixava o multiplayer muito mais divertido, lembro das incontáveis horas que eu passei jogando esse jogo com mais alguém, seja nas corridas ou no mini-game de boliche procurando como fazer strike em todas rodadas.

Mas me dói dizer que, parando pra jogar hoje em dia, vejo que esse jogo é um desastre. As fases possuem um design PÉSSIMO, são uma bagunça gigantesca, nada é coerente ou intuitivo, você nunca sabe exatamente o que você ta fazendo, os obstáculos são uma piada e ainda tem a incrível variedade de UM inimigo durante o jogo inteiro. E temos o outro destaque do jogo que são as corridas, apesar da nova mecânica ser divertida, ela é completamente desbalanceada, fundir o carro com outro personagem é vitória garantida e se você preferir correr "à moda antiga", que pena, porque o traçado das pistas não são nada elaborados, em nenhum momento ele exige que você use o drift ou sequer freie. Não acho nada prazeroso dirigir nesse jogo.

Ainda guardo esse jogo no meu coração, tudo de bom que apontei no início é verdade, aqueles são os motivos pelo qual continuo gostando de CTTR, e adiciono também que a trilha sonora do jogo é excelente, as animações são muito bem feitas e as pistas são visualmente únicas, mas os pontos mais importantes, que são as fases e as corridas, na prática deixam muito a desejar.

8/10

[Breve análise]

Eu esperava um jogo muito inferior ao Racing Transformed, mas fui surpreendido com o quão divertido Team Sonic Racing é. Por mais que a IA vacile de vez em quando, a mecânica de equipes é muito boa, as pistas e suas músicas são excelentes, enquanto a história e a personalização dos carros são decentes o suficiente. Provavelmente é um dos jogos de kart mais subestimados que tem por aí.

9/10

Esse jogo é uma tortura. Quem diria que o pior jogo que já terminei na vida viria logo da minha franquia favorita de todos os tempos. Primeiramente, esse foi o primeiro Crash desenvolvido por japoneses, então sabendo disso, fica mais fácil tolerar o visual distorcido dos personagens, já o resto é complicado...

Eu sempre soube que esse jogo era ruim, mas é só um spin-off com mini-games alá Mario Party, sem pressão aqui, deve dar pra se divertir um pouco. Não, não dá. NADA nesse jogo consegue ser minimamente bom, o jogo é feio, os menus e tabuleiros são confusos, os mini-games são péssimos, parece que jogaram as piores ideias possíveis na mesa e decidiram colocar todas no jogo, é surpreendente.

O único momento que senti um pingo de felicidade foi quando consegui vestir uma saia no meu gato, parabéns pra quem teve a ideia. E pra ser justo, os últimos 2 segundos de jogo conseguiram me tirar um sorriso também, mas não sei se foi pelo final cômico ou pelo jogo finalmente ter acabado.

3/10

Essa é uma sequência digna pra um dos jogos mais hipnotizantes que já joguei, Gravity Rush 2 aperfeiçoou diversos aspectos de seu antecessor e dessa vez teve a liberdade de ser ainda mais grandioso, já que não estava preso às limitações do PS Vita.

A princípio, é notável a evolução gráfica, dessa vez os cenários são muito mais detalhados e coloridos, com alguns locais encantadores. Há mais variedade de inimigos, mas visualmente eles continuam um pouco repetitivos. Diversas cutscenes cinematográficas acontecem in-game, mas o que brilha mesmo é a forma com que a história é contada através dos quadrinhos, assim como os retratos de cada personagem durante os diálogos, é tudo muito bonito e agradável de acompanhar.

Gravity Rush 2 usou muito bem os elementos da história já instalados pelo primeiro jogo, complementando perfeitamente o desfecho de alguns personagens, ao mesmo tempo que apresenta novos. E todos eles são extremamente carismáticos, é como se naturalmente eles se tornassem uma família graças à simpatia da protagonista Kat.

O combate dessa vez está mais responsivo e bem elaborado, mesmo eu achando que alguns ataques mereciam uma refinada. A diversidade de golpes ajuda muito em várias ocasiões, assim como a mecânica dos Talismãs, oferecendo opções de builds para diferentes momentos. Gostei também da variedade nas missões secundárias e desafios, mesmo que algumas sejam desnecessariamente longas.

Navegar pelo mundo é divertido, a ideia de mudar a gravidade pra "cair pra cima" é excelente e torna a jogabilidade muito viciante e prazerosa, principalmente com as maravilhosas músicas presentes em cada distrito. Acredito que alguns locais ficaram um pouco afastados demais nesse jogo, acaba sendo meio tedioso sair voando em linha reta por tanto tempo.

Definitivamente melhor que seu antecessor, mas mantendo muito do charme original, Gravity Rush 2 é um dos jogos de mundo aberto mais diferentes a se experimentar e que com certeza vale a pena conhecer. Tem os seus defeitos, mas é muito fácil de se apaixonar pelas qualidades.

9/10

Após completar as 140 fases originais e participar ativamente dos eventos, acho que já posso concluir minha opinião sobre Crash Bandicoot: On the Run!, e pra surpresa geral, ele é igual a qualquer outro endless runner gratuito pra celular. O jogo tenta te convencer a assistir anúncios e a investir dinheiro real o tempo inteiro. Mas não vou ficar falando o óbvio, vou falar sobre três aspectos que na minha opinião fizeram muito bem:

1. A parte visual e sonora do jogo é muito fiel aos jogos originais, não vou mentir, foi divertido ver tantas fases clássicas adaptadas pra esse estilo de gameplay, acaba sendo uma experiência bem nostálgica.

2. Tem relíquias e gemas. Já faz parte da franquia esses desafios, e foi legal terem adicionado os Time Trials e as fases de quebrar todas as caixas. Infelizmente as recompensas são praticamente inexistentes (pelo menos até o momento que escrevo essa análise), mas ainda é um conteúdo muito bem-vindo.

3. O jogo inteiro é um grande fan service. Crash: On the Run tem muitas referências aos jogos mais obscuros da franquia (vai por mim, obscuros MESMO, como um boss do jogo Crash Bandicoot 99X de 1998). Tem skin do Nitro-Fueled que virou chefão, tem as máscaras do Wrath of Cortex, tem minion do Twinsanity, tem o Scorporilla do Crash of the Titans, tem cross-over com Spyro, enfim, capricharam bastante nesse multiverso.

É um jogo divertido pros apaixonados pela saga, e vale lembrar que ele anda em constante evolução, ainda tem muito conteúdo prometido (como fases de jetpack, jet board e minecart), ou seja, é possível que daqui 1 ano ele esteja completamente diferente do que é hoje.

*No momento dessa análise o jogo possui 200 fases e já se foram 5 temporadas. Sem gastar dinheiro real, me levaram cerca de 6 meses pra concluir os 140 níveis originais, jogando o jogo diariamente enquanto buscava a maior colocação possível nos torneios.

6/10

2016

[Breve análise]

Fiquei encantado de início, mas o jogo é extremamente repetitivo e entediante. Nada acontece do início ao fim, até o primeiro boss demora pra surgir. As execuções, os coletáveis e a trilha sonora provavelmente são as melhores partes.

7.5/10